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sábado, 6 de abril de 2013

O entusiasmo que nos move



Foto: Ricardo Duarte ZH
A propósito do comentário que uma pessoa fez a cerca do resultado do movimento popular contra o aumento da tarifa do transporte coletivo em Porto Alegre, lembrei do significado etmológico de uma palavra que meu professor de grego - em priscas eras - definiu assim: "Estar na canção de deus".   A palavra em questão era ENTUSIASMO.   

O que é uma pessoa entusiasmada? É uma pessoa pró-ativa, que turbina sua fé - não necessariamente em um Ente Superior - mas na vida, nas coisas, nas pessoas, movida pelo resultado de suas ações, pela seu olhar positivo em tudo que a cerca.  Uma pessoa que traça um objetivo e se empenha para alcançá-lo movida pela  fé em si mesma e naquilo que acha correto e que deve ser feito.


O povo nas ruas, lembra o governante a origem do poder que hoje detem
Recorri ao meu velho caderno de grego, de anotações à punho (poderia ter recorrido ao Google e, fi-lo, para confirmar minhas anotações), e encontrei assim, dissecado etimologicamente, este adjetivo, a partir de suas raízes gregas: en (dentro); theos (deus). Literalmente, poder-se-ia traduzir desta forma: "estar dentro de deus" ou, também, "ter deus dentro de si". Ou seja, algo como estar com uma motivação divina de que tudo é possivel. A isso, junto o titulo de um texto que hoje li da jornalista Claudia Laitano (ZH 06.04.13): "Não sabendo que era impossível, foi lá e fez.", atribuída ao escritor francês Jean Cocteau. Aliás, o artigo, vale a uma reflexão sobre manifestações dentro de uma democracia onde divergências de opiniões e conceitos não impedem que se torne isso público, mas dentro de parâmetros  civilizados.

Hoje, quando falamos de uma pessoa entusiasmada, queremos traduzir a impressão que ela nos causa como  alguém arrebatado por algo, uma pessoa altamente motivada. No fundo é ainda, alguém que esta em sintonia com o divino que nos faz crer que torna tudo possível.

Dito isso, não percamos nunca o ENTUSIASMO da participação coletiva na defesa da cidadania e da democracia na permanente luta da defesa dos direitos coletivos, antes que apenas no interesse individual.   Em Estância Velha, embora não se tenham feitos grandes mobilizações populares, nos ultimos três anos, o movimento de alguns conseguir compartilhar com muitos informações que fizeram com que aqueles aos quais foram delegados alguns poderes, revisem suas posições. Ganhou com isso o município e mesmo aqueles que sequer ficaram sabendo do que estava acontecendo (a alienação e a falta de interesse por se informar das coisas da própria comunidade é algo comum).  

Há ainda muito a ser feito. É uma vigilia permanente, uma mobilização continua, não apenas virtual, mas principalmente, real. Só assim quem esta no poder pelo voto do povo saberá respeitar o poder que o povo lhe concedeu e não fará da Administração Pública um "spa" particular para abrigar irmãos, cunhados, tios, sobrinhos e outros parentes consanguineos, a titulo de que "estes são de confiança". A lei, em muitos casos, infelizmente, é abrigo para quem quer tangenciar o que de público já se sabe como imoral e anti-ético no que diz respeito ao trato da Coisa Pública.

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