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quinta-feira, 22 de março de 2012

Sobre o não impeachment do prefeito

Pose: "Verdes" fizeram o registro do ato de protocolo do pedido na Câmara
O que entendi deste teatro todo a cerca da iniciativa do Partido Verde, de protocolar na Câmara de Vereadores, pedido de Impeachment do prefeito de Estância Velha, José Waldir Dilkin (PSDB)?  Que o PV, acordou tarde.   Só viu agora que o prefeito não é um gestor probo apesar de apontar fatos que teriam ocorrido já no primeiro ano do mandato?  É certo que a iniciativa visava mais proporcionar que alguns de seus membros tornassem público seus conhecimentos juridicos.  Foi bom. Sabemos agora que o PV tem um bom quadro nesta área.  Ajudou, também, pelo fato de tornar público que a cidadania, por si mesma ou por entidades sociais que a representem, pode apresentar ao Poder Legislativo, com base em argumentos válidos e elementos comprobatórios,  pedido de abertura de processo de impedimento do prefeito.  Isso pode acontecer em qualquer município e a qualquer tempo, mesmo no último ano de governo.  É um direito democrático e republicano.  Aplausos a esta iniciativa por mais que tenha resultado em insucesso, serviu à educação cidadã.  É bem verdade que serviu também para que atribuísse a iniciativa a pecha de demagoga, visto que seu intuito seria o de criar um fato que, de antemão, se sabia não resultaria sequer na abertura de um processo de impeachment. Foi o que ocorreu.

Duas coisas contribuiram para que a Câmara não acatasse o pedido de impedimento do prefeito.  O primeiro foi de natureza politico-eleitoral.  Se aceitasse e levasse a termo o processo e do mesmo resultasse a cassação do prefeito, o PV colheria e usufruiria dos méritos da iniciativa.  Ora, como um partido sem representação na Câmara, esmilinguido na sua militância, instigaria aos que ali se fazem representar pelo voto popular e tem, inclusive melhor estrutura e organização partidária?  Sem contar que, neste mandato, há vereadores novatos que já pouco diferem daqueles mumificados por décadas de mandato e profundos conhecedores das mumunhas legislativas.   Então, só a estultice politica - que nenhum ali tem - é que daria mérito ao PV, aprovando a abertura do processo de impedimento.    Creio que isso era sabido pelos próprios proponentes, afinal, não são idiotas a tal ponto que desconsiderassem esta manha da politica.  Então, inteligentes que são queriam mesmos criar um fato, não um resultado efetivo do fato, senão o de ganharem espaço politico e midiático. Serem falados, enfim.  Conseguiram. A questão é que os seus adversários misturaram nisso, certas relações de passado recente que os dois representantes "verdes" tiveram com a administração que agora criticam de improba, para dizer o mínimo.

Por segundo, o certo é que, os apontamentos levantados na ação, não são novos.  Um deles, o da tal revista de "prestação de contas", editada e distribuída em 2010, a qual teria sido custeada com o dinheiro do Erário Publico,  muito embora tivesse no seu interior dezenas de fotos onde apareciam o prefeito municipal e ainda outros agentes politicos da administração,  já teria força para motivar uma CPI e um processo de impedimento.  Conta-se que a revista teria sido paga por terceiros.  Se foi, não deixa de configurar também uma ação suspeita, posto que ninguém dá dinheiro sem esperar retorno, quando não, já pode estar pagando ou devolvendo de forma "não convencional e legal" o que faturou além da normalidade.   Se lá, quando se levantou estas suspeições, dentro do próprio Legislativo, nada se fez a não ser encaminhar ao Ministério Publico para que este tomasse uma atitude que os edis não tomaram, não seria agora que os mesmos usariam de suas atribuições para punir o gestor improbo, cassando-lhe o mandato.

Não: rejeição a abertura de processo de impeacheament, foi unânime
Então, os vereadores que votaram contra a abertura de processo de impedimento do prefeito, não o fizeram em respeito ao mesmo ou por entenderem que sobre ele não veem crime algum.  Ao contrário.  Acontece apenas que o Legislativo ainda esta longe de exercer todas as suas prerrogativas de fato e em beneficio e defesa do cidadão.  Primeiro exerce-as em beneficio próprio, depois se se sentir incluído, exerce suas prerrogativas pelo bem coletivo.  Fosse diferente disso, o prefeito atual já teria sido cassado em 2010, visto que não são poucos os "erros" que os próprios vereadores apontam contra a administração e que teriam lesado o Erário Público do Município, por má fé ou, simplesmente, por ingenuidade ou ignorância, o que não isenta o mandatário de arcar com as consequências se feriu a preceitos legais relacionados a moralidade, probidade, impessoalidade, eficiência com que deve ser gerida a Coisa Pública pelos seus agentes eleitos ou nomeados.  Como aqui, pelos fatos que transcorreram ao longo deste mandato, estar-se-ia vendo um embate entre "o roto e o esfarrapado" , o Poder Legislativo, deu uma de Pilatos, lavou as mãos a cerca do alcance das suas atribuições, resta ao eleitor, aplicar ao mandatário a pena que achar devida se considerar que o mesmo "pecou" contra o Patrimônio Público.  A eleição deste ano, poderá resultar antes, da escolha pelos representantes mais qualificados para representar o povo no Legislativo ou no Executivo, no julgamento do jeito de fazer política em Estância Velha.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Desempenho na área da saúde puxa Idese de Estância Velha para baixo

O desempenho na área da saúde, onde Estância Velha, caiu 120 posições - passou do 116º lugar para o 230º - ajudou a derrubar o município no ranking do Indice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese) do Rio Grande do Sul.  Estância Velha regrediu 14 posições em 2009 em relação ao ano anterior.  Em 2008 a classificação geral de Estância Velha era a do 177º lugar entre os 496 municípios do estado.  Em 2009, caiu para 191º lugar.  Esta é a pior colocação que o município obteve desde 2000 quando estava classificado em 112º lugar no ranking geral no estado.  O Idese é resultado de trabalho de pesquisa realizada a partir do fechamento do desempenho sócio-economico dos municípios do estado, pela Fundação de Economia e Estatística, órgão vinculado do Governo do Estado. Tal pesquisa é sempre finalizada e divulgada em até dois anos após o ano pesquisado. A relativa ao ano de 2009, foi divulgada hoje (quarta-feira) pela FEE.

O Idese é um índice sintético, inspirado no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que abrange um conjunto amplo de indicadores sociais e econômicos, classificados em quatro blocos temáticos: educação; renda; saneamento e domicílios; e saúde. Tem por objetivo mensurar e acompanhar o nível de desenvolvimento do Estado, de seus municípios e dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), informando a sociedade e orientando os governos (municipais e estadual) nas suas políticas socioeconômicas.  Ou seja, a partir dos dados aferidos pode-se também ter uma idéia do desempenho dos gestores municipais na implementação e investimentos nas políticas na área dos blocos temáticos verificados.

O Idese varia de zero a um e, assim como o IDH, permite que se classifique o Estado, os municípios ou os Coredes em três níveis de desenvolvimento: baixo (índices até 0,499), médio (entre 0,500 e 0,799) ou alto (maiores ou iguais a 0,800).

Dos blocos temáticos aferidos em 2009, verifica-se que no de educação houve uma evolução positiva. Estância Velha saiu da 224º posição para a 195º.  No bloco “renda”, nota-se que também houve uma melhora. Em 2008, o Idese colocava o município na posição 208º e registra para 2009, Estância Velha, na posição 199º.  No bloco “saneamento e domicilio”, verifica-se já uma queda no ranking.  Em 2008, estava na 193º posição e aparece em 2009, na 195º posição.  Na área da saúde é onde se nota a queda mais significativa.  Estância Velha, perdeu 120 posições no ranking do Idese.  Em 2008, alcançou o 116º lugar, em 2009, parou na 230º posição.  O resultado do município na área da saúde foi o que puxou o desempenho geral do município para abaixo.  Veja abaixo as tabelas relativas aos anos de 2009 e 2008, com a classificação dos municípios da Encosta da Serra.



2009
Índice
Ordem
Índice
Ordem
Índice
Ordem
Índice
Ordem
Índice
Ordem
Estância Velha
0,873
195º
0,728
199º
0,413
195º
0,857
236º
0,718
191º
Ivoti
0,899
87º
0,805
95º
0,549
74º
0,867
164º
0,780
38º
Dois Irmãos
0,858
272º
0,819
75º
0,545
78º
0,897
17º
0,780
39º
Nova Petrópolis
0,920
44º
0,779
127º
0,369
236º
0,834
407º
0,726
164º
Santa Maria do Herval
0,868
228º
0,794
108º
0,201
389º
0,879
74º
0,685
273º
São José do Hortêncio
0,805
463º
0,664
315º
0,448
152º
0,883
39º
0,700
237º
Morro Reuter
0,926
35º
0,656
333º
0,362
243º
0,879
74º
0,706
220º
Lindolfo Collor
0,812
422º
0,626
398º
0,460
144º
0,884
45º
0,696
247º
Linha Nova
0,843
283º
0,576
458º
0,282
326º
0,873
106º
0,644
384
Picada Café
0,938
10º
0,751
173º
0,337
278º
0,868
143º
0,724
170º
Presidente Lucena
0,868
133º
0,610
417º
0,500
110º
0,884
45º
0,716
189º

2008
Índice
Ordem
Índice
Ordem
Índice
Ordem
Índice
Ordem
Índice
Ordem
Estância Velha
0,856
224º
0,738
208º
0,415
193º
0,872
116º
0,720
177º
Ivoti
0,884
74º
0,823
79º
0,550
74º
0,891
21º
0,787
24º
Dois Irmãos
0,849
261º
0,826
75º
0,544
79º
0,875
97º
0,773
49º
Nova Petrópolis
0,901
40º
0,780
133º
0,369
236º
0,862
200º
0,728
160º
Santa Maria do Herval
0,859
210º
0,787
124º
0,203
389º
0,884
45º
0,683
278º
São José do Hortêncio
0,803
450º
0,661
332º
0,450
150º
0,881
62º
0,699
235º
Morro Reuter
0,907
31º
0,661
331º
0,363
245º
0,884
45º
0,704
221º
Lindolfo Collor
0,812
422º
0,626
398º
0,460
144º
0,884
45º
0,696
247º
Linha Nova
0,843
283º
0,576
458º
0,282
326º
0,873
106º
0,644
384º
Picada Café
0,938
10º
0,751
173º
0,337
278º
0,868
143º
0,724
170º
Presidente Lucena
0,868
133º
0,610
417º
0,500
110º
0,884
45º
0,716
189º