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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Num município qualquer...

Em um municipio qualquer, administrado por um Alcaide qualquer, que nomeara um gestor qualquer para uma secretaria qualquer (embora esta não fosse de uma importância qualquer), algumas pessoas, expressando não um sentimento qualquer, mas representando um sentimento uníssomo, porém, não manifesto, decidiram eles tornar público este sentimento na rede social.   Tratava o sentimento, de fatos que estão acontecendo em um importante setor do Serviço Público.  Por esta conta, boa parte das manifestações mais contundentes e verdadeiras, vieram de quem atua neste importante Serviço Público, ou seja, dos servidores públicos.  Para se ver, não eram manifestações de um quilate qualquer, mas de qualificado quilate.  
Este quadro causa prazer em algum Alcaide qualquer.

Por esta conta, um  Alcaide qualquer, junto com um gestor qualquer, daquele importante Serviço Público, achou-se ofendido e saíram, ambos, qual feitores a chicotear os servidores que, publica e livremente, se manifestaram, na condição antes de cidadãos e depois de servidores, por que é de seu direito e, até, dever, constitucional a livre manifestação.  Distribuíram advertências e, por fim, num ato derradeiro de sua ignominiosa atitude, escolheram dentre os servidores alvos de sua fúria, um mais frágil para aplicar sobre ele uma pena maior: a suspensão do Serviço Público. 

Com tal atitude, quiseram intimidar todos os demais que apenas foram advertidos e mesmo os que não foram advertidos, posto que uma suspensão no Serviço Público, implica em prejuízo na carreira pública do servidor.  Como toda a atitude de feitor é covarde, aplicaram a pena maior, para servir de exemplo, ao mais fraco.  Com isso quiseram demonstrar que todos os que emitissem opiniões, mesmo respeitosas mas verdadeiras e coerentes, cometiam delito regimental e poderiam ser punidos.   

Ora, fazem isso, na fé de que todo o servidor público é um “barnabé ignorante e coitado”, vassalo eterno dos que, transitoriamente, são alçados ao poder.  Creem, que os servidores desconhecem preceitos legais inscritos – a sangue da luta e história de muitos – na Carta Magna da Nação.  A expressão de opinião e pensamento é um direito e é livre para todo o cidadão que quiser fazê-lo, desde que não ofenda a honra alheia.  Ou seria ofender a moral alheia fazer uma critica ou concordar com uma critica que, no seu ponto de vista, julga a administração de um município qualquer de uma incompetência que não é qualquer coisa?

Vendo isso tudo, a que se crer que a administração qualquer, considera que, ao inicio e ao cabo, que o município qualquer é composto por uma população qualquer que não tem qualquer senso critico e opinião e sequer percebe qualquer coisa, principalmente, os mandos, desmandos e desacertos quaisquer, sejam ou não de um Alcaide qualquer e de um gestor qualquer de um Serviço Público que não é qualquer serviço público, mas que esta sendo desmontando, desmantelado, sem qualquer consideração, inclusive, por aqueles que são essenciais ao seu funcionamento: o Servidor Público – que não é um cidadão qualquer. E, mesmo um cidadão qualquer é antes de tudo um cidadão dono de sua própria consciência e capacidade critica.
Se este Alcaide qualquer e sua gestora qualquer, vai tomar uma atitude qualquer que seja para corrigir as ações e atos criticados, não sabemos.  A sua sanha talvez esteja satisfeita na tentativa de implantar um terror entre os servidores.  Resta saber se estes demonstrarão que tem espinha de canjarana e não de guanxuma, que ser verga a qualquer pressão.
 
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