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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Ampliar uma escola custa mais caro que construir uma nova?

A disponibilidade de vagas para educação infantil é algo que preocupa pais e, mesmo, gestores públicos comprometidos com a educação para além da retórica.   Em Estância Velha é da conta que há uma fila enorme de pais esperando vaga para seus filhos em Escolas Infantis.  Coisas dessa "mudernidade" onde o casal tem que ir em busca de trabalho e, com isso, relegar o filho, já a partir dos seis meses, quando não menos, ao cuidado de estranhos, às vezes, por mais de 10 horas.  De forma, que resta ao contato materno e paterno, num dia de 24 horas, menos de 4 horas diárias (resto é repouso e movimento). E nestas quatro horas, no caso da mulher, da mãe, esta ainda tem que dar conta da organização doméstica.  Homens participam muito pouco disso.  Complicado.  Talvez isso explique por que crianças chegam a escola, no Ensino Fundamental, quando começam a, de fato, exercitar a sua capacidade intelectual no desenvolvimento da escrita, da leitura e no acumulo de conhecimentos, eivadas de uma certa carência de afetos.  E que, muito poucas, conseguem resolver, também neste período, haja visto que os professores não conseguem prover também isso na escola em turmas onde cada um de 20 e poucos alunos merece atenção especial (sem contar que o professor (a) tem sua própria familia e filhos para atender). Já os pequenos voltam para casa onde raros pais, sentam-se com eles para observar cadernos, tecer elogios por avanços, se prontificar a ajudar.  Todos se dizem cansados da atividade cotidiana em busca do pão de cada dia da família. 

Mas deixemos dessas elocubrações.   Outro dia uma mãe me questionou: "Tu não pode me dizer o que fazer para conseguir uma vaga em uma creche do município?" Como seu eu fosse o Dignatário Municipal. Donde?  Sei que, nos últimos anos várias Escola Municipais Infantis foram construídas.  Houve no mandato passado da Administração que ora se repete, até compra de vagas nas creches particulares, mas nem isso resolveu a demanda reprimida e crescente que há neste setor.  Fui ver em que pé foram os investimentos da Administração nesta área. Encontrei quatro ações de projetos de "obras" de ampliação e construção de novas creches desenvolvidos pela prefeitura. Duas novas estão em andamento lento, embora executadas com recursos federais.  Outras duas, de ampliação, executadas com recursos próprios já foram concluídas embora apareçam ainda como "em execução".   Juntei as informações e os números que apurei, como de costume, a partir dos dados do Tribunal de Contas do Estado.  Ei-los na tabela abaixo.  E, verifiquem uma curiosidade: comparem o custo do metro quadrado de construção das duas obras de ampliação, executadas a partir de 2010, com as duas outras obras de "construção" de escolas novas.  Achei estranho.



2 comentários:

  1. Quando tu faz uma reforma na tua casa e resolve ampliar a garagem, não pode dividir o custo total da reforma pela área da garagem nova. A reforma envolve serviços na área já construída da casa, como telhado, estrutura, esquadrias, troca de pisos, azulejos, pintura, etc. Da forma como tu mostrou, está errado ou fostes mal intencionado. Fostes procurar ações da prefeitura na área da educação infantil e achou várias. Poderia ter colocado outras mais. Terias elogiado certamente se o partido no poder fosse outro.

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    1. Sinto informa-lo de que nada tem a ver com partido. Tenho meu conceitos politico-partidários, aliás, sou filiado - e deves saber - ao PT e, mesmo assim, questiono integrantes do meu próprio partido no que entendo que nao coaduna com os principios programáticos e nem éticos que deveriam nortear a pratica partidária.
      Quanto a este fato, dos investimentos na educação infantil, apenas, em vista de ter sido inquirido sobre como estava a questão das escolas infantis fui verificar o que se havia feito em termos de ampliação da infra-estrutura pela gestão atual. Encontrei estes dados. Achei curioso. Sobre as ampliações fiz apenas uma divisão do metro quadrado construido pelo valor total da obra. Achei esta discrepância entre o valor de uma obra referente a ampliação e outra de uma obra nova. Certamente, deve ter explicações mais concretas que as que apresentastes. Não estou duvidando de nada, mas posso me dar o direito de levantar uma interrogação a cerca dessa diferença. Ou não?

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