O vereador Albino “Geada” Dietrich (PMDB), partido que compõe a coligação que administra Estância Velha, saiu-se com esta pérola – sempre tem pérolas – na sua excelente oratória quando faz uso da tribuna no Legislativo. Aliás, esta ai uma das funções deste Poder, é a casa parlatória. O ambiente dos debates, da discussão – ou do “discutimento”, como dizia um outro vereador que já foi devidamente defenestrado pelo eleitores, na ultima eleição – gera por certo, vez ou outra, algumas frases que merecem serem inscritas em uma lápide para eternizarem-se.
Devo defender ou dizer a verdade? Qual o momento certo? |
Mas qual foi a pérola geadina (como diria Odorico Paraguassú)? Na sessão ultima, ao falar na tribuna numa tentativa de fazer o que deve fazer um vereador de um partido que participa da administração municipal, ou seja, defender, elogiar, anunciar, evangelizar, enfim, a cerca dos auspícios e méritos das ações e emanações do governo que ele representa no Legislativo, saiu-se com essa: “Às vezes eu defendo a administração, mas às vezes eu preciso dizer a verdade.”
É, deverás, uma frase lapidar. Não há duvidas que reflete a angustia do nobre edil. Às vezes ele defende a administração, por quanto acertada ou errada esteja. E, às vezes, precisa dizer a verdade, tanto a respeito do porque defendeu quando acertada estava, quanto do por que defendeu, mesmo que errada estivesse. É isso? A questão é: quando esta o vereador dizendo a verdade? Quando defende? Ou quando “precisa dizer a verdade”? Ó dúvida cruel! “To be or not to be, that is the question!” Ou, como um antigo romano perguntou: “quid est veritas?” (o que é a verdade).
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