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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Em Nova Petrópolis,RS, vereadores agem como politicos de "Cafundó do Judas"

O tema politico da região na semana passada, foi aprovação pelo Legislativo de Nova Petrópolis, bela cidade da serra com cerca de 19 mil habitantes e um Orçamento Público  de R$ 40.153.000,00 (previsto para 2012), do aumento do número de cargos para vereador.  Dos 9 atuais, os vereadores – com base na Lei Federal – acrescentaram mais dois cargos.  Ou seja, o limite máximo permitido.  A lei estabelece o máximo, não o mínimo.  Mas alguém em algum lugar do país, ira encontrar um Legislativo que por iniciativa própria reduza o numero de vereadores? Jamais.
Os vereadores de situação Jerônimo Stahl Pinto (PDT) e Plínio Rodrigues dos Santos (PRB), os vereadores de oposição Régis Luiz Hahn (PP), Oraci de Freitas (PP), Daniel Carlos Michaelsen (PMDB) e Bruno Seger (PMDB), que assumiu a vaga de Simone Michaelsen (PMDB), que pediu licença de um mês para cuidar de fins pessoais, votaram contrários a manutenção de nove vagas.   O argumento desses é de que haverá uma redução dos salários de assessores, porém, para próximo legislatura será mantido o salário atual dos vereadores.  O argumento é esdrúxulo.
Muito embora a despesa anual de manutenção do Legislativo de Nova Petrópolis  não seja maior do que  os recursos que o Legislativo de Estância Velha, consome em três meses, não precisavam caminhar nesta direção, com o argumento de que quanto maior o numero de vereadores “maior a representatividade da população no Legislativo”. Perderam uma oportunidade para manter a postura de correção e respeito em relação ao Erário Público e a população.  As medidas “saneadoras” apresentadas pelos vereadores neopetropolianos e o aumento do número de vereadores, não produzirá melhorias na qualidade dos debates daquele Legislativo.  Como de resto não produz em nenhum outro, infelizmente.  E. mais ainda, em pouco tempo, o custeio da Câmara excederá aos R$ 482.400,00, que os vereadores estipularam no Orçamento 2012, que necessitariam para manter as atividades do Legislativo.
Em Estância Velha, o aumento do número de vereadores só não aconteceu por que alguns integrantes da comunidade se movimentaram antes, numa iniciativa inédita de colher assinaturas e apresentar uma proposta de iniciativa popular de emenda a Lei Orgânica.  Isso acabou trazendo para publico o debate.  Evidentemente que a população reagiu e, embora alguns lideres partidários, defendessem, na surdina, o aumento do numero de vereadores, que no município,  poderia passar de 9 para 13, prosperou a iniciativa popular.  Ao final, a sensatez dos atuais vereadores, na sua maioria de olho na reeleição ou com idéia de concorrer a cargo no Executivo, fez vigir a proposta popular e fixando-se o numero de vereadores para o próximo mandato nos 9 atuais.
Em Nova Petrópolis, município referência na encosta da serra, os parlamentares alem terem votado a favor do aumento do numero de vereadores, ainda mais lamentável que isso foi o episódio de terem cerceado a imprensa de registrar em vídeo o trabalho parlamentar que é público.  Esperavam esconder isso de quem?  Ridículo.  Não pensava que prosperasse atitude tão bisonha e anti-democrática logo ali, no inicio de uma das regiões mais prósperas e desenvolvidas do estado.  Mas, enfim, atitude subdesenvolvida em caráter político não é mérito de poucos, esta a disposição de todos, quando o pensamento é usar e amparar-se no publico mais para servir-se do que para servir.   O comportamento dos vereadores de Nova Petropolis só tem parâmetro com a ficticia cidade de Cafundó do Judas, localizada, nos fundões da ignorância e mandonismo que ainda vige no Brasil. Para além de onde "o diabo perdeu as botas", muito depois disso, lá onde perdeu as meias.
A atitude dos vereadores de Nova Petrópolis só não maculará mais a imagem daquela comunidade se nenhum dos atuais edis, se tiverem a coragem de concorrer a reeleição – e terão – obtiver sucesso eleitoral em outubro deste ano. Se a maioria for reeleita, principalmente, aqueles que defenderam esta excrescência legal, Nova Petrópolis, em termos políticos,  não deixará de ser cidade irmã de qualquer município perdido nesses fundões brasileiros que se achava existirem lá pelo Norte e Nordeste mas, como se viu, podem existir aqui bem pertinho da gente, de nós que nos ufanamos de sermos um povo politicamente evoluído.

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