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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Até quando?

Até quando vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores, presidente, servidores públicos que tratam os recursos públicos com, abusarão da nossa paciência, do nosso comodismo? Até quando admitiremos que façam com o dinheiro publico, fruto do imposto que pagamos, o que bem quiserem, da forma como quiserem? Até quando ficaremos em casa tomando mate e reclamando do “naipe de políticos que temos” como se eles não fossem resultado do nosso voto dado apenas como desencargo de um dever que gostaríamos de não cumprir? Até quando deixaremos que vilipendiem tanto os princípios básicos da transparência, da eficiência, da probidade, da economicidade, da razoabilidade no uso dos recursos públicos?

Será que somos um povo que tem brios? Um povo amorfo que aceita que os que elegemos façam o que quiserem e não cumpram com o que se propuseram? Será que não fazemos nada, não participamos, não protestamos mais, não AGIMOS, por que na verdade não temos plena certeza de que se fossemos nós que lá estivemos não faríamos a mesma coisa? Até quando seremos reféns da tristeza desses tempos em que somos achacados por aqueles que elegemos sempre com mais impostos que se diluem no ralo da malversação dos recursos públicos? Até quando eles tramarão pelos corredores dos palácios públicos, pelos gabinetes parlamentares, urdindo leis, decretos e outras tramóias legais contra o povo?

É admissível que, em Estância Velha, um município com pouco mais de 40 mil habitantes, o Poder Executivo consuma o dinheiro dos nossos impostos em festas que não trazem nem visitantes nem renda para o município, ao contrário ela é levada embora? É aceitável que se proponha a Administração Municipal a gastar quase R$ 1 milhão com festa e shows, mais para satisfazer o ego dos nossos representantes para fotos ao lado dos artistas?  Como podemos ouvir, ler, saber disso e ficar em casa ou nos bares tomando nossa cerveja, resmungando criticando e nenhuma outra ação fazendo?

É admissível que o Poder Legislativo, os nossos vereadores, eleitos com o nosso voto, queiram fazer uma “obra” de ampliação do prédio da Câmara Municipal, com um custo estimado de R$ 2.286.174,40??? Um valor este suficiente para construir sete unidades de saúde da família, cada uma com 250 metros quadrados!? Valor maior do que uma escola municipal de 2.005 metros quadrados e com capacidade para receber e dar educação para mais de 600 alunos!? Um valor que dá para construir e manter por, pelo menos, 10 anos, uma casa de abrigo para crianças e mulheres vitimas de violência doméstica, em risco social!?

É possível achar estas situações com as quais nos defrontamos na nossa cidade, normais? Aceitáveis? O que podemos fazer para mudar isso? Como devemos agir para impedir que isso aconteça, que se repita? Ou, simplesmente vamos nos acomodar naquele velho e surrado argumento: “não adianta nada, é assim mesmo.” E o futuro? Continuará assim? É isso que nos deixaram e é isso que deixaremos aos que virão depois de nós?

Nunca é tarde para se tomar uma atitude. Ruim é passar a vida reclamando disso que ai está, destes que ai estão, que nós elegemos e não fazer nada. Ou somos iguais a eles?

Sempre há algo a ser feito. Busque se informar. O que não adianta é apenas reclamar de tudo isso que ai está. A não ser que você concorde plenamente que em Estância Velha, um município com sérias dificuldades de recursos para investimento e manutenção dos serviços públicos, se gaste mais de R$ 2 milhões numa obra para dar conforto para 9 vereadores e seus assessores “trabalharem”. Ou então, gastar-se R$ 375 mil para que prefeito e secretários tirem fotos ao lado de artistas famosos.

Em Estância, vereadores acham o espaço físico da "Casa" insuficiente. "Ampliação" tem custo estimado de R$ 2 milhões
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