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terça-feira, 22 de março de 2016

A hora de Dilma



Juristas foram, nesta terça-feira, levar apoio a Dilma
O quadro da situação política brasileira é tal que tudo o mais dele decorre.  Embora se declare que a crise econômica já esta instalada e roendo ferozmente as finanças e a pretensões da nação, se olharmos para o quadro do desemprego registrado em 2002, por exemplo, com um percentual de 12,95% de desemprego e o assinalado em 2015, de 6,9%, custamos a crer que sobrevivemos naquele período negro do final do século passado e inicio deste novo século. Mas estamos aqui. Voltaremos aquela condição do final do século passado e inicio deste? Mas a questão é outra.

O processo de impeacheament da presidente Dilma Roussef, esta em marcha.  Os prazos estão correndo.  Aberta a porteira por Eduardo Cunha, nosso ilibado presidente da Câmara Federal, não há mais retorno.  Agora é no “baquetaço”, na “munheca”, mesmo. Não há outra saída para aqueles que quiserem reverter o defenestramento eminente de Dilma.  "Não renunciarei", avisou hoje num discurso a um grupo de "juristas" que a apoiam e questionam a validade do objeto do impeacheament.  Não renunciará, por certo, cairá.

Dilma, pode afirmar que não renunciará, por que não tem pretensões politicas, a lá Collor, então, sustentará o seu Álamo até que a ultima pedra seja empurrada pelo tremor dos gritos da multidão enfurecida, traduzida pela voz dos seus opositores na Câmara, e instigados  seja pela Globo, pela Folha, pelo Estadão, enfim, pelo que se identificou de “mídia golpista”.   E, mais do que isso, cairá pela profusão de erros que cometeu seja ouvindo ou não ouvindo o seu criador: Lula.  

 Dilma, dizem seus defensores, é uma mulher honrada, não cometeu mal feitos, não usurpou o Erário Público em favor de si, nem dos seus, de forma direta ou indireta, como  todos os indícios em relação Lula, parecem confirmar. Dilma não cairá por ela, cairá por Lula, a quem tentou, ainda num ultimo recurso, estender um ministério. Cairá pela sanha de ex-aliados e de uma oposição rançosa. 

A desconstrução de Lula, do mito, por aqueles que sempre o odiaram pelo que ele representava e, mais, pelo que dizia representar, em termos de caráter, de ética, de moral em relação a Coisa Pública, esta se processando rapidamente. Para isso não se precisa de provas materiais de malfeitos que tenha cometido, mas bastam ilações, indícios.  Isso esta sendo usado como ferramenta, pelos odientos, tanto que deram uma dimensão maior do que talvez do que tenham, embora se atentem contra o patrimônio público, mal maior ou menor e mal sempre. Se Lula se deixou levar pelos bajuladores, não interessa a quem o odeia.  Eles babam apenas de ler ou ouvir alguém que se ponha a fazer considerações mais dos méritos do que dos erros dos governos que se sucederam neste inicio de século. Se verem alguém na rua com algum símbolo ou pessoalmente objetar algum argumento ao que vociferam,  corre-se o risco de ser agredido e, mesmo, morto.

E aqui estamos nesta encruzilhada. O que esta dado, quanto ao impeacheament da presidente Dilma, é um golpe, claramente, aplaudido pelo seu principal aliado, o PMDB. Sem nunca conseguir conquistar o poder central pelo voto, desde o advento da Democracia, o PMDB se doutorou em parasitar quem votos tivesse.  Chegamos ao fundo do poço?  Não. Antes, pode ser a chance de sairmos do fundo do poço, onde sempre estivemos, preenchendo o vazio  moral deste poço, com a afirmação da Democracia. É este valor republicano que esta permitindo que este mal histórico enraizado no DNA cultura nacional, seja publica ou privado, a corrupção, esteja sendo combatida com a força e determinação necessárias, justamente, por que se criaram mecanismos legais e jurídicos, neste século, que possibilitaram isso.

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