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sábado, 7 de junho de 2014

Aumento da despesa com saúde não reflete na melhoria dos serviços

Em Estância Velha, é dificil entender por que o sistema de saúde não avançou, senão na direção oposta ao que deveria ser o serviço público.  Ou seja, de visível mesmo nos últimos cinco anos a "maior" realização da administração Dilkin/Ivete foi a transferência da administração do Hospital Municipal Getúlio Vargas para uma entidade privada que a esta gerenciando com recursos públicos.  Além disso, foi o ingresso na rede de atenção primária do município, de cinco médico cubados, na adesão do município ao Programa Mais Médicos do governo federal. 

Não obstante, a despesa com saúde no município no período de 2009/2013, cresceu 90,76% se comparada com o período de 2004/2008. Ou seja, a despesa em saúde por habitante/ano, no quinquênio anterior era de R$ 232,72 em média.  Saltou para R$ 408,04 no período de 2009/2013.   No mesmo período, o percentual médio de despesa com serviços terceirizados de saúde, foi de 17,86%, quando no período anterior, alcançou  16,98%. Ou seja, a despesa em saúde por habitante foi maior e o percentual de investimento (novos equipamentos, obras, etc) em saúde foi menor que o do período anterior.

Outro dado curioso, esta relacionado as transferências governamentais do SUS.  É rotina o alcaide mor do município e sua vice, queixarem-se, quando falam de saúde, que os repasses do SUS não são suficientes frente as despesas do município com o setor.  No, entanto, estes repasses tiveram um incremento de 110,26%, na comparação com o total repassado no quinquênio anterior (em considere-se que o governo municípal era do mesmo partido do governo federal, o contrário do que aconteceu nos últimos cinco anos).

Lendo estes números fica dificil compreender como se nos últimos cinco anos, não se ampliou a rede de atenção básica (equipes de ESF), se reduziu o atendimento de especialidades médicas no município que passava de uma dúvida para quase metade disso e, ainda, se repassou o hospital para a iniciativa privada, mesmo assim a despesa com saúde  quase dobrou em relação a média verificada em igual período imediatamente anterior.  Sem contar, que entre 2004/2008 a população de Estância Velha (de acordo com estimativas do IBGE) teve um crescimento de 13,63% (de 37.949 para 43.125 habitantes) enquanto no período de 2009/2013, a estimativa é de um crescimento de apenas 3,63% (de 43.900 para 45.500 habitantes). É de se supor que uma aumento significativo da população instigasse ou justificasse o aumento da despesa com saúde conjugada com a oferta de mais serviço.  Isso, porém, não ocorreu.  Definitivamente, na área de saúde, em Estância Velha, os recursos empregados ou gastos não justificam a saúde que se tem.

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