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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Uma administração que perdeu o crédito, pode inspirar crédito nas suas ações?

ISEV atua cinco municípios do estado em um em SC
A situação parece critica nesse inicio de nova gestão do Hospital Municipal Getúlio Vargas.  Não que a falta de médico fosse uma exceção.  Não que a demora no atendimento ou a precariedade no atendimento fosse uma exceção.  Não que a sensação da falta de comando, uma certa balburdia intra-hospital fosse uma exceção  (pelo menos nos últimos quatro anos que ninguém soube muito quem é que mandava ou dirigia o hospital - que tem um cargo CC para isso).  E, por fim, não que o Instituto Saúde de Educação Vida (ISEV), não detenha know how para atuar na gestão de pequenos hospitais. A questão é que, sem dúvidas, este é um período critico, o de transição e, também, em se tratando da manutenção de um quadro de pessoal com contrato temporário ou terceirizado, numa emergência hospitalar.  Conhece-se a realidade nesta quadra de final e entrada de um ano.   É certo também que há especialidades médicas que não apenas rareiam como rareando tornam instituições de saúde refém de preços exorbitantes que cobram os profissionais disponíveis (no caso, por exemplo, de pediatria). 

A questão, principal é que a atual administração (diga-se e frise-se, reeleita por um terço dos eleitores de Estância Velha) não tem a confiança de dois terços da população e, há que se crer, que nem mais seja depositaria de confiança nos seus atos e ações, do próprio terço de eleitores que a reconduziu/manteve na prefeitura.   É uma situação complicada visto que as promessas de campanha para a área da saúde realizada quando para conquista o voto do eleitor para o primeiro mandato não se cumpriram.  Não obstante, um terço dos eleitores, teimaram em acreditar que um segundo mandato foi pouco, tanto que foi prometido - e nada cumprido - que seria necessário um segundo mandato.  Para o segundo mandato, o candidato a reeleição repetiu a ladainha "prometiva" (como diria Odorico Paraguaçu) do primeiro mandato, adoçou um pouco mais e riu-se nas urnas dos adversários divididos que tentaram mostrar aos eleitores o embuste que fora já o primeiro mandato e que tinham qualificações e compromissos mais realistas para gerir o municipio.  Perderam e com eles dois terços do eleitorado foi derrotado.  A mediocridade foi mais inteligente do que a oposição que se julgava inteligente mas foi vencida, antes, pela sua propria soberba e incapacidade de dialogar entre si. Águas passadas.

Voltemos a questão em tela.  A proposta de terceirização do HMGV para uma Organização Social, pode ser uma alternativa que ajudaria a melhorar os serviços de saúde como um todo.  Poderia, se fizesse parte de um plano e não fosse uma atitude com o intuito de "reduzir os custos da saúde".  Fosse parte de uma "politica de saúde", algo referenciado no Plano Municipal de Saúde (que, informe-se o municipio passou os 4 anos sem ter um e, até dezembro de 2013 deveria ter apresentado um e, não o fez), que estabelecesse, os propósitos, objetivos, metas da administração municipal para um quadriênio.  Isso nunca ocorreu, talvez o plano seja mesmo desmontar tudo que uma outra administração fez por que era do PT.  Isso demonstra a desinteligência da administração PSDB/PMDB.  Fazem justamente o contrário do que fez o próprio PT a nível nacional. Em vez de desconstruir, destruir o que a administração federal do PSDB fez, aperfeiçoou, ampliou, melhorou.  Enfim, quando a mesquinhez e a sordidez aliada a desinteligência chegam ao poder, primeiro cuidam até de repintar meios-fios de cores diversas da pratica anterior, porque então, não fariam com a saúde o mesmo?  

Ainda, se a questão é reduzir o custo com a saúde, como se dará isso, pagando-se R$ 180,00 por uma consulta pediátrica em hospital de outra cidade pois não dispomos do profissional, nem concursado, nem contratado na nossa cidade?   O Raio X que é feito em Portão, tem o mesmo valor que aquele que era feito no HMGV, mesmo que terceirizado? Estes novos custos são pagos com que recursos, senão com os recursos públicos repassados a ISEV?   Para além disso, como explicar que funcionários concursados foram dispensados ou acomodados em outros setores e para o lugar deles agora a ISEV contrata novos funcionários, alguns, inclusive com parentesco com quem servidores concursados ou que detém Função Gratificada (FG) ou mesmo Cargo em Comissão (CC) na Administração Municipal?  Se a intenção da terceirização era reduzir os custos do hospital, assim levara tempo para atingir este objetivo e, pior, elevará os custos da saúde, por que não se reduziu o numero de funcionários da saúde como um todo, ao contrário.  Talvez seja por isso, que a previsão orçamentária para 2014 seja de R$ 25 milhões, volume maior, não menor que as despesas verificadas no ano passado na área da saúde.



A intenção pode ser boa, mas tudo começou de maneira turva conduzido por uma administração que não inspira mais confiança.  Diante disso, não seria outra a realidade que não a atual, ou seja, pior do que a realidade anterior.

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