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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O boato do corte do "vale refeição"



Corre a boca pequena que a administração municipal de Estância Velha, tocada pelo reluzente alcaide Waldir Tiltapes e a secretária administrável e vice-alcaide, Ivete Cerca, vai propor a redução do valor pago aos servidores a titulo de “vale alimentação”.   Hoje este valor gira em torno de R$ 320,00, por funcionário.  O que representou este ano, até julho R$ 1.952,620,70.  Valor este que representa 5,11% da despesa total do município no mesmo período.  No orçamento de 2013 o valor total estimado para esta rubrica é de R$ 4.251.000,00. 


Ora, sabe-se que este artifício de concessão de “vale alimentação”, no caso do serviço público, não passa de um disfarce de reajuste salarial.  E foi assim que ocorreu quando o Executivo propôs este benefício aos servidores.   Não tem nada a ver com um auxilio  que garanta a um servidor pelo menos uma refeição substanciosa por dia.  É complemento salarial cujo valor não entra como referencia para o calculo de outros benefícios a que o servidor tem direito na progressão de carreira. 


Via de regra, o “vale refeição” é concedido num valor igual a todos, não importando o cargo que exerça nem o valor da sua remuneração.  Assim, sejam os salários de nivel superior como os salários de cargos de nivel fundamental, todos ganham o mesmo valor a titulo de “vale refeição”.  Embora seja apenas um “bônus” que pode o gestor público pode  retirar a qualquer momento, a totalidade dos servidores, por certo incorporou o valor a sua remuneração mensal e o tem como parâmetro para seu planejamento orçamentário. Dispondo do valor para do “vale alimentação” o servidor pode dispor do seu salário para outras despesas fixas ou não. 


Se o propósito do nosso contabilizante alcaide fosse o de  reduzir o valor do “vale refeição” em 30%, isso significará um déficit mensal de R$ 92,00 no orçamento dos servidores.  Para quem exerce cargo de nivel superior não chega a ser significativo não dispor deste valor no final do mês, mas para quem exerce cargo de nivel fundamental, cuja renda mensal fica pouco acima de um salário mínimo, é um valor que fará falta na sua programação.   


A preocupação dos servidores com esta possibilidade de redução do valor do “vale refeição” é pertinente, principalmente, os menos aquinhoados.   Porém, por mais solidários que fossem com a crise financeira na qual o município esta mergulhado, eles não teriam nenhuma garantia de que este corte no “vale refeição” serviria para ajudar na composição do equilíbrio das finanças municipais.   


Quem ainda acredita num alcaide que, em março afirmou, prerremptoricamente, que as finanças municipais estavam nos eixos, mas agora, chora pitangas diante de um déficit assumido no Tesouro Municipal?   A situação em que esta mergulhada a prefeitura de Estância Velha, reúne dois componentes letais nas finanças públicas que comprometem investimentos e a própria manutenção dos serviços: queda de receita e a gestão incompetente.   Para dizer o mínimo.  De qualquer forma, é mais provável que  esta proposta seja mesmo um mero boato.

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