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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Feriadões, mortes e aborto

Mais um feriadão a vista.
Este ano é, por certo, o campeão de “feriadões”. Depois desse do dia 12, que se faz “ponte” no dia 11, teremos já outro.

O feriadão do dia dos finados. No dia 2 de novembro reverenciaremos os que estão no feriado eterno enquanto nos praticamos aqui os possíveis. O dia 1 de novembro não é feriado mas é “Dia de todos os Santos” (mais um feriado católico que crentes de todas as igrejas agradecem).

Depois, nesse mesmo mês, tem o feriado da Proclamação da República no dia 15, uma segunda-feira. Não chega a ser um “feriadão”, na concepção do enforcamento do dia da véspera mas com o final de semana, sagrado, fecha em três dias. Ai entramos dezembro, onde os dias comemorativos – Natal e Ano Novo – depois de tantos feriadões, caem num sábado. Coisa ruim.
Já 2011 não será um ano tão generoso em feriadões. Sinal de que morrerá menos gente em acidentes de trânsito. Aliás, feriadão parece-me uma forma mórbida de controle do crescimento populacional a um alto custo econômico para a sociedade. E o pior é que a maioria absoluta dos mortos e aleijados da chacina do transito são jovens.

Só tem uma coisa que mata mais jovens do que o trânsito, mas ai, mulheres – como para equilibrar um pouco a distancia cada vez maior da população feminina para a masculina, no Brasil: o aborto. Mas aí entramos, noutro campo, onde o debate é atrasado, medieval, inquisitorial, como se pode observar no rumo que se esta querendo dar ao debate eleitoral nesse segundo turno. Serra tenta colocar Dilma no brete transformando a eleição numa questão de convicções religiosas e não cientificas. É a medievalidade instituída buscando a vociferação das igrejas.
O aborto é sim, no Brasil, uma questão de saúde pública. Se a moral religiosa não permite libera-lo é preciso discriminalizá-lo para que, principalmente, as mulheres de classes sociais menos favorecidas economicamente deixem de morrer utilizando-se de métodos caseiros quando não "aborteiros e aborteiras" clandestinos. As mulheres de classes mais abastadas fazem abortos em clinicas especializadas e de alto padrão. O resto é mera hipocrisia religiosa, social e moral.

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