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sábado, 9 de outubro de 2010

"Farra das diárias" não foi interrompida

A Câmara de Vereadores de Estância Velha, em oito meses deste ano já consumiu R$ 1.117.437,12 contra R$ 897.221,55 realizados em todo o ano de 2009. Pelo andar da carroça, a gestão do vereador Tomé Foscarini (PT) este ano a frente do Legislativo estanciense deverá bater no teto de R$ 1.676.000,00. Ou seja, praticamente o dobro da despesa gerada quando a presidência foi exercida pelo vereador Cláudio Hansen (PSB) em 2009.

Já no que tange a rubrica dos gastos com diárias, até quando veio a tona o escândalo da “farras das diárias” em julho, o Legislativo de Estância Velha, tinha torrado R$ 120.568,29 em cursos de “aperfeiçoamento” fora do estado. De lá para cá, acrescentou mais R$ 44.000,79 a este gasto. De forma que em 8 meses já “investiu” em diárias R$ 164.569,08. Neste ritmo deve fechar o ano na beira de R$ 246.853,62, de gasto com esta rubrica orçamentária. É de lembrar que este valor supera, inclusive, o recorde de 2008, quando a Câmara gastou com diárias R$ 222.942,06. E, é quase o triplo do valor gasto em 2009. Já o Executivo gastou desta rubrica o valor de R$ 75.209,57, este ano.

A propósito disso, o presidente Tomé Foscarini, havia prometido de rever a concessão de diárias, que haveria uma resolução de submete-las ao plenário, de que a totalidade das despesas do Legislativo seria divulgadas, publicadas no site, no mural da câmara, nos jornais. Nada disso se viu até agora, inclusive, no “Informativo da Câmara” que, diz ter tiragem de 10 mil exemplares e circular mensalmente.

Tudo isso deverá constar, nas próximas edições do “Desinformativo da Câmara”. Este já teve cinco edições até agora. Observei, por curioso, que a Câmara consumiu nas rubricas “publicidade institucional”, “serviços gráficos” e “produção de jornal”, a bizarra soma de R$ 128.008,14. Como no “expediente” dos dois exemplares que me chegaram as mãos li que a tiragem de cada número era de 10 mil exemplares (não informam o custo total), foram impressos, então, um total de 50 mil exemplares, este ano. Se esta despesa for só com o "Desinformativo", dividindo pelo custo total acima, teremos que cada exemplar custou R$ 2,56, o preço de uma Zero Hora e mais caro que um exemplar do Diário. A propósito: 10 mil exemplares é um para cada residência e estabelecimento comercial de Estância Velha. Em cinco edições recebi na minha caixa de correspondências apenas um, o outro busquei na Câmara.

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