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sábado, 18 de setembro de 2010

Algumas considerações sobre eleições em Estância Velha

Uma ligeira pesquisa a cerca das eleições gerais e do comportamento do eleitorado de Estância Velha, na definição do voto para os candidatos majoritários revela situações interessantes. Vale recuperar para a história e memória eleitoral.

Em 1998 - a eleição foi decidida no primeiro turno com a reeleição de FHC, Lula ganhou em Estância Velha. Conquistou 8.841 votos contra 5.872, dados ao hoje ex-presidente.

Em 2002, quando finalmente chegou a presidência derrotando José Serra, em Estância Velha, no primeiro turno, fez 10.052 votos e contra 6.894, dados a Serra. No segundo turno ampliou para 11.947 votos, contra 8.715.

Em 2006, na sua quinta disputa pela presidência da República, Lula se reelegeu perdendo em Estância Velha. No primeiro turno somou 7.899 contra 13.843 dados a Geraldo Alckimin (PSDB), e no segundo turno, também perdeu somando 10.616 contra 13.313 votos.

Na disputa estadual, em 1998, o partido do presidente (PT) elegeu pela primeira vez um governador no Rio Grande do Sul, Olívio Dutra. Em Estância Velha, ao contrário de Lula, fez menos voto que seu adversário direto, Antonio Britto (PMDB) que concorria a reeleição. Olívio ficou com 7.142 votos dos estancienses contra 7.419, no primeiro turno. No segundo turno a vantagem passou para o lado Britto, com 9.112 votos. Olívio somou 8.872 votos. Ao contrário do resto do estado, Estância Velha preferiu o candidato que saiu derrotado na disputa.

Em 2002, Lula chegou a presidência da República, mas o PT não conseguiu manter o governo do Estado. Tarso Genro, era candidato governador, disputando com Germano Rigotto (PMDB) e novamente, com Antonio Britto, agora no PPS. No primeiro turno, Rigotto conquistou 8.469 votos em Estância Velha, Tarso ficou com 8.317 e Antonio Britto, 2.333. No segundo turno, Tarso perdeu no estado mas venceu em Estância Velha, por pequena margem, a Rigotto, de 10.504 contra 10.343. Nessa disputa o município era governado pelo PT.

No ano de 2006, na reeleição de Lula, o candidato a governador pelo PT, era Olívio Dutra, Germano Rigotto concorria a reeleição e estava na disputa a então deputada federal, Yeda Crusius (PSDB). No primeiro turno, em Estância Velha, Olívio somou 7.556; Rigotto, 3.300 e Yeda, 10.922. No segundo turno, Olívio saltou para 11.235, mas mesmo assim perdeu por pequena margem para Yeda (12.595) que veio a vencer a eleição no estado. Era o segundo ano do segundo mandato do PT em Estância Velha. O ex-prefeito Toco, havia sido reeleito de forma avassaladora em 2004, nas eleições municipais.

Ao que se observa, o eleitorado de Estância Velha, embora em crescimento vertiginoso, talvez por esta mesma vertigem, mostra-se extremamente flutuante no seu posicionamento frente as disputas eleitorais majoritárias. Nas duas eleições em que o PT esteve no governo municipal, o eleitor de Estância Velha, votou para governador em candidatos de oposição. Uma atitude que repete a do próprio eleitorado gaúcho. Enquanto o país elegia um presidente, os gaúchos elegiam um governo de oposição ao governo central. Resquícios ainda da nossa centenária saga farrapa? Se hay gobierno central, cá, somos contra? Ao que tudo indica, no andar da campanha deste ano, tal sina não deve se repetir, a nível estadual. Se repetirá a nível municipal?


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