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sábado, 10 de janeiro de 2015

Um ano de terceirização do HMGV

Já vai um ano da "doação" do Hospital Municipal Getulio Vargas, a titulo de terceirização da administração,  para o Instituto de Saude e Educação Vida (ISEV). O mote principal, da administração do Alcaide Municipal, era de que como estava o hospital era inadministrável. Comprometia muito recurso e oferecia um serviço de péssima qualidade a população, este era o argumento da administração municipal para justificar a entrega da gestão do mesmo para uma instituição privada. A saida era, diante da incompetência do Poder Público, terceirizar a administração do mesmo.  Isso, reduziria as despesas e proporcionaria a qualificação dos serviços, maior eficácia, eficiência e modernização do hospital.  Bons argumentos.

O ISEV assumiu o HMGV ainda no final de 2013. Transcorreu 2014 e algumas alterações, principalmente, no que tange aos recursos humanos já se observou.  Muitos servidores (técnicos, enfermeiros e médicos) foram remanejados para outros setores da Secretaria de Saúde (alguns ainda batem cabeça procurando se achar nos novos setores).  Outros, foram remanejados e recontratados pelo ISEV para desempenhar as mesmas funções das quais foram dispensados.  É certo, que as realizam em horário que não confronte ao de sua carga horária como concursado.  Evidentemente, recebendo para isso. É um que outro caso. 

Na reorganização do fornecedores de serviços ao HMGV, mediante contrato com o município, também alguns foram descartados e outros passaram a realizar as atividades antes contratadas por licitação pública e agora por contrato direto, sem licitação, com a ISEV.  Disso resultou até que uma empresa de Fisioterapia teve o contrato encerrado e outra foi contratada (esta outra, antes do surgimento do ISEV, tinha como sócia a atual secretária de saúde).  São coisas.  Tudo dentro da lei.  Mas, enfim, mudanças.  Diga-se que, tudo isso não piorou os serviços do hospital. Melhor, não se tem uma aferição efetiva em termos de resultados e satisfação, confiável, da população.  

Na outra ponta, ao observar as despesas da prefeitura com a manutenção do hospital, conclui-se que, neste primeiro ano de terceirização, houve um crescimento de 28%.  Em 2013, a despesa total na rubrica Assistencia Hospitalar/Ambulatorial/HMGV, alcançou R$ 7.618.530,04.   Para 2014, este valor saltou para R$ 9.755.023.23.   Para 2015, a estimativa é de que alcance R$ 10,5 milhões.  Em, números, portanto, não se viu ainda ganho.  Mas, entre uma critica e outra há quem ateste que os serviços do HMGV se qualificaram.  Outros dizem que as reclamações diminuiram por que há menos gente demandando pelos serviços do hospital, principalmente, na emergência. Se isso foi devido a uma tomada de conscência de que emergência é para emergência, otimo.  Se for por uma acomodação das pessoas do tipo: "não adianta mesmo que nada mudou", péssimo.


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