Pesquisar este blog

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Estes que ai estão, nos escandalizando, foram eleitos com o nosso voto ou pela nossa omissão



 A manchete do Jornal NH e do Jornal ODiário, e ainda o noticiário de televisão e rádios e, mais das redes sociais da internet, levaram o nome de Estância Velha, por todo o território gaúcho e ainda, nacional.  Não é a primeira vez que o município e nossos políticos eleitos,  recebem tal destaque.  Aliás, esta parece ser uma marca da “Era Dilkin” em Estância Velha.  E isso acontece tanto a nível do Executivo quanto do Legislativo.  Por falta de atrações turísticas, aproximamo-nos de Brasilia para ser palco de escândalos  (de dimensão mínima, considerados os nacionais, mas de grande dimensão considerado o tamanho geo-populacional-econômico do nosso município) envolvendo a ganância e a forma como nossos políticos eleitos, gerenciam os recursos do Erário Público.  Certamente, isso que ocorre em Estância Velha, neste ultimo quadriênio, não é coisa desses tempos.  Ninguém há de pensar que em quadriênios passados, mais recentes ou mais antigos, o Erário Público tenha sido tratado de forma diferente.  Ou será que só passamos a eleger gente que protagoniza escândalos como estes que ganharam a mídia, nesses últimos tempos, nesta segunda década do século XXI?

Desses fatos recentes que envolvem suposta compra de votos na eleição de 2012, usando como moeda de troca o Programa Social de Habitação (PSH) infiro que, antes de tudo, usaram dos meios públicos de forma irregular para conquistar compromisso de voto de pessoas, não apenas de caráter e moral, da mesma graduação que dos que estavam em cargos públicos, mas pessoas que em buscavam de um futuro as suas famílias.  Se houve corruptores, houve corrompidos. E nesta história, ninguém é inocente, embora as circunstâncias sociais desses últimos possam ser atenuantes. 

De forma alguma, acredito que tanto o prefeito, quanto a vice-prefeita, quanto o secretário de Desenvolvimento Social, quanto os que saíram candidatos a vereador, depois de ter servido e, se servido, da prefeitura em Cargos de Confiança, principalmente em áreas onde se manipulam materiais, programas e projetos de cunho social, cometeram ilícito que prejudicou o Erário Publico em beneficio próprio (se locupletando de forma direta).  Mas é certo que todos, fizeram uso do que tinham disponível para buscar garantir a reeleição e sua própria permanência no poder, seja no Executivo ou no Legislativo, o que não é pecado.  Embora seus cargos – sejam CCs ou eleetivos – tenham como objetivo a ação em beneficio do bem coletivo, comum, não se furtaram, quando tiveram a oportunidade, – talvez iludidos pelos próprios eleitores de caráter falho e mendicante (isso também se deve considerar) -, de beneficiar particulares buscando somar votos com vista tanto as suas próprias intenções particulares, quando se lançariam candidatos; quanto na intenção de garantir votos ao candidato a reeleição para o Executivo.

Por mais que compreenda isso, desta forma, não se pode deixar de afirmar que também agiram contra o bem comum e coletivo, quando restringiram sua ação buscando o beneficio de poucos (apadrinhados que aceitaram se corromper) e manipulando as regras em relação extensa lista de famílias, pessoas, cadastradas no PSH.   Assim, como devem ter invertido as regras na distribuição de materiais e gêneros (coisa que a policia não esta investigando) para aqueles que procuravam os serviços assistenciais em buscar de ajuda ou apoio.   Isso, pode ser da regra política brasileira, mas não é o  que vai afastar a pecha de que, agindo assim, demonstraram falta de caráter, desvio moral, falta de ética, que não os distancia muito da bandidagem, que anda a solta ou lota as masmorras do estado brasileiros, chamadas de cadeias.   Enfim, tornaram-se tanto corruptores quanto corrompidos, pelas circunstâncias proporcionadas a quem é alçado a uma migalha de poder. Diante da lei, são criminosos, pois é o que são os corruptos e os corruptores.

Recentemente, na Câmara de Vereadores,  um vereador denunciou o afastamento de uma servidora concursada no Setor de Marcação de Consultas para dar lugar, no setor a um CC.  Ora, este CC foi candidato a vereador.  Agora, estando a frente deste setor importante por que lida com a angustia do cidadão na dificuldade de se conseguir uma consulta especializada,  tal ex-candidato pretende se “cacifar” melhor, com vistas a um futuro pleito e mesmo, para as eleições do ano que vem, poder apresentar, para aqueles que encaminhar a consultas especializada, “seus” candidatos a deputado, senador, governador, presidente.  É assim que “funcionam as coisas” no entendimento destes que fazem uso descarado dos seus cargos para garantir-se mais tempo no poder, independentemente, de que seus serviços  venham de encontro ao bem comum.  Antes, pensam apenas no bem particular deles e daqueles que puderem manipular quando vierem a ele recorrer na solução de suas angustias. 

Por ultimo, há que se perguntar:  haveria outra forma de se fazer política a não ser esta, sorrateira, interesseira?  Quando se participa de uma sessão na Câmara de Vereadores, duvida-se disso.  Quando se vê escândalos como estes que se tornaram comuns no nosso município, duvida-se disso.    E, de fato, resta-nos ainda a interrogação final: todos estes que ai estão, no poder,  cometendo os erros e falcatruas que cometem, foram eleitos por quem?   Estes que ai estão, nos escandalizando, foram eleitos com o nosso voto ou pela nossa omissão.  Então, somos tão culpados pelo que eles fazem quanto eles próprios. É a dura verdade.  Poderá ser diferente?

Nenhum comentário:

Postar um comentário