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domingo, 7 de junho de 2009

Cena do cotidiano



A criança juntou os restos com olhar triste
Sem forças, pela barriga infestada de vermes.
As mãos mínimas, sujas de fome e descaso
Levaram a boca o dia de hoje sem amanhã.

A mãe, em andrajos, esquálida e triste,
Segurava outra criança nos braços
Com tal prostração que parecia sem vida
Sob a marquise de todo o seu desalento.

Pessoas olham a cena apiedados,
Outras com repulsa e censura,
Alguns fingem não perceber.

E, todos passam rapidamente
Para não se sentirem parte
Naquele cenário deprimente

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