Do tal da despesa com pessoal da prefeitura de Estância Velha, em 2012, R$ 33.306,788,12, - ano de eleição -, R$ 2.713.187,80 (8,14%) foram despesa com horas extras. Há, por certo, uma enorme necessidade de pessoal, não fosse isso não se justificaria tal valor em horas extraordinárias. De qualquer forma, esta situação vira uma arapuca para o Administrador e um problema para o trabalhador.
Há quem se acostume com o fato de receber determinado volume em valor, de horas extraordinárias mensalmente (por certo, trabalhando durante as mesmas). Com isso planeja suas despesas com base no valor que passa a considerar parte da remuneração mensal. Se este "ganho extra" é cortado abruptamente, ver-se-á em uma situação critica para fazer frente aos compromissos que assumiu em razão justamente daquele "ganho adicional". Já para o administrador, que deixar que "horas extras" se tornem uma rotina, parte do salário do trabalhador, ao cortar o "ganho" construirá terá naquele trabalhador um colaborador insatisfeito..
Não é de hoje que esta situação ocorre na Administração Municipal de Estância Velha. O Tribunal de Contas do Estado, já fez apontamentos. Porém, não faz um acompanhamento que indique que alguma medida mais perene foi tomada, como a realização de concurso publico para os setores com maior deficiência. É verdade que nem sempre ao excesso de horas extras decorre de deficiência no provimento de cargos para determinadas áreas.
Porém, pelo volume de horas extras na area da saúde, pode-se dizer que este é um dos setores com maior deficiência de pessoal. Em 2012, 66,35% dos gastos com horas extras da prefeitura, ocorrem na área da saúde, ou seja, o valor de R$ 1.631.006,55.
Desta observação resta uma pergunta: a área da saúde é a mais criticada pela população e, de fato, a que ultrapassa em muito o limite constitucional de gastos em relação a receita total do municipio. Por que ocorre isso? Tanta hora extra significa que os funcionarios estão ultrapassando demais o limite da sua jornada de trabalho e com isso, mais estressados, não conseguem atender a demanda da população com a qualidade adequada? Ou uma coisa nada tem a ver com a outra? É tudo apenas uma questão de total desconhecimento e capacidade de gestão do sistema de saúde?
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