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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Uns mais iguais que os outros



A vereadora Sonia Brites (PSDB) ao se manifestar na tribuna da Câmara de Vereadores na sessão de terça-feira, dia 27, onde deu a entender que votaria a favor do projeto que extingue os cargos de “assessor parlamentar” – visto que no mandato passado não teve assessor embora a lei lhe facultasse -, disse que entre os três vereadores reeleitos daquele mandato, um, o vereador João Dudu de Godoy, usara  da prerrogativa da lei e nomeara um assessor para si.

Entendi que ela quis dar a entender para a platéia que o fato de ter ou não assessor não influenciara na escolha dos eleitores nos candidatos que disputaram a reeleição (dos nove, um concorreu a vice-prefeita - Rosani Morsch e outro não concorreu, vereador Toquinho, o outros 7 tentaram a reeleição. Destes 3 se reelegeram).     Se foi isso que quis dizer a vereadora, é de lembrar que, em relação a ela e ao outro vereador que se reelegeu (Claudio Hansen, PSB), Dudu não tinha a vantagem apenas de ter um “cabo eleitoral” denominado “assessor parlamentar” pago com o dinheiro público. O que ajudou em muito a sua reeleição, foi o seu histórico de assistencialismo e, mais, o fato de ter a filha, Ivete Grade, concorrendo a vice-prefeita e o filho, João Duduzinho de Godoy, a frente a Secretaria de Desenvolvimento Social.  Não há como negar isso. Neste contexto, "uns são mais iguais que os outros" e nepotismo é um termo que é letra morta nos dicionários.

No Brasil, infelizmente, tanto esta artimanha de que tentam se valer alguns  vereadores de Estância Velha, querendo manter os cargos de “cabos eleitorais” ditos também “assessores parlamentares”, quanto o que a lei também lhes faculta o direito de concorrer a reeleição sem precisar renunciar nem ao cargo, nem ao salário, nem as benesses que estar neste Poder lhes concede, quanto a mesma artimanha que a lei concede aos prefeitos, é algo injusto e até desonesto contra os demais candidatos que postulam as mesmas vagas, porém, sem a logística de que dispõe quem concorre a reeleição.  Coisas brasileiras que, neste caso, somou e foi favorável a reeleição de um vereador em detrimento de outros que embora tivessem também sobre si o peso da conduta repreendida pela população desde 2010, não tinham a escora de dois entes próximos, um concorrendo a um cargo executivo, na carroceria de um candidato a reeleição para prefeito e o outro na retaguarda de uma secretaria, notadamente, voltada a um público cativo do candidato a reeleição para o Legislativo.

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