Que nosso luto se transforme e permaneça, ação |
Tenho um filho que mora em Santa Maria, estuda da USFM. A reação imediata foi ligar para ele. Estava bem. Eu respirei, respiramos, aliviados. As informações da tragédia na boate Kiss, foram se ampliando, o horror também. Imediatamente, passei a sentir também a dor de outros pais e maes e amigos e tios e avós e primos, que não tiveram esta mesma noticia ao ligar para seus filhos. Alias, os telefones tocavam, tocavam, tocavam e eles nunca mais seriam atendidos por aquela voz conhecida e que logo nos tras paz ao nosso espirito preocupado.
Doeu e ainda dói em mim todas as perdas nesta tragédia. Certamente não é uma dor igual daqueles que tiveram um parente abraçado pela fumaça negra e venenosa do descaso do Poder Público, da ganäncia de poucos e imprudencia de um músico que queria apenas dar um "up" na apresentaçao da banda, mas é uma dor solidária. É também, ao mesmo tempo, uma dor de impotencia e indignaçao.
Nesta semana muitas manifestaçoes se viu, se ouviu, pelo estado, pelo pais afora. Creio que todos os jovens que morreram nesta tragédia querem de todos nós apenas que não deixemos que tudo caiR sob o manto do esquecimento, da nossa omissao, do nosso comodismo, da nossa passividade bovina em aceitar tudo como se fosse obra do acaso, do destino ou, aos que cultivam alguma crença, um "aviso divino".
A fé ajuda a manter de pé quem perdeu um ente querido, ajuda até a suportar a dor, mas é a ação que nos move, nos mantém vivos na busca da Justiça, na construção de uma outra realidade que torne os momentos de lazer dos nossos jovens e, mesmo não jovens, mais seguros. Espero que, quando voltarmos a nos acomodar, principalmente, aqueles que não viveram a perda pessoal desta tragédia possa a nossa consciencia nos despertar novamente avisando - "Lembrai-vos de Santa Maria!" Sim, por que, um tal evento jamais será algo distante e para ser esquecido até por que, mesmo nas nossas cidades, se formos analisar com cuidado, podemos ter locais e estarmos proximos de situações de horror como aquela. Principalmente, por que aqueles que foram complacentes, ineptos e concederam alvará para o funcionamento de um estabelecimento que não era mais do que uma arapuca mortal, estão espalhados por todos o estado cometendo isso com a anuëncia do nosso voto.
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Doeu e ainda dói em mim todas as perdas nesta tragédia. Certamente não é uma dor igual daqueles que tiveram um parente abraçado pela fumaça negra e venenosa do descaso do Poder Público, da ganäncia de poucos e imprudencia de um músico que queria apenas dar um "up" na apresentaçao da banda, mas é uma dor solidária. É também, ao mesmo tempo, uma dor de impotencia e indignaçao.
Nesta semana muitas manifestaçoes se viu, se ouviu, pelo estado, pelo pais afora. Creio que todos os jovens que morreram nesta tragédia querem de todos nós apenas que não deixemos que tudo caiR sob o manto do esquecimento, da nossa omissao, do nosso comodismo, da nossa passividade bovina em aceitar tudo como se fosse obra do acaso, do destino ou, aos que cultivam alguma crença, um "aviso divino".
A fé ajuda a manter de pé quem perdeu um ente querido, ajuda até a suportar a dor, mas é a ação que nos move, nos mantém vivos na busca da Justiça, na construção de uma outra realidade que torne os momentos de lazer dos nossos jovens e, mesmo não jovens, mais seguros. Espero que, quando voltarmos a nos acomodar, principalmente, aqueles que não viveram a perda pessoal desta tragédia possa a nossa consciencia nos despertar novamente avisando - "Lembrai-vos de Santa Maria!" Sim, por que, um tal evento jamais será algo distante e para ser esquecido até por que, mesmo nas nossas cidades, se formos analisar com cuidado, podemos ter locais e estarmos proximos de situações de horror como aquela. Principalmente, por que aqueles que foram complacentes, ineptos e concederam alvará para o funcionamento de um estabelecimento que não era mais do que uma arapuca mortal, estão espalhados por todos o estado cometendo isso com a anuëncia do nosso voto.
Aquilo que nos mobiliza em caminhadas silenciosas de dor e espanto, seja a mesma que nos mova para agir e reagir |
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