Olhem só como me contaram esta história(eu adicionei uns “ingredientes”).
Em meados de
um ano decisivo, em pleno processo eleitoral, descem no município, três
personagens com currículo de “altas especialidades” e passam, imediatamente a
integrar a equipe do governo local. Um, qual
Ethan Hunt (o líder de Mission Impossible), mestre em contabilidade publica e
doutor em ciências sociais. O outro, uma
agente feminina pós-graduada em motivação popular. A terceira integrante da equipe apresentava currículo
de mestre em alfarrábios jurídicos,
coisa que se fazia necessária ao “alcaide” em campanha para um novo mandato.
Até ai, nada de
anormal, posto que a administração do município “fazia água” e já era rotina a troca
de integrantes dos escalões do governo e eram necessários “agentes de alta
especialização” para tentar fazer com que as rolhas que tapavam os furos da
embarcação governamental não estourassem de todo.
O que se acrescenta é que a “equipe” se infiltra
no governo como parte de um acordo com a “Agency Stange Seven” (ASS). A conta desse acordo tinha também, o fato de
que um braço da ASS trabalhara no marketing da campanha para a reeleição do “alcaide”.
Diz-se que embutido nisso, estava ainda
um contrato de locação do “escritório” da ASS, pelo Paço Municipal que não pudera
ser efetivado porque se emiscuira no “acerto”, o Ministério Público. De forma
que o contrato não foi efetivado de pleno. Assim, por “vias indiretas” – como sói com
muita coisa que envolver
o Poder Público no Brasil - os três “agentes especiais” viriam como forma de “compensação” pelo que se queria efetuar diretamente e acabou gorando.
o Poder Público no Brasil - os três “agentes especiais” viriam como forma de “compensação” pelo que se queria efetuar diretamente e acabou gorando.
De curioso
nisso vem o seguinte: o líder da equipe
(no caso Ethan Hunt), é cunhado da agente mestra em alfarrábios jurídicos. Como ambos estão alçados a cargos que o
Supremo Tribunal Federal (STF), aceita como preenchidos por “agentes políticos”
com atribuições de implementar políticas publicas, mesmo sendo Cargos em Comissão
(CCs), não se aplicam a eles as leis locais, federais ou mesmo que estejam
gravadas na Constituição, a cerca da proibição de prática de nepotismo. É verdade que, neste par, não são estes dois “agentes”
os únicos infiltrados nepoticamente no governo. Há o caso solar de um irmão da
vice-alcaide que além do laço fraterno tem também o laço filial com um
integrante do Poder Legislativo. Ou seja, há amarras tanto no Executivo quanto
no Legislativo. Mas tudo isso a lei
contra o nepotismo, conforme interpretação do STF, abençoa.
Vamos, então,
noutra direção. Por alta especialização a equipe imposta pela ASS, criou mais
ramificações no interior da Casa Verde Esmaiado. A Agente Especial para Motivação
Popular, por exemplo, tem duas sub-agentes consangüíneas, instaladas em dois
cargos dentro da estrutura administrativa. Uma como assessora de imprensa e outra atuando
num local nerval: a dispensação de medicação para a patuléia na farmácia
municipal. Aqui, dado que ambos os cargos não representam aqueles com atribuições
– na interpretação do STF – de “formuladores de políticas públicas”, consubstancia-se,
de fato, que são cargos nepóticamente preenchidos.
No final, o
alcaide que em determinada oportunidade e em ambiente publico, fez esta afirmação
prerremptórica: “A minha formação não permite. Eu não vou fazer nepotismo na
prefeitura”, reeleito, transformou-se no mais rotundo exemplo de que a palavra
de um político é tão volátil quanto uma frase escrita com o dedo no ar de um
dia de nevoeiro intenso. Hoje seu governo é o mais abertamente nepotizado de
todos os municípios da região, quiçá, do estado. De forma
direta e visível é uma fraternidade governamental (irmãos, cunhados, etc.). É
do que se sabe. Ou seja, não se trata mais de um governo eleito apenas, mas de
um governo “emparentado”. Dificilmente, se tem noticia em tempos
recentes de município com tal volume de lanços consaguíneos integrando um mesmo
governo.
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