Em edital afixado no mural interno da Câmara de Vereadores de Estância Velha, lê-se que o dia da Audiência Pública, com o objetivo de apresentar a proposta do Legislativo de ampliar a própria casa, foi remarcado para o dia 05 de maio, às 19:30h. A data anterior era dia 28.04. O "desmarcamento" e "remarcação" teria ocorrido devido a licença de saúde do presidente Tomé Foscarini. Devido a ausência dele e ainda do vereador Toquinho (este por motivo de luto na familia), foi que na sessão de terça-feira, dois suplentes assumiram. Por coincidência os dois suplementes atenderam serviçalmente o propósito de derrubar o projeto de redução das diárias, proposto pelo próprio Tomé. Como se vê, suplente tem sua utilidade.
Já a questão do projeto e proposta de ampliação do prédio do Legislativo, conforme se lê no documento afixado no hall de entrada da Câmara, teria por objetivo a construção de um espaço tipo "centro para atividades culturais". Na verdade, tal objetivo é falacioso. A ampliação visa arrumar ninho para acomodar mais vereadores, muito embora, seja também do próprio Tomé e assinado por componentes da Mesa Diretora, projeto de emenda a Lei Orgânica mantendo em 9 o número de vereadores para o próximo mandato. A encenação que ocorreu no caso do projeto de redução das diárias foi mero ensaio para o mesmo teatro que deverão apresentar no caso da discussão em votação da emenda dos cargos de vereador. Só será diferente, se a população for a Câmara tanto na audiência pública do dia 05 próximo, como acompanhar de perto a tramitação e ficar atenta a votação da emenda. Se não for assim, o prédio da Câmara se ampliado, a um custo superior a R$ 1, 5 milhão (bem a propósito do ano eleitoral que se aproxima) e teremos aumentado, senão em mais 4, pelo menos em mais dois, os cargos de vereadores do Legislativo. Ou seja, despesa que o cidadão contribuinte terá de arcar, enquanto vê obras e ações importantes não acontecerem sob a alegação de que o Município não tem mais capacidade financeira para realizá-la.
E, nós, povo, assistiremos a tudo, bovinamente? Ou nos organizaremos, participaremos e agiremos?
Parafrasenado o bordão do programa CQC da Band: "Eles estão ai, a solta, preparando novas "ações". E nós, deixaremos que façam ou nos anteciparemos para evitar prejuízos maiores?"
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