Pesquisar este blog

sábado, 30 de abril de 2011

Município já arrecadou R$ 26 milhões e gastou R$ 20 milhões.

Estância Velha - Receita do Município no quatrimestre foi de R$ 26.716.009,28, de uma previsão orçamentária para 2011 de R$ 71.850.000,00.  Pelo arrecadado até agora, pode se estimar que fechará o ano com valor acima do previsto no orçamento.  Deverá fechar o ano arrecadando ao redor de R$ 80 milhões.   Por esta conta, é de se questionar: por que contrair um empréstimo, como o recentemnte aprovado pela Câmara, de R$ 1,2 milhão, pelo qual pagará ao redor de R$ 500 mil de juros em quatro anos?
Já as despesa realizada pelo município, incluindo ai a Câmara de Vereadores, chegou a R$ 20.243.022,82.   Veja o quadro abaixo.

Total da Despesa do Municipio por Orgão  - Jan/Abr - 2011
01 - LEGISLATIVO MUNICIPAL 450.487,14
02 - GABINETE DO PREFEITO 
285.722,78
03 - PROCURADORIA GERAL DO MUNICIPIO 141.451,65
04 - SECRETARIA MUNIC.DA ADMINISTRACAO 1.800.742,07
05 - SECRETARIA MUNICIPAL DA FAZENDA 417.893,67
06 - SECRET MUN.DE EDUCACAO E CULTURA 6.088.332,23
07 - SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS 1.771.963,92
08 - SECRETARIA MUNICIPAL DA SAUDE 4.935.666,57
09 - SECRETARIA MUN.DA INDUSTR.COMERC.TURISMO 1.803.707,56
10 - SECR MUNIC.DO TRAB.ASIST.SOCIAL E CIDAD. 475.841,13
11 - SECR.MUN.DO MEIO AMBIENTE E PRES.ECOLOG. 553.152,24
12 - FUNDO DE APOSENTADORIAS E PENSOES 1.151.957,93
13 - SECR.MUC.DO PLANEJAMENTO URBANO 366.103,93
14 - RESERVA DE CONTINGENCIA 0
Total20.243.022,82
.

Depois dos políticos e do crack, outra droga destruidora: o ÓXI

Não bastasse os políticos que temos e o crack, outra droga de alta letalidade, já se dissemina, principalmente, entre as camadas mais carentes da população, o ÓXI. Trata-se de uma espécie de sub-sub-produto da cocaína (de onde deriva também o crack) misturado a cal virgem. querose, gasolina e até alcool de bateria, substância que barateiam o custo do entorpecente.

O óxi é inalado ou fumado, assim como o crack, na lata ou no cachimbo. A droga é produzida na Bolívia e no Peru e começou a entrar no Brasil em 2005 pelo interior do Acre. Em pouco tempo, chegou a Rio Branco, onde atualmente há um número elevado de usuários, e se espalhou para outras capitais da região Norte, como Manaus (Amazonas), Belém (Pará), Macapá (Amapá) e Porto Velho (Rondônia).

Efeitos e danos ao organismo

A pasta base é feita a partir da trituração da folha de coca, encontrada nos países andinos (Bolívia, Peru, Colômbia e Equador). Para obter a pasta base, utiliza-se ácido sulfúrico e outros componentes tóxicos. No óxi, a pasta base é misturada com combustível e cal virgem, componentes corrosivos e extremamente danosos ao organismo.

A droga inalada chega ao cérebro entre 7 e 9 segundos, apenas, e acelera o metabolismo do usuário, causando sensações de euforia, depressão, medo e paranoia. Diferente da cocaína, os efeitos duram pouco tempo, no máximo 10 minutos. Essas circunstâncias obrigam o drogado a inalar o óxi repetidamente para manter o “barato”, o que aumenta as agressões ao organismo.

De acordo com o psiquiatra Pablo Roig, diretor de uma clínica particular de recuperação de drogados, o que torna o óxi mais letal que o crack é, em primeiro lugar, os componentes adicionais --cal e combustível-- e, em segundo, a quantidade do princípio ativo da cocaína, que no óxi é de 60% do composto, um pouco superior ao encontrado no crack.

“São substâncias com alta toxicidade, que causam dificuldades na respiração, fibroses e endurecimento do pulmão. Afetam o sistema cardiorrespiratório e promovem uma vasoconstrição muito intensa. Muitos usuários têm perda de consciência, o que leva a uma parada cardíaca e ao coma”, afirma o médico.

A maioria dos usuários intercala as inaladas com doses de álcool para controlar a sensação de abstinência causada pela droga, o que ataca o fígado e o sistema digestivo, fazendo com que os usuários tenham diarreia e vômito. Muitos usuários de óxi apresentam aparência amarela por conta dos efeitos da droga no fígado.

“O álcool com a substância da cocaína forma o cocaetileno, que pode provocar esteatose hepática (gordura no fígado) e cirrose”, diz Roig. O cocaetileno também é uma substância tóxica para o miocárdio, o que pode também provocar morte súbita.

Ainda não há um estudo sobre a letalidade do óxi. Nos próximos dias, a Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com o Ministério da Justiça, divulgará um amplo estudo sobre o crack que também deve abordar o óxi. No entanto, segundo o delegado do Denarc, em média 30% dos usuários da droga não sobrevivem após um ano de uso.
fonte: uolnoticiais

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Defenestrada

Maria José Spengler, cota do PMDB - que tem o vice-prefeito - na Administração de Estância Velha, na Secretaria de Saude, foi defenestrada do cargo de coordenadora da Atenção Básica.  Ela era a referência aos servidores da rede de unidades de saúde e também responsável pela organização das ações relacionadas a estruturação da atenção básica da saúde no município.  Maria José é servidora concursada do cargo de Auxiliar de Dentista.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Audiência pública da Câmara foi remarcada para 5 de maio

Em edital afixado no mural interno da Câmara de Vereadores de Estância Velha, lê-se que o dia da Audiência Pública, com o objetivo de apresentar a proposta do Legislativo de ampliar a própria casa, foi remarcado para o dia 05 de maio, às 19:30h. A data anterior era dia 28.04. O "desmarcamento" e "remarcação" teria ocorrido devido a licença de saúde do presidente Tomé Foscarini.  Devido a ausência dele e ainda do vereador Toquinho (este por motivo de luto na familia), foi que na sessão de terça-feira, dois suplentes assumiram.  Por coincidência os dois suplementes atenderam serviçalmente o propósito de derrubar o projeto de redução das diárias, proposto pelo próprio Tomé.   Como se vê, suplente tem sua utilidade.

Já a questão do projeto e proposta de ampliação do prédio do Legislativo, conforme se lê no documento afixado no hall de entrada da Câmara, teria por objetivo a construção de um espaço tipo "centro para atividades culturais".  Na verdade, tal objetivo é falacioso.  A ampliação visa arrumar ninho para acomodar mais vereadores, muito embora, seja também do próprio Tomé e assinado por componentes da Mesa Diretora, projeto de emenda a Lei Orgânica mantendo em 9 o número de vereadores para o próximo mandato.   A encenação que ocorreu no caso do projeto de redução das diárias foi mero ensaio para o mesmo teatro que deverão apresentar no caso da discussão em votação da emenda dos cargos de vereador.  Só será diferente, se a população for a Câmara tanto na audiência pública do dia 05 próximo, como acompanhar de perto a tramitação e ficar atenta a votação da emenda.  Se não for assim, o prédio da Câmara se ampliado, a um custo superior a R$ 1, 5 milhão (bem a propósito do ano eleitoral que se aproxima) e teremos aumentado, senão em mais 4, pelo menos em mais dois, os cargos de vereadores do Legislativo.  Ou seja,  despesa que o cidadão contribuinte terá de arcar, enquanto vê obras e ações importantes não acontecerem sob a alegação de que o Município não tem mais capacidade financeira para realizá-la.  
E, nós, povo, assistiremos a tudo, bovinamente? Ou nos organizaremos, participaremos e agiremos?

Parafrasenado o bordão do programa CQC da Band:  "Eles estão ai, a solta, preparando novas "ações". E nós, deixaremos que façam ou nos anteciparemos para evitar prejuízos maiores?"

quarta-feira, 27 de abril de 2011

No tempo do Sugismundo!

Certamente, desastres naturais não são de hoje. Fazem parte do processo de constante modificação do planeta.  Porém, inundações nas aglomerações urbanas, nas cidades, estas também fazem parte da modificação no ambiente natural mas acontecem agora com maior frequência tanto pelo crescimento acelerado das cidades como pelo crescimento do descarte, do lixo que as populações produzem.  Junte-se as "consequências do progresso", as consequências da falta de responsabilidade, falta de educação ambiental, e se tem as inundações decorrentes, às vezes, de bueiros entupidos, de valas e córregos que viram depósito de entulhos e lixo. 

Na década de 70, uma campanha nacional buscava educar a população brasileira.  Já àquela época com comportamento primitivo, neanderthal, no em relação aos cuidados com a limpeza seja própria, seja do ambiente aonde vivia.  Foi o tempo do educador ao avesso, Sugismundo.  Vale a pena rever para repensar-se e talvez, até reeditar tal campanha adaptada a modernidade atual onde descarta-se tudo, tudo vira lixo no segundo seguinte ao ser adquirido algum bem.


terça-feira, 26 de abril de 2011

Diárias: tudo continua como dantes no quartel de abrantes

Um jogo de cena ou melhor um teatro, foi a votação e a própria proposta apresentada pelo presidente da Câmara de Vereadores de Estância Velha, Tomé Foscarini (PT), que propunha a redução das diárias interestaduais de R$ 510,00 para R$ 400,00.  A vereadora  Rosane Morsch (PT) apresentou uma emenda ao projeto reduzindo ainda mais o valor, para R$ 300,00 e também, a diárias estaduais de R$ 180,00 para R$ 55,00.  Foi chamada de demagoga e oportunista politica, pela vereadora Sonia Brittes (PSDB), que se posicionou contra uma redução ainda maior do valor das diárias. 

Ao final, da encenação, depois de derrubada a emenda da vereadora Rosani, foi também derrubado o próprio projeto do vereador Tomé (que, aliás, convenientemente, estava de atestado médico, abrindo oportunidade para o suplemente, José Padilha, assumir e também votar contra a redução maior das diárias). A derrubada do projeto que propunha diárias de R$ 400,00 teve o voto de minerva do presidente em exercicio do Legislativo, nesta sessão, vereador Carlinhos (PT).  Depois deste teatro "tudo continuará como dantes no quartel de abrantes", ou seja, prevalecem os valores que levaram a Câmara de Estância Velha ser uma das protagonistas do escândalo da "farra das diárias" que ganhou  a midia nacional em meados do ano passado.

Na discussão do valor que deveriam ter as diárias, viu-se a pobreza com que os vereadores tratam da questão.  O argumento mais usado foi de que municipios do mesmo tamanho sócio-econômico-populacional tem diárias maiores do que Estância Velha.  A questão não era essa mas se tais valores eram compativeis com os praticados para hospedagem e refeição em viagens interestaduais. Infelizmente alguns vereadores, para justificar o voto contrário a redução das diarias, usaram o argumento de que avalizavam a imoralidade praticada em outros muncipios. Pelo visto querem que o Legislativo estanciense continue com este peculato visto que quer se manter no mesmo nivel imoral que é tal prática por vereadores de outros municípios.  Medem-se, em relação a estes exemplos, por baixo.

Geada esfria a própria proposta de criação de fundação

O vereador Geada, batizado Albino Dietrich (PMDB), viu que o seu  ante-projeto propondo transformar o Hospital Municipal Getúlio Vargas numa “fundação estadual (?) de saúde”, era uma fria, para a qual não dispunha de agasalho (informação e argumentos) suficiente para sustentar e pediu a sua retirada da pauta da sessão desta terça-feira.  
Um grupo de servidores do Hospital, chegou a levantar alguns cartazes contestando e protestando a cerca da proposta do vereador geado.  Por certo, não foi isso que levou edil a tirar o time de campo, sob o argumento de que “irá debater, discutir com a comunidade”, como se a comunidade dominasse o assunto que ele próprio não domina.  Menos ruim.

sábado, 23 de abril de 2011

Sobre Fundação Pública de Saúde

Na semana passada, o vereador Albino Dietrich, o Geada (PMDB), trouxe a discussão no Legislativo, a idéia de transformar o Hospital Municipal Getúlio Vargas de Estância Velha (com pouco mais de 50 leitos), em uma Fundação Pública de Saúde.  Tal idéia foi alinhavada com poucos e vagos argumentos do edil.   

A questão não é assim linearmente discernível.  Não vou me aventurar a tanto aqui.  Porém, subjaz a um dos argumentos utilizados por quem apresenta esta idéia uma espécie de tentativa de burla a Lei de Responsabilidade Fiscal, no que tange aos gastos com pessoal.  A LRF limita dos gastos com pessoal do governo municipal a 52% do total das receitas correntes do Orçamento Municipal.  A fundação com orçamento distinto, embora público e ainda constituído dos impostos pagos pelo cidadão, “aliviaria” a administração municipal deste peso facilitando a contratação de pessoa da saúde que, por ser um quadro de alta qualificação é também o mais dispendioso.  Não tenho conhecimento jurídico sobre a validade legal deste atalho.

Há, ainda sob a proposição de criação de fundações para gerirem a área de saúde, o fato de se poder optar na contratação de pessoal  pelo regime celetista (CLT) e não apenas pelo regime  estatutário.   Ou seja, se celetista remeteria os servidores para o regime previdenciário do INSS, para efeito de aposentadoria, com as limitações legais (tipo fator previdenciário) que este impõe. Atualmente, os servidores e a prefeitura descontam para o Fundo de Previdência Municipal e, no caso de aposentadoria do servidor, o mesmo leva o valor integral do salário percebido quando se aposentou, independente da idade. No caso do INSS, a idade é fator redutor (se for antes dos 65 anos). Noutra ponta, acreditam e defendem que a fundação flexibiliza não apenas a forma de contratação mas também de demissão.  Hoje, como se sabe, qualquer servidor que não corresponda as atribuições do seu cargo é demissível, porém, após “amplo, geral e irrestrito” processo administrativo. Por esta conta, raramente demissões acontecem, mesmo que por justa causa.

E, há tambem o fato da fundação contar com orçamento distinto dentro do orçamento municipal, de necessitar de um quadro de funcionários administrativos e de chefia e direção (cargos em comissão), específico.  Por fim, no caso sugerido pelo vereador supra mencionado, em que melhoraria a qualidade e a capacidade de atendimento do Hospital, uma fundação se o que temos em Estância Velha, é apenas incompetência, incapacidade de gestão na área da saúde?  Ou a fundação mudaria o fato de, em menos de três anos, estarmos com o terceiro secretário de saúde e termos hoje um diretor de hospital, que já foi processado e condenado por peculato, justamente na área da saúde?

Estas são algumas das justificativas que sedimentam os argumentos de quem coloca na pauta a criação de fundações públicas para a área da saúde, seja na condição de proponente nato, seja na condição porta voz de outros interesses.    De qualquer forma, é uma discussão válida.  Se houverem argumentos suficientes para justificar que a criação de uma fundação de saúde daria melhor qualidade, maior agilidade, ampliaria os serviços, os benefícios para a população e reduziria os custos, deveria ser colocada na mesa de debate, muito embora, tudo ainda seja uma questão de Gestão da área de saúde.

Ah! Qualquer decisão nesta área, da criação de uma fundação ou mesmo de outra forma de contratualização sempre passará pelo aval ou não do controle social, no caso, do Conselho Municipal de Saúde.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Meia dúzia de interrogações sobre a necessidade de ampliação da Câmara

Dia 28, próximo, às 19h, a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Estância Velha, chamou uma "audiência pública" que teria como objetivo expor para a comunidade a ideia de ampliação do prédio onde funciona o Poder Legislativo.  O argumento é de que o projeto contemplaria a construção também de um auditório ou área fisica maior que seria destinado a eventos culturais.   Não conheço o projeto.  Sei apenas que ele foi elaborado pelo engenheiro Albert Teixeira, ex-secretário de Planejamento da Administração Toco-Hansen (PT) e que custou R$ 43.950,00 à Câmara. O valor foi liquidado em maio de 2010. 

Sei também que a vereadora Rosani Morsch (PT) questiona a forma de contratação do serviço de elaboração do projeto. Ela já fez pedido de informação a Mesa Diretora este ano, nao sei se recebeu resposta.  Pelo valor do custo de elaboração do projeto, deveria haver uma publicização para que se apresentassem candidatos a confecioná-lo.  Já a execução da obra, terá que passar por uma tomada de preço, haja visto que o custo orçado, segundo o memorial descritivo do mesmo, entre mão-de-obra e mais material, poderia chegar a R$ 1.700.000,00 (valores atualizados)

Sobre a pretensão de ampliação da Câmara e um gasto neste volume e, ainda, de o tal projeto ter o objetivo principal de dotar a cidade de um "espaço cultural" ou "centro de cultura", acho louvável.  A questão é: 
1. implantar "espaço de cultura", área fisica, é atribuição do Poder Legislativo?
2. o projeto tem este objetivo primeiro e último? Ou o ultimo objetivo é mesmo é criar espaço para abrigar mais cargos de vereadores e assessores?
3. sabidamente a Câmara de Vereadores esta localizada na esquina das duas principais ruas da cidade, das mais movimentadas. Por esta conta, o acesso é complicado e a tendência é que se torne mais complicado devido ao movimento da via.  Não tem espaço para estacionamento (considerando que boa parte de quem iria aos "eventos culturais" que ali aconteceriam, não se deslocam a pé, como acontece hoje quando se vai assistir a uma sessão da Câmara).  Ou seja, do ponto de vista de um ambiente para receber público considerável é complicado e até perigoso o acesso.
4. por que querer ampliar a Câmara com este argumento da necessidade de uma "espaço cultural" ou para a realização de atividades coletivas públicas (que de fato na cidade existem hoje o CDL, o União, o espaço do Senai, o Lyra, que são privados) sem pensá-lo no conjunto com o poder Executivo, haja visto que a sede administrativa da prefeitura é bem menos espaçosa que a Câmara?
5. porque em muitos municipios na região onde os Legislativos funcionam - e muito bem - em espaços bem mais exiguos que os da Câmara de Vereadores de Estância Velha e com o mesmo número de vereadores.  Por que, nós temos que bancar R$ 1,7 milhão para amplia-la? Temos dinheiro assim sobrando para este exercicio de Executivo do nossso Legislativo?
6.  por fim, por que a Mesa Diretora da Câmara, convocou este "audiência publica" pouco antes do feriadão?  Não divulgou isso com mais antecedência para que circulasse mais informação e ocorresse um debate maior? 

Eu insisto em acreditar na boa fé dos nossos vereadores, de todos eles. Mas atitudes de um ou outro abala a minha fé...  De qualquer forma, estarei lá no dia da audiência, embora, já corra pela cidade que as pedras estão cantadas... seria demais.

domingo, 17 de abril de 2011

Gastos com "publicidade institucional" em Estância Velha

Do post anterior sobre "publicidade institucional estatal" vamos observar o que já se consumiu em Estância Velha, tanto o Executivo quanto o Legislativo, em despesas nesta rubrica.  A atual administração, consumiu no primeiro ano (2009), R$ 195.444,50 desta rubrica.  Em 2010, foram R$ 201.963,18.  Em 2011, no primeiro bimestre já foram gastos R$ 22.600,00, a titulo de "publicidade institucional" pela prefeitura. 

Já a Câmara de Vereadores, gastou em 2009, para falar de si mesma, R$ 36.082,01.  Em 2010, o Legislativo gastou praticamente a metade do total do gasto da prefeitura no mesmo ano, ou seja, R$ 147.291,97.  Este ano, no primeiro bimestre, foram R$  10.800,00.

Considerando o total do gasto em "publicidade institucional" dos dois poderes, de 2009 até fevereiro deste ano, foram R$ 711.385,66.  É de se perguntar, em que isto serviu de beneficio a população?  Com tal valor quantas campanhas educativas não eventuais, mas perenes, poderiam ser feitas em relação, por exemplo, ao consumo de drogas, álcool, aos cuidados com a limpeza da cidade, a divulgação das leis reguladoras da vida urbana?

"Publicidade institucional", tem sido o artificio usado para desvios de recursos publicos muito mais do que para informar e educar a população.  Não creio que seja este o artificio que justifique tal gasto em Estância Velha.  Mas, se não for, de qualquer forma, é visivel que é utilizado - e muito mal, por sinal - na promoção pessoal, tanto de membros do Executivo, como principalmente, do Legislativo. 

Sobre Publicidade Pública, dita institucional.

Publicidade dos atos estatais

A atuação estatal não se compreende senão quando fundada nos princípios da constitucionalidade, legalidade, impessoalidade, moralidade, finalidade e publicidade, sendo este último um dos princípios fundamentais do Estado constitucional. Isto porque, segundo Norberto Bobbio, "o caráter público é a regra, o segredo a exceção, e mesmo assim é uma exceção que não deve fazer a regra valer menos, já que o segredo é justificável apenas se limitado no tempo, não diferindo neste aspecto de todas as medidas de exceção" . Para Gomes Canotilho, a justificação do princípio da publicidade é simples: "o princípio do Estado de direito democrático exige o conhecimento, por parte dos cidadãos, dos actos normativos, e proíbe os actos normativos secretos contra os quais não se podem defender. O conhecimento dos actos, por parte dos cidadãos, faz-se, precisamente, através da publicidade".
De conseguinte, não há, nos modelos políticos que consagram a democracia, espaço possível reservado ao mistério, pois a publicidade (ou a transparência) no funcionamento dos poderes públicos é um dos pressupostos imprescindíveis para a caracterização de um Estado democrático de direito.
Contudo, consoante a lição de Bobbio, quem justificou de forma mais convincente a necessidade moral da publicidade do governo foi Kant, que definiu como "conceito transcendental do direito público" o seguinte princípio: "todas as ações relativas ao direito de outros homens, cuja máxima não é suscetível de se tornar pública, são injustas". Qual o significado deste princípio? Bobbio responde que, em termos gerais, "uma máxima não suscetível de se tornar pública é uma máxima que, caso fosse tornada pública, suscitaria tamanha reação no público que tornaria impossível sua realização"
Desse modo, se alguém não revela a sua conduta é sinal de que está disposto a realizar ações que, caso sejam conhecidas do público, serão consideradas injustas e até mesmo ilícitas. Por isso, a publicidade é a melhor garantia da moralidade de uma conduta, viabilizando, assim, o exercício popular do controle do poder. Além disso, a publicidade dos atos estatais é pressuposto para o exercício de diversos direitos fundamentais, tais como, a gratuidade de determinados serviços públicos, a necessidade de realização de matrícula escolar, a implementação de campanhas vinculadas à proteção da saúde ou de cidadania, entre outras. Neste aspecto, a chamada publicidade institucional oficial para divulgação de atos, programas, obras, serviços e campanhas, se consubstancia, a rigor, em um dever do administrador.
É certo, também, que não desnatura o caráter informativo da publicidade oficial, o fato de destacar atuações positivas do administrador. Afinal de contas, não é razoável que os assuntos administrativos cheguem ou não cheguem ao conhecimento do povo na dependência do interesse ou da boa vontade da imprensa. A prática demonstra que a Administração Pública só é notícia em seus aspectos patológicos ou quando não funciona a contento. Isto tem um terrível e grave efeito deletério: como o cidadão recebe apenas notícias negativas a respeito das instituições públicas, acaba tendendo a descrer de todo e qualquer governante, de seus representantes eleitos, da administração pública em geral e, por último, das instituições democráticas.
Verifica-se, desse modo, que a publicidade dos atos, programas, serviços e campanhas dos órgãos públicos, afora se consubstanciar em um dever do administrador, se revela como verdadeiro direito dos cidadãos, já que propicia um meio de controle popular do poder e fortalece outras dimensões da cidadania.
Por tal motivo, a publicidade obrigatoriamente deve se harmonizar com o princípio da impessoalidade, vez que não se revela lícito o administrador utilizar-se da legítima possibilidade de dar publicidade a seus atos para se autopromover, deturpando, assim, a verdadeira finalidade da publicidade institucional oficial, qual seja, educar, informar e orientar, prevista no art. 37, § 1º, da Constituição Federal, nos seguintes termos: "A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos."
Vê-se, portanto, que o texto constitucional impôs rigorosas restrições à publicidade institucional oficial, eis que só a permitiu mediante a expressa observação do princípio da impessoalidade. Sendo assim, a propaganda oficial que ofender tal princípio deixa de ser uma publicidade institucional legítima e assegurada pelo texto constitucional para se revelar em verdadeira promoção pessoal, terminantemente vedada pelo ordenamento jurídico.

Critérios de determinação de promoção pessoal de agentes públicos
Frente a tais considerações, impõe-se examinar em que situações a propaganda oficial extrapola os limites da permitida publicidade institucional oficial para se consubstanciar em veículo promocional do agente público, em manifesta afronta ao princípio da impessoalidade.
Com efeito, a hipótese que se revela mais emblemática consiste em propagandas nas quais, a pretexto de apresentar as principais políticas do Governo, são divulgadas manchetes e/ou chamadas com o nome explícito do agente público, e, até mesmo, fotografia e/ou vídeo do agente, vinculando, de maneira inquebrantável, a pessoa dele às realizações realizadas, como se fosse o responsável direto pelas realizações da Administração Pública. Outro exemplo é o informe publicitário em forma de entrevista com o agente público. Verifica-se, em tais situações, que não se trata de simples prestação de contas, com caráter educativo e informativo, mas, sim, de fatos que servem para "engrandecer" a imagem do agente público, eis que é manifesta a exaltação de eficiência e correção de todos os atos praticados por sua Administração, como se fosse uma conquista pessoal. Portanto, em se tratando de elogios contundentes à Administração Pública, com cunho eminentemente personalístico, a propaganda revela-se como autêntico marketing político.
Entretanto, esta conduta é totalmente contrária aos princípios constitucionais da moralidade e da impessoalidade, além de situar-se em antinomia com o comando do artigo 37, § 1º, da CF. O dispositivo constitucional em apreço é suficientemente claro: a publicidade oficial deve ter ênfase educativa, informativa ou de orientação social do ato, sendo absolutamente avesso ao referido preceito qualquer tipo de benefício ou proveito individual.
Pouco importa, ainda, o fato de a propaganda oficial ter sido veiculada, por exemplo, em meio de comunicação de reduzido alcance ou com custo relativamente baixo para os cofres públicos. Isto porque o conceito de impessoalidade não pode ser tomado pela metade. Não existe, aqui, meio termo. A conduta não é mais ou menos aconselhável ou menos reprovável porque se trata de um valor irrisório para o ente federativo. Importa acrescentar, ainda, que ainda que a divulgação fosse custeada pelo próprio agente público, mesmo assim teria que ser proibida.
Por conseguinte, uma vez constatadas as hipóteses supra delineadas, não há que se falar publicidade institucional, mas, sim, em promoção pessoal, em total afronta ao disposto no art. 37, § 1º, da Constituição Federal.

Conseqüências sancionatórias que derivam da promoção pessoal
A propaganda oficial que ofender o princípio da impessoalidade deixa de ser uma publicidade institucional legítima e assegurada pelo texto constitucional para se revelar em verdadeira promoção pessoal, terminantemente vedada pelo ordenamento jurídico, por configurar ato de improbidade administrativa, nos termos do art. 11 da Lei n. 8.429/92. Pode, ainda, configurar improbidade administrativa por lesão ao erário (art. 10 da Lei n. 8.429/92 ), eis que ao empregar dinheiro público no custeio da publicidade que irá lhe gerar promoção pessoal estará usando, em proveito próprio, a renda da entidade a que presta serviço.
Em tais casos, aplicam-se as sanções previstas no art. 12 da Lei n. 8.429/92, quais sejam: a) ressarcimento integral do dano; b) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância; c) perda da função pública perda da função pública; d) suspensão dos direitos políticos; e) pagamento de multa civil; f) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário.
Registre-se, porém, o entendimento pacificado do Superior Tribunal de Justiça, segundo o qual o Juiz não está obrigado a aplicar cumulativamente todas as penas previstas no art. 12 da Lei 8.429/92, devendo, ainda, observar os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade na fixação de cada uma delas.

Conclusão

A propaganda oficial que extrapola os limites da permitida publicidade institucional oficial (CF, art. 37, § 1º) se consubstancia em veículo promocional do agente público, em manifesta afronta ao princípio da impessoalidade e causa lesão ao erário, configurando, assim, ato de improbidade administrativa, nos termos do art. 11 e do art. 10 da Lei n. 8.429/92.

Fonte: http://jus.uol.com.br/revista/texto/12122/os-limites-da-publicidade-institucional-oficial

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sobre receitas e despesas

Já esta em pauta na Câmara de Vereadores de Estância Velha, a discussão a cerca do número de vereadores que o Poder Legislativo deverá ter para o próximo mandato.  Uma proposta apresentada pelo presidente Tomé Foscarini (PT) e subscrita pela Mesa Diretora, propõe que permaneça o atual número de vereadores, 9.   Outra pauta em debate é a redução da diárias para vereadores e servidores em viagens para dentro e fora do Estado.  Há uma proposta do presidente Tomé Foscarini e outra da vereadora Rosani Morsch (PT). O primeiro reduz de R$ 510,00 a diaria interestadual para R$ 400,00.  A segunda, propõe que seja de R$ 300,00 estas diárias.  É de se ver que há um esforço salutar de alguns vereadores no sentido de melhorar o conceito e a imagem do Poder Legislativo. Positivo isso. 

É bom lembrar também que no ano que vem deve ser votado o salário dos vereadores para o próximo mandato (2013-2016).  Ou seja, há questões importantes deste ano para o outro, em debate no Legislativo e que repercutirão por muitos anos subsequentes.   Por conta disso apresento um gráfico contendo a evolução das despesas do legislativo, ao par das receitas do municipio.  Talvez sirva para se formar conceito melhor a cerca destas questões uma vez que todas dizem respeito a algo fundamental: os impostos pagos pelo cidadão que se transformam naquilo que chamamos de Erário Público e que ajuda na manutenção dos três poderes constituidos do Estado moderno: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.  Para nós, contribuintes residentes na célula inicial do Estado, a cidade, resta-nos diante da imposição que são os impostos, ficar atentos e agir naquilo que é possivel atingir fazendo com que aquilo que todos pagam seja utilizado com parcimônia para o bem de todos e, não de poucos, mesmo que instalados em algumas instâncias de poder pelo voto nosso.


terça-feira, 12 de abril de 2011

Saúde para todos, inclusive, não residentes em Estância Velha.

O desconhecimento do funcionamento do Sistema Unico de Saude (SUS), da Estratégia de Saúde da Familia (ESF), leva tanto gestores de baixo senso politico, como bem intencionados vereadores, a formularem propostas e ações que, em vez de melhorarem, complicam o desenvolvimento e consolidação do sistema municipal de saúde.  
Circula na rede de saúde de Estãncia Velha, um novo ordenamento em relação ao funcionamento da rede municipal de saude.  O Terceiro Gestor da Saude da atual administração, deu ordem é  atender em consultas médicas nas Unidades de Saúde da Familia, não apenas pessoas de fora da área adscrita de cada equipe como também pessoas não residentes no município.   Se isto é verdade, demonstra completo desconhecimento da legislação tanto do SUS com a que regula a ESF.  Sobre este assunto o próprio Conselho Municipal de Saúde já debateu e emitiu juízo em reunião realizada em novembro de 2010 (  http://bit.ly/gMIFLy ).  Porém, parece que a nova equipe de gestão da saúde de Estância Velha, tem entendimento diverso e não acatou a deliberação Conselho.

A saúde é municipalizada no que tange a atenção primária, principalmente.  Ou seja, ações de promoção e prevenção da saúde são de responsabilidade de cada governo municipal para com os cidadadão residentes e que pagam impostos nos municípios onde residem.   Se Estância Velha passar a acolher, inclusive, na sua rede de unidades de saúde da familia, não só vai descaracterizá-la e, com isso, perder repasses do governo federal, como vai compremeter profundamento os custos já elevados na area da saude e, ao mesmo, tempo vai reduzir a capacidade de atendimento da sua própria população.   O que não pode ser negado em se tratando da saúde é o atendimento de emergência em qualquer lugar do solo brasileiro que o cidadão se encontre, porém, acompanhamento relacionado a ações de promoção e prevenção da saude e, ai consultas e exames médicos, é cada cidadão tem o direito de receber no município onde reside.

Já o Legislativo esta discutindo um projeto de lei que obriga o município a entregar à domicilio medicação prescrita a pessoas impossibilitadas de locomoção até as Farmácias ou unidades de saúde para retirar a medicação.  Sim, no município há uma Farmácia Básica, localizada no Centro da cidade e um posto avançado funcionando no Bairro Rincão dos Ilhéus.  E, há ainda as farmácias comerciais onde atualmente, usuários diabéticos e hipertensos do SUS e mesmo aqueles que não usem o SUS, podem retirar gratuitamente, mediante a apresentação de receita médica. 

Esclarece-se aos nobres edis, inclusive, a uma ex-gestora da saúde que atualmente é vereadora, que uma das ações mais importantes da Estratégia de Saude da Familia são as visitas domiciliares que acontecem em dois casos.  O primeiro é parte da atividade dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS).  Cada usuário da area adscrita, atendida por uma equipe de ESF (no máximo 4 mil pessoas) devem ser visitados e acompanhados por um ACS em visitas períodicas onde estes levam informações e colhem informações sobre a situação de saúde de cada usuário.  Além disso, usuários impossibilitados de se deslocarem até a unidade de saude, são acompanhados regularmente em visitas semanais ou quinzenais pelos profissionais de nivel superior e médio das equipes (médicos, enfermeiros ou técnicos de enfermagem).  De forma, que havendo a prescrição de medicação por um médico da unidade que atende tal usuário, por certo, não havendo nenhuma condição e nenhum familiar, vizinho ou amigo e que este usuário esteja em completo abandono, mesmo assim, a sua situação será conhecida pelos ACS, pela equipe de saúde, que de alguma forma, fará chegar até o mesmo a medicação necessária para a recuperação ou manutenção da sua saúde.

Dois vereadores questionaram a validade e necessidade de uma lei que colocaria o município na obrigação de levar na casa de usuários impossibilitados de locomoção, a medicação de que necessitam.   O argumento é de que isso acrescenta mais uma despesa compromete a organização do sistema e, ainda, de que hoje há estrutura para facilitar o acesso a medicação.  Sem contar que um paciente impossibilitado sempre terá por perto algum familiar, amigo ou vizinho (se não, um ACS) que poderá retirar a medicação que mensal ou semanalmente necessite.   De fato, objetaram que tal lei iria para o rol das dezenas que são votadas no Legislativo, eivada de boas intenções, mas que são esquecidas por impraticáveis ou redundantes.  No caso da saúde, de propor leis que visem o aperfeiçoamento da assistência a população, basta buscar subsidios e informações com quem trabalha no sistema.  Em Estância Velha, embora ultimamente os Gestores de Saúde, pouco conheçam do objeto da sua gestão, não faltam na rede municipal, profissionais de saude altamente qualificados e que dominam todos os aspectos tanto da legislação quanto dos programas de saúde relacionados ao Sistema Único de Saúde.

sábado, 9 de abril de 2011

Ação contra a dengue e o descaso

Amostra de larvas encontradas durante a
varredura realizada nesta manhã no bairro
Neste sábado, Agentes Comunitários de Saude do municipio, convocados pela Secretaria de Saúde, realizaram no bairro Rincão dos Ilhéus, uma varredura num raio de 500 metros a partir de uma borracharia, localizada no inicio da rua 8 de setembro, entrada do bairro, onde teriam sido detectadas larvas do mosquito Aedes Aegipti.   Não é difícil, em qualquer parte do municipio encontrar vasilhame ou ambiente propício ao surgimento de larvas e do mosquito da dengue.  Infelizmente.  A população, na sua grande maioria, é de uma "desconscientização" atroz.  Tanto aqueles que efetivamente não tem nenhuma preocupação com isso e depositam lixo e entulhos em qualquer parte, quanto aqueles que observando isso não se envolvem e nem tomam medidas como informar ou denunciar aos orgãos competentes situações assim.
Por outro lado, as ações do serviços responsáveis pela vigilância ambiental do municipio, atrelada ao Departamento de Vigilância em Saude da Secretaria Municipal de Saúde, funciona com deficiência de pessoal e sem um plano melhor de educação e informação da população do que pafleto distribuidos ocasionalmente.   Para se conseguir resultados mais efetivos para se evitar o surgimento de ambientes ou focos para o desenvolvimento de larvas ou de mosquitos da dengue, é necessário ações de caráter permanente e contínuo, utilizando de mais recursos de divulgação.  Um dos meios bastante eficazes é agir de forma continua na educação das crianças atraves da rede municipal, além de - na deficiência de divulgação por rádio e televisão ou jornal - circulação intermitente de sistema de som alertando a população para os cuidados.
Por outro lado, a ação fiscalizatória feita por servidores da prefeitura também serviria para educar.  Infelizmente, a educação mais eficaz ainda é aquela que pesa no bolso do cidadão.   Mas a questão da fiscalização, no município, na quase totalidade dos setores - construção, obras, loteamentos, sanitária, ambiental - é deficitária, senão pela falta de pessoal (muitos dos servidores com estas atribuições em desvio de funções) pela falta de decisão politica do gestor.    O que não pode é juntar-se ao descaso da população com o cuidado ao meio ambiente, também o descaso do Poder Público, com a orientação, educação e fiscalização no sentido de promover e prevenir o surgimento de epidemias e endemias cujos malefícios trazem grande ônus financeiro para o Municipío.
Junte-se a falta de ação das autoridades responsáveis se disseminam situações como as que registrei numa rapida caminhada  por uma curta extensão da rua 1º de Maio, na região do bairro Lyra, Quintas em direção ao Campo Grande. Confira nas fotos.









 




sexta-feira, 8 de abril de 2011

Horror, horror, horror

Somente, um laudo psiquiátrico para esclarecer, porém, jamais justificar a tragédia do assassinato em massa que vitimou 12 crianças em uma escola municipal da cidade do Rio de Janeiro.  Não é o fim dos tempos.  É apenas o registro destes tempos.  O que antes era drama em paises belicistas, como os Estados Unidos, de repente, torna-se drama do nosso.  Armas disponíveis e acesso a informações deturpadas, tornam mentes pertubadas gatilhos para atos insanos e letais. 

Este acontecimento somados a tantos outros do nosso cotidiano e as guerras que acontecem no mundo, fizeram-me lembrar do livro "Coração das Trevas", de Joseph Conrad, depois transformado em um dos filmes mais impactantes que já assisti: Apocalypse Now, de Francis Ford Coppola, de 1979.  Nele, a insanidade da guerra coube toda na cena antológica em que helicópteros arrasam um vilarejo ao som de Wagner. E Marlon Brando, como Kurtz, um europeu que enlouquecera entre os selvagens, define o século que passou: "O horror, o horror."  Talvez aquele século no qual se passava a história do livro e mesmo do filme, tenha transposto a selva, ou melhor, ainda ocorra na selva, mas de concreto e asfalto dos dias atuais.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Denúncia: Rede de Lojas contratam apenas evangélicos


Segundo uma denúncia veiculada no Jornal Estadão do Norte,  os funcionários de uma  rede de lojas de Porto Velho, estão sendo obrigados pelos patrões a pagar o dízimo para uma igreja evangélica.
Mensalmente, cada empregado tem 10% do salário repassado aos cofres de tal igreja, contribuição essa, que é regra fundamental para que o funcionário se mantenha no emprego.
Um candidato, que diz ter sido dispensado ainda na entrevista para emprego por não ser evangélico, relata que por ter um bom currículo foi convocado para passar por um processo de seleção em uma loja de eletrodoméstico.
No entanto, durante a entrevista com o empregador, a primeira pergunta foi sobre sua religião. Ao dizer que era católico, foi eliminado de imediato. O empregador ainda fez questão de dizer que a empresa só contrata, candidatos evangélicos.
O candidato afirma que esta não é a primeira vez que passa por tal situação. Em outras lojas já foi preterido por causa da religião e por isso resolveu denunciar.
“Nos últimos meses, a eliminação e as perguntas sobre religiosidade se tornaram freqüentes. Na minha opinião, os evangélicos estão tomando conta do comércio e discriminam outras denominações”, conta.
Outros fiéis da igreja católica também enfrentaram problemas para contratação em lojas da cidade. Eles nos chamam pelo curriculum, mas na hora da entrevista, esquecem a experiência.
“Eu posso ser melhor que o outro candidato, mas por ser católico, não consigo emprego, conta indignado outro candidato a emprego”, afirma.

Fiz este post a titulo de curiosidade. Nem merece mais comentários tal noticia vinda dos fundões do Brasil

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Legislativo de Estância Velha reduz em 21,65% valor das diárias interestaduais

Esta em apreciação na Câmara de Vereadores de Estância Velha, um decreto legislativo que fixa o valor das diárias para viagens interestaduais para 2011, em R$ 400,00.  A iniciativa é, finalmente, uma resposta do Legislativo em vista da situação ocorrida em 2010.  O valor proposto é uma redução de 21,65%, do valor praticado anteriormente de R$ 510,20.  Sem dúvidas, pagar-se para viagens intermunicipais auxilio a titulo de diárias para custeio de hospedagem e alimentação, um valor equivalente a quase um salário mínimo ou um quinto da propria remuneração mensal percebida pelos vereadores, era um acinte e um convite a que os mesmos utilizassem de artifícios de viagens para "cursos de capacitação" fora do estado.  Ora, quando a diária para descolamento dentro o estado não era superior a R$ 120,00, o valor estipulado para viagens inter-estaduais era um estímulo a buscar nas paragens catarinenses e até paranaenses, cursos de "aperfeiçoamento legislativo". E isso tanto para vereadores como para servidores da Câmara, não importando o cargo no qual estavam lotados.

Apesar de louvar a iniciativa, não podemos deixar de tecer outras considerações. Por que o valor da diária inter-estadual é quatro vezes maior que a válida para dentro do estado, uma vez que os custos de hospedagem e refeição não são em outros estados quatros vezes maiores que os praticados dentro do estado?  E, ainda, por que este valor, se o deslocamento (se o vereador ou funcionário for com veículo próprio) é ressarcido ao custo de R$ 1,20 o km/rodado (aproximadamente)? E, ainda, se o deslocamento não for com carro próprio mas com veiculo de transporte coletivo (onibus ou avião), a passagem também é ressarcida?

Por esta conta, por exemplo, um vereador que, no ano passado, até julho, foi fazer três cursos em Chapecó (sem contar que foi também a Florianópolis, Araranguá e Camboriú), ganhando para isso 12 diárias, do valor de R$ 510,45, totalizando R$ 6.125,40, custaria, as mesmas 12 diárias, aprovado a nova tabela da Câmara, R$ 4.800,48. Mas o ressarcimento pelo custo da viagem continuaria o mesmo, ou seja, neste caso tal vereador além das diárias, recebeu ainda, R$ 1.638,00 pela despesa que deve de combustível em três viagens a Chapecó.    Sem contar o valor da inscrição nos tais cursos.

Sei. Estamos sendo muito duros com o Legislativo.  É verdade.  Já deram um passo com esta iniciativa e, ainda, estão dando outro, discutindo e propondo ficar nos atuais nove o número de cargos de vereadores para o próximo mandato.  Sim, de fato, são avanços pequenos mas que, reconheçamos, ajudando na limpeza da fuligem que caiu sobre a Casa Legislativa no ultimo ano.   Porém, as observações aqui expostas, não deixam de ser pertinentes e, portanto, tem a mesma importância que a iniciativa tomada pelos vereadores.   Até agora estão merecendo aplausos nestas pequenas iniciativas, mas ainda estão longe de merecer serem ovacionados, mas já deram um pequeno passo nesta direção.

sábado, 2 de abril de 2011

Suprassumo da alienação

A mesma televisão que propagandeia "Tudo pela Educação", é a que promove três meses de imbecilização direta da população (sem contar com novelas espúrias e programas dominicais estúpidificantes, embora não seja única) com um tal Big Brother. Felizmente, a estupidificação pretendida pelas TVs (digna-se, sao concessões públicas), não conseguem atingir a todos.

Autor: Antonio Barreto,
Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.


Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.


Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

FIM