A Câmara de Novo Hamburgo aprovou a criação de três cargos de diretor com salários de R$ 5 mil. Os cargos criados são de “coordenador de Finanças Públicas” (???), de coordenador de Comunicação Social (?) e de coordenador de Tecnologia da Informação (!). Considerados apenas o salário bruto, sem os encargos previdenciários deles decorrentes, significarão um rombo ao redor de R$ 200 mil anuais no bolso do contribuinte hamburguense. A população aceita passiva e bovinamente isso? Não reagirá? Já há um movimento (Mobiliza. Inconformados) tentando angariar assinaturas para impedir que, para o próximo mandato, os atuais 14 cargos de vereadores passem para 21. A realidade é que é muito dificil lutar contra o cipoal de leis que os próprios legisladores criam para dificultar quando não encobrir da população suas ações de rapinagem.
Impressionante nisso é que o atual presidente da Câmara de Novo Hamburgo e já candidato a prefeito pelo PP, Leonardo Hoff, defendeu e propôs a criação de tais cargos. O argumento é esdrúxulo. Disse que faz parte de uma primeira etapa de modernização do Legislativo. Modernização? Vale lembra que o Legislativo de Novo Hamburgo tem um quadro funcional que consome, entre ativos e inativos, mais cerca de R$ 4 milhões anuais. Qual o sentido de um cargo em comissão (CCs) de “coordenador de Finanças”se a Câmara já tem contador e um quadro de pessoal responsável pela contabilidade do Legislativo? Qual a razão de um cargo de coordenador de comunicação social se já existem no quadro de pessoal do Legislativo, jornalistas concursados? Qual a razão de um “coordenador de informação da tecnologia”? Não acredito que a população de Novo Hamburgo mereça um Legislativo com estas artimanhas.
É interessante observar que os atuais 14 vereadores que compõe o Legislativo de Novo Hamburgo, somam cerca de 39 mil votos, o que representa 26% do total de eleitores do município que votaram em 2008. Talvez, por conta disso, defendam que mais 7 vereadores aumentaria a representatividade da população. Se 14 representam menos de um quarto da população, talvez 21 possa corresponder a, no máximo, 30% do eleitorado. A questão que fica é: tal percentual vale um custo adicional de mais de R$ 1 milhão anuais a mais com vereadores que não se constrangem em achar que sempre precisam de mais assessores, de mais “serviços” para servi-los no trabalho de “servir”a comunidade? Pelo que se observa do atual quadro de vereadores de Novo Hamburgo o movimento Mobiliza Inconformados, precisará muito mais do que apenas inconformidade para impedir que o município entre no próximo mandato com 21 vereadores e ainda mais um séqüito de “assessores”. O movimento busca assinaturas para um projeto de iniciativa popular para manter em 14 o quadro de cargos de vereadores para o próximo mandato.
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