O ex-deputado federal pelo PDT, Pompeo de Mattos, que concorreu como candidato a vice-governador de José Fogaça (PMDB), nas eleições para governo do Estado do ano passado, teve espaço na Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo, esta semana, para falar e defender a Emenda Constitucional 58/09, da qual foi autor. A emenda permite que Novo Hamburgo passe possa ter até 21 vereadores, sete a mais que os atuais 14. Que Estância Velha, que hoje tem nove acrescente mais quatro ao quadro do Legislativo.
No seu pronunciamento o ex-deputado, entre outros argumentos esdrúxulos e falaciosos, disse que o modelo atual estaria tornando os Legislativos "elitizados". Afirmou ainda que a proposta reduz o percentual de gastos com os legislativos em até 15%. Definitivamente isso é considerar o eleitor, a população, um amontoado de parvos. Então, o aumento do número de vereadores não implica em aumento substancial da despesa de manutenção dos Legislativos? Impressionante. Seria bom que o deputado explicasse onde contabil e matematicamente é possivel concluir que nove vereadores com um salário de R$ 3 mil cada um, representam um valor total menor do que 14, com o mesmo salário? Ou, no caso pretendido pelos vereadores de Novo Hamburgo que defendem o acréscimo de mais sete cargos de vereadores (salários de R$ 6 mil), isso representaria uma redução nos gastos do Legislativo mantido pelos eleitores-contribuintes? E isso que se esta acrescentando a esta soma os "assessores", as despesas de telefone, correspondencia, diárias, viagens, etc, etc.
A propósito, na contabilidade da derrota da coligação PMDB-PDT, a defesa do ex-deputado do aumento do número de vereadores pode ter acrescentado também as gramas necessário para a fundar o barco no qual Pompeo conseguiu embarcar como vice, julgando-o inafundável, um Titanic? As razões para a derrota sempre são maiores que as da vitória, mas quando já há peso suficiente para desiquilibrar, uma grama a mais afunda. Por certo, tendo a população conhecimento de que Pompeo era propositor e defensor ardente (como ainda é) de acrescentar ainda mais despesas as já combalidas receitas dos municípios, principalmente, os médios e pequenos, não obteria os votos. Talvez não fossem votos com peso suficiente, mas podem também terem sidos as gramas necessárias, para afundar o barco no qual embarcou confiante em 2010. Não obstante, ainda insiste no seu legado a ser pago pelo eleitor-contribuinte.
Para impedir que tais propostas vicejem, denegrindo ainda mais o valor da democracia e do Poder Legislativo, resta ao povo a mobilização. Há um caminho sendo feito com dificuldade em Novo Hamburgo, assim como em Estância Velha, a cidadania já se manifestou e encontrou alguma acolhida entre os próprios vereadores, aqueles, por certo, mais lúcidos e comprometidos, com o prioriorado democrático e o respeito ao eleitor-contribuinte. Mas é preciso continuar atento. É uma luta diuturna, sem descanso.
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