Câmara lotou com CCs e FGs da prefeitura e, também, oponentes do prefeito |
O
pedido de cassação do alcaide estanciense, desta vez (é a segunda tentativa em
dois anos de setores que se dizem representantes de "movimentos políticos e sociais" da cidade) como da outra, deu no que era já sabido: a Câmara, por unanimidade,
negou-se a abrir qualquer processo de impeachment. Não que as alegações
apresentadas para o pedido não tivessem fundamento. De fato,
na sua totalidade tem. Aliás, foram feitas com base em apontamentos do
Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS). Ora, de todos os apontamentos -
inclusive, em relação a prestação de contas de 2011, que o Tribunal rejeitou e o prefeito esta recorrendo. É da lei. Cabe ao nosso rejeitado alcaide, recurso e ampla defesa, tanto das contas rejeitadas como, das multas que lhe foram aplicadas pelo mesmo TCE em vista dos
"erros" na gestão que tenham causado prejuízo a Coisa Pública. Não tendo ele sucesso nos seus recursos contestando a decisão do TCE, a Câmara de Vereadores é a instância ultima em relação a aprovação das suas contas de cada exercício julgado pelo TCE. Assim, mesmo rejeitadas as contas por aquele órgão, o Poder Legislativo, pode analisando o relatório, aprovar as contas, salvando o prefeito da cassação.
É
evidente que todo o processo de impeachment é um processo politico. Mesmo que
um prefeito com apontamentos ou que tenha contas rejeitadas pelo TCE, possa
gastar todo o dinheiro do prejuízo que causou ao município apenas com o
intuito de "empurrar com a barriga" amparado no cipoal legal, até as
ultimas instâncias (STF), pode o Legislativo abrir processo contra ele e,
juntar elementos que, no seu entendimento, ratifiquem a cassação.
É claro que disso pode também o prefeito recorrer e postergar sua defenestração até que se esgotem os ultimos recursos legais e financeiros seus. Ou seja, no principio e no fim, trata-se, em
ultima análise, de um artificio democrático de desgaste do Mandatário seja ele
salafrário ou, até que ele próprio, prove, que não seja tanto.
Vereador Muga, do PT, contestou a credibilidade de quem representou no pedido de cassação |
Ainda, para dar consistência a um pedido de
impedimento de um prefeito, faz-se necessário que os agentes que o fazem,
tenham também consistência tanto politica, quando moral e de caráter. Não
havendo isso, tira proveito o próprio réu - no caso o prefeito - visto que,
infelizmente, numa pendenga politica onde a iniciativa não nasceu do
Legislativo, aqueles que ali estão não verão valia em dar caminho (louros) a outros que
não sejam eles mesmos. Ou seja, por politico que é um processo de
impeachment, os vereadores só darão andamento naquilo que eles, sejam
governistas ou oposicionistas, puderem tirar vantagem total, além, é claro de
ser necessário que haja entre os mesmos edis, aqueles com qualificação suficiente para
levar a termo todo o embate que se abre numa processo desta natureza. O fato da
oposição ser majoritária, tanto no mandato passado como nesse, nem de longe
fará com que o nosso vertiginoso alcaide municipal, perca o sono a tal ponto que
necessite aumentar a dosagem noturna de rivotril.
Aliás,
o ponto positivo destas tentativas de defenestramento do alcaide estanciense é que se pode conhecer o número de Cargos em Comissão e Funções
Gratificadas espalhadas por todos os setores da Administração. São os que lotam
o plenário do Legislativo nestas circunstâncias.
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