Em Estância Velha, onde a prefeitura tem, inclusive, uma Secretaria de Meio Ambiente e Preservação Ecológica, em que pese a redundância da denominação da mesma e da importância que tem, há ainda uma triste cultura que não foi abolida no ambiente urbano e que precisa de uma ação educativa quando não fiscalizadora mais incisiva: a poda da árvores. Poda é uma maneira gentil de se referir a decepação das árvores situadas em passeios públicos. A “tosquia” arbórea já foi realizada até pela própria prefeitura, hoje, já não é mais, nas vias centrais. Infelizmente, a população dos bairros ainda continua seguindo o mau exemplo passado da prefeitura. Em muitos bairros não é difícil encontrar-se situações como a da foto ao lado.
Semana do Meio Ambiente recentemente concluída com um cronograma de excelentes atividades no município, esqueceu, mais uma vez de colocar esta questão em debate. Certa vez até propus a um diletante vereador de Estância Velha, a elaboração de um projeto de lei que estabelecesse regras para o cuidado com as árvores da cidade, tanto em relação ao plantio quanto ao cuidado. Ele, no entanto, “viajou” para algum “curso” e, parece que lá lhe foi argüido que tal projeto não era relevante. A proposição caiu na lata de lixo, espero que, reciclável.
Poda é um conceito que não se aplica mais. Aplica-se a “condução do crescimento”. E, qualquer ação nesse sentido deve ser sempre orientada, quando não. feita pela própria prefeitura. A poda feita de forma amadora “mata” aos poucos a arvore. Não é difícil de observar isso quando se nota o quão feias estão as arvores que sofrem a “decepação” anual de seus galhos. O tronco vai apodrecendo, quando não, depois de alguns anos assim torturada, a árvore morre.
É triste ver árvores tosquiadas a gosto da falta de consciência ambiental do cidadão. Não bastasse, acumulam-se pelas ruas os galhos cortados que a prefeitura, gentilmente, recolhe depois de meses, inclusive a preocupação com isso é tanta que até compraram uma máquina trituradora de galhos (!!!). Precisa-se, em Estância Velha, mudar esta cultura “tosquiadora” de parte da população. Creio que talvez seja um dos poucos municípios onde esta prática é ainda, livremente, realizada sem qualquer interferência do poder público, que não o de recolher os restos esquartejados das árvores.
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