Circulou na internet denúncia de que o processo licitatório para a contratação de empresa para realizar o serviço de coleta do lixo urbano (Pregão Presencial nº 055/2013) em Estância Velha, teria sido viciado. Ou seja, acertado antecidamente para que o ganhador fosse a empresa Onze Construtora e Urbanizadora Ltda. A denúncia a cerca das questões envolvendo a coleta e destinação do lixo na região metropolitana, com formação de cartel ou "acordos entre amigos", já não é nova e vem sendo investigada até pelo Ministério Público. O fato é que a coleta e destinação do lixo urbano é uma das questões mais complicadas para as Adminsitrações Municipais. Talvez por conta disso, tenham se instalado empresas que alinhavam know-how e interesses privados, misturam com o público e decorrem dai, "acertos" suspeitos no andamento e definição dos ganhadores das licitações para coleta e destinação do lixo. Já houve tempo em que este serviço era prestado, diretamente, pelas prefeituras a partir dos seu quadro de servidores, atualmente é totalmente terceirizado. Hoje, as prefeituras sem estrutura e equipamentos, ficam reféns das empresas que se constituiram para operar o setor.
Feita esta introdução, fui buscar informação a cerca da empresa vencedora do certame para prestar estes serviços ao municipio em 2012. A Onze esta cadastrada como credora (prestadora de serviços) do Municipio desde 2007. Em 2009, a prefeitura pagou a Onze pelos serviços da coleta e destinação do lixo, R$ 1.007,245,54. Em 2010, R$ 1.165.180,88. Nestes dois anos, não ficou nenhuma pendência a ser resolvida no ano seguinte. Em 2011 - quando começou a se agravar o problema de gestão financeira da prefeitura - empresa recebeu R$ 978.593,66, dos R$ 1.951,404,07 registrados na contabilidade da prefeitura como "liquidado", ou seja, os serviços prestados mas não pagos. Em 2012, até novembro, contabilidade da prefeitura registrava a titulo de "liquidado" o valor de R$ 2.550.800,12, porém, como "pago", apenas R$ 1.095.301,31. Como a situação financeira da prefeitura no fechamento de 2012 foi periclitante, é provavel que tenha ficado para 2013 nova pendência, "restos a pagar". Agora, para este ano o contrato firmado com a Onze é de R$ 198.300,00 mensais pelos serviços, ou seja, a coleta e destinação do lixo terá um custo total de R$ 2.379.600,00 para este ano. O centro de custo desse serviço, conforme o PP 055/12, é na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Preservação Ecológica.
Considerando o valor total do contrato firmado para a coleta de lixo este ano, cada cidadão estanciense (estimando-se uma população de 42 mil habitantes) pagará R$ 56,65 para que a prefeitura dê um destino ao lixo que produzir em 2012. A questão sobre o valor apresentado pela Onze ser ou não próximo a realidade e não superfaturado, envolveria uma análise da planilha de custos da empresa. Esta é uma atribuição da comissão de Controle Interno ou mesmo da comissão licitante da prefeitura. Não é algo complexo, porém, exige algum conhecimento de métodos de aferiçao de custos.
Para colaborar a quem tiver, de repente, interesse em conhecer sobre este assunto, encontrei um estudo interessante do Tribunal de Contas de Minas Gerais (http://www2.tce.pr.gov.br/xisinaop/Trabalhos/Metodologia%20para%20auditoria%20de%20servi%C3%A7os.pdf). Encontrei também informação a cerca de um sofware que ajudaria as prefeituras a calcular o custo desse serviço para contratação (http://bit.ly/XdllAO). Assim seguido determinados passos, este espinhoso processo poderia ficar o mais transparente possivel e livre de dúvidas e insinuações. A questão é o gestor público querer isso, de fato.
Para colaborar a quem tiver, de repente, interesse em conhecer sobre este assunto, encontrei um estudo interessante do Tribunal de Contas de Minas Gerais (http://www2.tce.pr.gov.br/xisinaop/Trabalhos/Metodologia%20para%20auditoria%20de%20servi%C3%A7os.pdf). Encontrei também informação a cerca de um sofware que ajudaria as prefeituras a calcular o custo desse serviço para contratação (http://bit.ly/XdllAO). Assim seguido determinados passos, este espinhoso processo poderia ficar o mais transparente possivel e livre de dúvidas e insinuações. A questão é o gestor público querer isso, de fato.
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