Depois o PCdoB que queria ser vice do PT, aceitou ser nada com PSB/PSD
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O ultimo post
comentei sobre o fato do Partido Comunista do Brasil, o PCdoB, de Estância
Velha, ter “costurado” com o Partido dos Trabalhadores uma coligação que, de
certa forma, fazia parte do processo de alianças de partidos do campo da
esquerda. Evidentemente que
exagerei. Alianças políticas feitas a
partir de moldes ideológicos programáticos não existem mais no Brasil e menos
ainda em eleições municipais. Nos grandes centros aceita-se aliados cujos
lideres maiores sejam históricos personagens do noticiário policial, por alguns
minutos de espaço no horário eleitoral gratuito. Hoje todos os partidos menores de esquerda ou
de direita tem uma única ideologia, a da sobrevivência. O PCdoB pratica esta ideologia deste o fim da
ditadura e advento da democracia.
Semana anterior dirigentes do PCdoB, posaram com Pedrinho e Toco
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O PCdoB,
embora ciente de suas limitações eleitorais - dificilmente alcançará, se
concorrer sozinho para o Legislativo, votos que signifiquem 50% do quociente
eleitoral que será necessário para dar direito, nesta eleição, há uma vaga de
vereador (em torno de 2.900 votos) – quis garantir-se na chapa majoritária do PT e, ainda, este o carregasse na nominata proporcional garantindo assim, com todos
os votos petistas, também eleger um candidato comunista cuja fronteira eleitoral não é
superior a 800 votos. Como em outro cesto
tinia o guiso de outro partido, bandeou-se de lado, preferindo com outro o que
o próprio PT, ao final lhe ofertou. Aceitou ser nada na aliança que amarrou, no ultimo minuto do segundo tempo do prazo eleitoral com o PSB/PSD. Ambos os constituído por integrantes que condenava antes. Mas enfim, contingência de interesses e pouca luz sobre o jogo político. Foi de forma semelhante que o PCdoB, em 2008,
depois de beber 8 anos na administração PT/Toco, numa das secretarias de maior
visibilidade, a de Industria, Comercio e Turismo, desceu do ônibus petista e
quis colocar sua própria empresa de transporte numa parceria com o PTB.
Resultado: minguados 1,8 mil votos para prefeito e perdeu o único vereador que
tinha e que elegeu na garupa da retumbante reeleição de Toco em 2005. De fato, como se vê, o PCdoB, “virou duas
vezes o prato onde comeu”, em relação ao PT.
“A ingratidão é o mal maior da política”, afirmava Ademar de Barros,
notório político paulista do século passado.
Enfim, é uma
pena que no nosso pais - e isso se aplica a todos os partidos de uma forma
geral -, pouco se constrói, nas alianças políticas, sobre questões
programáticas. Não há uma discussão a priori sobre plano de governo para daí
tirar elemento para uma possível coligação.
Tudo é a posteriori. O fato é
que, no caso de Estância Velha, talvez se possa dizer que, finalmente, o PT
aprenda um pouco com os seus erros no que tange as alianças do passado e,
talvez, todos os partidos num futuro não tão distante, passado o pleito eleitoral, definidos os
derrotados, passem estes a, desde o primeiro dia no novo governo, se constituírem
como oposição – não aquela cheia de fel – mas racional, critica e mesmo propositiva, já
cobrando a execução do programa vencedor e, ao mesmo tempo aperfeiçoando o seu
próprio para um próximo embate eleitoral.
Mas isso é já pedir demais.
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