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terça-feira, 12 de abril de 2016

O ódio ao PT



Por que militantes de outros partidos e mesmo simpatizantes de outros partidos vociferam, destilam tanto rancor, raiva e, mesmo, ódio contra o Partido dos Trabalhadores, o PT? De onde vem isso, quando começou isso que aparece, nestes tempos de conexão global e redes sociais, tão evidente e forte?


Tenho por mim que esta ojeriza anti-petista vem de duas vertentes.  A primeira é a mais antiga.  O PT pela sua origem e pregação ética, sempre causou nos simpatizantes e militantes de partidos tradicionais e ideologias de direita, um ranço tipo: “se acham diferentes, se acham melhores que nós.”  A segunda vem na constatação da realidade: as práticas petistas visando a manutenção no poder em nada diferenciam das que criticava nos outros.  E tanto é assim, que aperfeiçoou-as  e, de tal forma, que os avanços que representaram os dois mandatos de Lula e o primeiro de Dilma, se eclipsam a cada nova operação da Policia Federal e o Ministério Público.


Ora, os “perfeitos”, descobriu-se, não o são.  A soberba com que o PT, acusava os outros de fazerem o que hoje se revela que também fizeram e, ainda, deixaram que aliados seus fizessem, causou um rancor tal que, inflado por uma campanha conspurciva midiático-oposicionista, só cresceu. A lama que apontavam nos outros partidos chegou ao PT também. 


De qualquer forma, o que estamos vendo nestes tempos é que tanto o PT quanto os que o odeiam, estão certos.  A corrupção é um mal, uma mancha que marca de forma indelével tudo. Nada no país se salva desta chaga, principalmente, entre os partidos políticos.  Dirão: há partidos que não se mancharam nisso tudo que ai esta e sempre ai esteve.  Estão certos, há.  Onde estão estes que ainda não se conspurcaram? Até quando se manterão assim? Até quando alcançarem o poder?


O PT conquistou espaço em prefeituras pais a fora e começou a demonstrar que, em parte, os valores que pregava se aplicavam aos governos que exercia. Galgou outros degraus do poder, o governo de alguns estados.  Em 2002, chegou ao governo do pais, na onda de um Lula “estilizado” com alianças que fugiam aos seus princípios programático-partidários, mas que foram aceitas como necessárias.  Iniciou um primeiro governo com dificuldades, depois implementou políticas que melhoraram a distribuição de renda, fazendo crer que estávamos no caminho de um país mais justo social e economicamente.  


Precisávamos um governo que fosse diferente, ética e moralmente. Ou seja, no fundamental. A cada nova revelação, vimos que o PT não conseguiu ser.  Agora, irremediavelmente, farão de tudo para que, em tudo, em nada se diferencie dos outros que o querem fora do poder para continuar fazendo o que sempre fizeram e que achava (eu)  que o PT não faria.  Podemos até dizer que estes que querem derrubar o governo Dilma o querem para frear a onda de revelações que as ações da Policia Federal e do Ministério Público estão fazendo.  Há como deter esta onda?


Só espero que consigamos, todos, sair disso tudo, magoados ou nos sentindo enganados, mas ainda em perspectiva de que “o que não nos mata, nos fortalece.  Só a dor amadurece, só o sofrimento provoca mudanças. Se assim for , o que hoje parece um mal, talvez venha para o bem.  Afinal, só o bem é maior que o ódio.

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