A manchete do Jornal NH e do Jornal ODiário, e ainda o
noticiário de televisão e rádios e, mais das redes sociais da internet, levaram
o nome de Estância Velha, por todo o território gaúcho e ainda, nacional. Não é a primeira vez que o município e nossos
políticos eleitos, recebem tal destaque.
Aliás, esta parece ser uma marca da “Era Dilkin” em Estância Velha. E isso acontece tanto a nível do Executivo
quanto do Legislativo. Por falta de
atrações turísticas, aproximamo-nos de Brasilia para ser palco de escândalos (de dimensão mínima, considerados os
nacionais, mas de grande dimensão considerado o tamanho geo-populacional-econômico do nosso município) envolvendo
a ganância e a forma como nossos políticos eleitos, gerenciam os recursos do
Erário Público. Certamente, isso que
ocorre em Estância Velha, neste ultimo quadriênio, não é coisa desses
tempos. Ninguém há de pensar que em
quadriênios passados, mais recentes ou mais antigos, o Erário Público tenha
sido tratado de forma diferente. Ou será
que só passamos a eleger gente que protagoniza escândalos como estes que
ganharam a mídia, nesses últimos tempos, nesta segunda década do século XXI?
Desses fatos recentes que envolvem suposta compra de votos na
eleição de 2012, usando como moeda de troca o Programa Social de Habitação
(PSH) infiro que, antes de tudo, usaram dos meios públicos de forma irregular
para conquistar compromisso de voto de pessoas, não apenas de caráter e moral, da
mesma graduação que dos que estavam em cargos públicos, mas pessoas que em
buscavam de um futuro as suas famílias. Se houve corruptores, houve corrompidos. E nesta
história, ninguém é inocente, embora as circunstâncias sociais desses últimos possam
ser atenuantes.
De forma alguma, acredito que tanto o prefeito, quanto a
vice-prefeita, quanto o secretário de Desenvolvimento Social, quanto os que saíram
candidatos a vereador, depois de ter servido e, se servido, da prefeitura em
Cargos de Confiança, principalmente em áreas onde se manipulam materiais,
programas e projetos de cunho social, cometeram ilícito que prejudicou o Erário
Publico em beneficio próprio (se locupletando de forma direta).
Mas é certo que todos, fizeram uso do que tinham disponível para buscar
garantir a reeleição e sua própria permanência no poder, seja no
Executivo ou no Legislativo, o que não é pecado. Embora seus
cargos – sejam CCs ou eleetivos – tenham como objetivo a ação em beneficio do bem
coletivo, comum, não se furtaram, quando tiveram a oportunidade, – talvez iludidos
pelos próprios eleitores de caráter falho e mendicante (isso também se deve considerar) -, de beneficiar
particulares buscando somar votos com vista tanto as suas próprias intenções particulares,
quando se lançariam candidatos; quanto na intenção de garantir votos ao
candidato a reeleição para o Executivo.
Por mais que compreenda isso, desta forma, não se pode deixar de
afirmar que também agiram contra o bem comum e coletivo, quando restringiram
sua ação buscando o beneficio de poucos (apadrinhados que aceitaram se corromper) e manipulando as regras em relação
extensa lista de famílias, pessoas, cadastradas no PSH. Assim, como devem ter invertido as
regras na distribuição de materiais e gêneros (coisa que a policia não esta
investigando) para aqueles que procuravam os serviços assistenciais em buscar
de ajuda ou apoio. Isso, pode ser da
regra política brasileira, mas não é o que vai afastar a pecha de que,
agindo assim, demonstraram falta de caráter, desvio moral, falta de
ética, que não os distancia muito da bandidagem, que anda a solta ou lota as masmorras do estado brasileiros, chamadas de cadeias. Enfim, tornaram-se tanto
corruptores quanto corrompidos, pelas circunstâncias proporcionadas a quem é
alçado a uma migalha de poder. Diante da lei, são criminosos, pois é o que são os corruptos e os corruptores.
Recentemente, na Câmara de Vereadores, um vereador denunciou o afastamento de uma
servidora concursada no Setor de Marcação de Consultas para dar lugar, no setor
a um CC. Ora, este CC foi candidato a
vereador. Agora, estando a frente deste
setor importante por que lida com a angustia do cidadão na dificuldade de se conseguir
uma consulta especializada, tal
ex-candidato pretende se “cacifar” melhor, com vistas a um futuro pleito e
mesmo, para as eleições do ano que vem, poder apresentar, para aqueles que
encaminhar a consultas especializada, “seus” candidatos a deputado, senador,
governador, presidente. É assim que “funcionam
as coisas” no entendimento destes que fazem uso descarado dos seus cargos para
garantir-se mais tempo no poder, independentemente, de que seus serviços venham de encontro ao bem comum. Antes, pensam apenas no bem particular deles e
daqueles que puderem manipular quando vierem a ele recorrer na solução de suas
angustias.
Por ultimo, há que se perguntar: haveria outra forma de se fazer política a
não ser esta, sorrateira, interesseira? Quando se participa de uma sessão na Câmara
de Vereadores, duvida-se disso. Quando
se vê escândalos como estes que se tornaram comuns no nosso município,
duvida-se disso. E, de fato, resta-nos
ainda a interrogação final: todos estes que ai estão, no poder, cometendo os erros e falcatruas que cometem,
foram eleitos por quem? Estes que ai estão, nos escandalizando, foram
eleitos com o nosso voto ou pela nossa omissão.
Então, somos tão culpados pelo que eles fazem quanto eles próprios. É a
dura verdade. Poderá ser diferente?
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