Em Estância
Velha, é visível, gritante, que os últimos quatro anos, representaram um
decréscimo na área dos serviços de saúde.
Isso se verifica quando a população busca atendimento, busca acessar aos
serviços de saúde. As reclamações
quanto a dificuldade de acesso (incluindo ai deste a falta de profissionais até
o mau atendimento, quando estes estão nas unidades de saúde) só cresceu. Sem
contar a redução na disponibilidade de exames e medicações.
Na outra ponta
se apresenta uma contradição. Os gastos totais
com saúde no Orçamento Municipal, cresceram 67,69%, considerado o valor despendido
em 2012, comparado ao valor anotado em 2008, ultimo ano do mandato passado
anterior ao do nosso reeleito alcaide Waldir Dilkin. Em 2008, os gastos com
saúde somaram R$ 12.212.848,46, ou seja, 23,89% da receita corrente liquida do
município. Em 2012, alcançaram R$
19.768.214,76, ou o equivalente a 29,49% da receita corrente liquida do
município.
Ainda na direção
dos gastos com saúde a que anotar que, em 2008, estes representaram R$ 283,21
por habitante/ano. Em 2012, R$ 452,38
por habitante/ano.
Outros números
que tiveram crescimento substancial na comparação dos gastos realizados pela
prefeitura com saúde, dizem respeito a contratação de terceiros para a
prestação de serviços médicos ou de exames.
Este item teve um acréscimo de 177,90% em relação a despesa verificada
em 2008.
Outro item que
teve um crescimento que chega a ser espantoso, estas nas despesas da Secretaria
de Saúde com horas-extras. Em relação ao
gasto anotado desta rubrica em 2008, o valor apontado em 2012, representa um
salto de 2.831,52%! Ou seja, em 2008, a rubrica de
horas-extras consumiu R$ 55.636,86 na Secretaria de Saúde, em 2012, alcançou R$
1.631.006,58. Verifiquei que no período de 2005/2008, o gasto médio/anual com
horas extras na saúde, foi de R$ 235.330,14.
Já no período do primeiro mandato do atual alcaide municipal, este valor
ficou em R$ 1.478.955,30.
Levantei estes
números quando tentava compreender a relação entre a disponibilidade e
qualidade dos serviços de saúde e a reclamação da população em relação a estes
mesmos serviços, principalmente, no que tange a disponibilidade de recursos
humanos. É visível que, no período do
primeiro mandato da administração reeleita, cresceram as reclamações em relação
aos serviços de saúde de Estância Velha. Porém,
se considerarmos estes números não se encontra relação entre eles e os
fatos que cotidianamente a população se defronta quando procura os serviços de
saúde do municipio.
Ou seja,
observando-se a situação de depreciação e precariedade em que foi lançado o
sistema municipal de saúde - que chegou a servir de parâmetro de organização e
funcionamento na região-, torna-se mais difícil entender como as despesas
cresceram tanto, principalmente, relacionada aos recursos humanos e os serviços
depreciaram na mesma proporção. Conclui-se disso que, ou se trata de uma
política de governo voltada a liquidar com o que se construiu na área da saúde
em Estância Velha, a partir de 2001 ou, então, trata-se do registro tácito da
total incompetência e incapacidade de gerir e entender o sistema público
municipal de saúde.
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