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domingo, 4 de agosto de 2013

Este governo não é bom para a educação. O anterior foi? O que vier depois será?

Tarso, chega de governar de costas para a educação. Negociação já ou greve! Com essa chamada, diversos displays, assinados pelo CPERS/Sindicato, estão sendo colocados desde o início desta semana nos principais pontos de circulação da cidade de Porto Alegre e nas principais cidades do interior do Estado. 

Eu gostaria de saber, como professor e sindicalizado, se essa estratégia de desgaste do governante de plantão do CPERS- como foi há época do Olivio, do Rigotto, da Yeda, de outros antes, - o que produziram para a educação do Estado? Já não é hora de pensar outras estratégias além dessas?  O governante que virá depois do Tarso, prometerá o que o Tarso prometeu ou mais ainda, e fará? Votaremos nele? Se o povo gaúcho não acordar de fato para a importância da Educação, para brigar, junto com os professores por ela, por que lutam os professores? Apenas pelo seu salário, ´por ter uma escola com infraestrutura que possibilite uma aula produtiva?  Ou esta é uma eterna briga de fundo apenas politico-partidário que redunda em cada vez em uma pior Educação, do qual a comunidade escolar se omite em participar? Afinal, dentro de uma sociedade democrática todo o embate, principalmente, na educação é ideológico.  Ou será que a unica ideologia vigente é a da omissão dos principais interessados, o povo, os pais das nossas crianças, de nós mesmo, já que todos somos pais, ou seremos?

Em Estância Velha, veja-se o caso da Escola de Ensino Fundamental Dom Pedro I, do bairro Lira. Esta sendo extinta, pela decrepitude que a comunidade e o governo deixaram que a escola chegasse! Uma escola de mais de 50 anos, deixará de existir! E o que fez a comunidade vendo a escola onde seus avós, pais, filhos estudaram e estudam?  Agora, na terça-feira, a  noite haverá uma reunião convocada pela Coordenadoria de Regional de Educação e Secretaria Municipal de Educação (Semec) para se discutir o destino das matriculas dos mais de 250 alunos da D. Pedro I.   Conseguirá o municipio absorver todas elas?  Haverá vagas nas escolas estaduais mais próximas como a Humberto de Campos e o Colégio 8 de Setembro para absorver os alunos das cercanias?  E, mais, quando começará a construção na nova escola no local onde se deteriora a velha D. Pedro I?  Quanto tempo levará para ali haver - se houver - uma nova escola?

Mas vamos mais adiante, desta circunstância que nós, comunidade-escolar (pais-professores-governantes e politicos locais) deixamos que a Dom Pedro I, chegar-se.  Veja-se a situação de outras escolas estaduais que caminham para a mesma situação. Por que, nós comunidade escolar nos omitimos tanto? Por que, principalmente, os pais ficam esperando que alguém faça alguma coisa e raros deles se batem pela escola?   Não entendemos ainda que sem educação nossos filhos só reproduzirão o que nós fomos ou somos? Não é possivel que pais não queiram uma educação melhor, não queiram uma escola melhor do que aquela que tiveram, não queiram que seus filhos sejam melhores do eles no campo da educação. Não é possivel que se contentem com o que ai esta. Que achem que já fazem demais trabalhando o dia inteiro para trazer o pão para a mesa. Educação, escola não se resume a isso!

Os filhos são a poupança para a velhice dos pais. A escola, a educação, a formação intelectual é imprescindível para quem quiser ter acesso ao mercado de trabalho, mesmo para fazer sapatos ou cortar couro! Vai entrar governo, vai sair governo tudo continuará da mesma forma, pois quem elegemos sabe da nossa acomodação, sabe que a educação assim como nas propostas de campanha é mero exercicio retórico. Sabe que os pais mal escolarizados, infelizmente, querem os mesmos para seus filhos. É triste. Enquanto isso, o CPERS, transformado num antro de disputa de beleza de uma ideologia arcaica, corporativista e não classista, briga pelo que???? Chama greve sem força. É dificil não desanimar.

Com a permissão do imortal Drumond.
"Sozinho no escuro
          qual bicho-do-mato,
          sem teogonia,
          sem parede nua
          para se encostar,
          sem cavalo preto
          que fuja a galope,
          você marcha, José!
          José, para onde?'


Assim marcha a Educação, no nosso estado. 

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