Em Estância Velha, as criticas a saúde - que cresceram muito nos últimos anos - tem por alvo maior o Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV), principalmente, por que é uma unidade de saúde do sistema municipal que fica aberta 24h e tem uma setor de atendimento de emergências. É certo que, em média, são feitas 160 fichas de atendimento (FA) na emergência, num clico de 24h. Isso significa que, em sendo cada FA uma consulta ou atendimento, são 6 por hora ou, seja, um paciente a cada 10 minutos. Uma verdadeira esteira de produção! Sem contar que há períodos em que procura é maior. É certo também que tal demanda ao serviço de emergência do hospital poderia ser resolvida se houvessem mais unidades de saúde e, principalmente, corretamente estruturadas, haja visto que 90% dos atendimentos no plantão dos hospital não são emergências.
Infelizmente, o que temos em Estância Velha, nos ultimos anos é nenhuma politica de melhoria e ampliação da rede e, pior, o sucateamento do que já existia, priorizando a terceirização da contratação de médicos para a Unidades de Saúde da Familia (USF). Aliás, as unidades nem são mais tratadas por esta denominação pela Administração Municipal, mas simplesmente por Unidades Básicas de Saúde (UBS). Esta terceirização eleva o custo da despesa com pessoal e também, principalmente, a despesa de manutenção (exames, medicação), sem contar que não apresenta resolubilidade, uma vez que há grande rotatividade de profissionais nas unidades e nenhum vinculo destes com a comunidade.
Fui buscar alguma informação e encontrei alguns dados referentes as internações no HMGV. Observei um aumento de 20,39% no volume de internações comparado ao registrado em 2008 e a média de internações no período 2009/12. Isso denota que estabeleceu-se no município uma política hospitalocêntrica, centrada na doença, ou seja, deixar adoecer para tentar recuperar, em detrimento de uma política de promoção e prevenção da saúde. Trata-se de uma visão e politica ultrapassada e mais cara de "fazer saúde". Dai vai que o alcaide municípal, não se cansa de afirmar que a administração esta gastando 30% em saúde, mas não observa que isso esta aparecendo em resultado de redução, por exemplo, das internações decorrente de morbidades que poderiam ser evitadas. Aliás, o que se observa é o aumento de internações o que ocasiona também aumento das despesas por que é mais caro tratar uma doença do que investir na prevenção dela e na promoção da saúde.
Fonte: www. datasus.gov.br |
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