Presenciei ontem um principio de incêndio numa encosta de morro no bairro das Rosas, em Estância Velha. Alguém alertou aos Bombeiros e, em coisa de cinco minutos, uma viatura com quatro bombeiros chegou ao local.
Dois jovens com abafadores logo correram de encontro as chamas que crepitavam queimando um matagal seco pelas geadas do inverno, numa primeira tentativa de debelar o fogo. Outro, com um aspersor de água portátil tentou conter as chamas em outra ponta. O fogo, no entanto, foi mais rápido e logo subiu o morro, começando a entrar mata adentro. O lugar era de dificil acesso, mas em poucos segundos os bombeiros estavam lá em cima em meio a fumaça e ao fogo.
Com o apoio do caminhão tanque, em poucos minutos o fogo foi completamente controlado evitando que adentrasse a mata e, talvez, complicasse mais. A situação levou-me a considerar que a Defesa Civil do município deve ter um plano para o verão, considerando que a climatologia indica que possam haver período de escassez de chuvas. Imagino que é preciso uma vigilância constante no entorno da cidade e mesmo nas áreas verdes - poucas que ainda restam - dentro do próprio perímetro urbano. Uma vigilância constante e uma ação rápida dos bombeiros evita tragédias.
Enquanto os bombeiros agiam com coragem e destemor diante do fogo, na Câmara de Vereadores, haviam ainda cinzas do incêndio moral que atingiu o Legislativo. Lá a Policia, poucas horas antes, havia recolhido documentos em buscar de provas para aquilo que alguns edis acham que faz parte da atividade legislativa, usurpar o dinheiro público.
Por falar em dinheiro público, fui pesquisar o quanto a prefeitura repassou para a Sociedade Civil Bombeiros Volutários de Estância Velha. Achei: em 2010, até junho, foram reapassado R$ 75.358,90. O Legislativo, apenas em diárias, consumiu no mesmo período, R$ 120.000,00. Ou seja, os bombeiros de importante e essencial serviço a sociedade, receberam para o desenvolvimento e manutenção de sua atividade, menos do que os vereadores consumiram no semestre para, junto com seus assessores, "aprender e capacitar-se" para a atividade legislativa.
O Legislativo não deveria ser também um serviço voluntário no âmbito municipal?
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