Estou colando neste post, matéria vinculada no jornal O Diário (20.08.10), que circula em Estância Velha e municipios da Encosta da Serra. Nela a história do inicio de um movimento cidadão que, agora ganhou uma denominação, certamente, para melhor compreensão, de: Movimento pela Transparência Política. O curioso e, de certa forma, belo é que nasceu de uma conversa no almoço em família (quão raro isso hoje em dia, no corre-corre da vida, que nem final de semana se cultiva para sentar-se a mesa para uma refeição coletiva, familiar, fraterna). Ainda, veio de um questionamento indignado da matriarca da familia, de 77 anos. Ou seja, passam-se os anos e ganhamos mais sabedoria, porém, não devemos deixar nunca de nos indignar diante de fatos que repugnam nossa consciência, nosso caráter. Por outro lado, vê-se a verdade do dito popular: uma fruta nunca cai longe do pé. Por outro lado, o movimento ganha "sustância" e respeito, quanto mais verdadeiro e autêntico for. Não é necessário não ser filiado a partido algum para ser honesto, ter caráter. Toda a ação nossa é sempre uma ação política, nem sempre partidária.
Por outro lado, é de se observar que o Movimento só surgiu quando as pessoas leram a noticia no jornal. Daí, mais uma vez, ve-se o papel e a importância da impressa livre na sociedade. A impressa comete erros de avaliação, mas não se pode negar a sua relevância. Não houvesse a matéria no jornal O Diário, quando saberíamos das artimanhas e armações do Legislativo e mesmo do Executivo? O Diário, em que pese as dificuldades que se sabe para fazer circular um jornal, presta um enorme serviço a sociedade. Melhor e mais crédito ganha, quanto menos atrelado e dependente for de recursos públicos. Coisa essa dificil, se não encontrar respaldo e apoio na sociedade, nas assinatura e nos anúncios do comércio. Vê-se o quão prejudicial é para uma cidade ter jornais ou outros veículos de comunicação atrelados a anúncios públicos, da prefeitura. Servem apenas de meros "releaseiros", reprodutores, do setor de comunicação das prefeituras ou dos Legislativos, ou seja, são porta-vozes de versões oficiais.
Estância Velha: um movimento que iniciou num almoço de família
Estância Velha - A primeira vista, o Movimento Pela Transparência Política, nada mais é do que um grupo de manifestantes com cunho político-partidário. Porém, surpreende-se aquele que conhece a real história que motivou o surgimento desse grupo. “Estávamos num almoço de família, bem na época em que os vereadores aprovaram a criação dos nove cargos de assessores, quando minha mãe, que tem 77 anos, mostrou o Diário e perguntou: ‘vocês estão vendo o que os vereadores estão fazendo?’”, contou Rejani Petry Moraes, uma das integrantes do Movimento.
A partir de então, ela e o irmão Carlos Cristiano Petry, decidiram descruzar os braços e agir, em busca de justificativas e transparência. Em pouco tempo, o Movimento ganhou adeptos e numa primeira manifestação, cerca de 150 pessoas, aderiram a ideia. Foi quando os irmãos Petry tiveram a certeza que não estavam sozinhos nesta luta. “Grandes mudanças começam em pequenas ações”, colocou Rejani, para justificar a força do Movimento hoje. Segundo Carlos Petry, a intenção do grupo é uma só, trabalhar pela transparência política em ambos os poderes. “Quando considerarmos que uma determinada situação não atende a vontade da população, vamos nos reunir e discutir”, considerou.
Confira trechos de uma entrevista com Rejani Petry Moraes
O Diário – A senhora acredita que o Movimento Pela Transparência Política vai emplacar mais do que nunca?
Rejani Petry Moraes - Acredito que sim, porque agora as pessoas começaram a perceber como uma mobilização faz a diferença. No início do ano as pessoas questionaram o Movimento. Cansamos de ouvir frases do tipo: ‘não adiantava se meter, eles vão fazer o que eles querem, vocês tão perdendo tempo’. Enfim, não desistimos porque acreditamos na força do povo.
O Diário - Vocês tinham noção da proporção que o Movimento poderia tomar?
Rejani - Não. No início até assustou um pouco. Mas, de forma alguma estamos arrependidos. Inclusive hoje (quinta-feira) encontrei um morador do bairro União, que disse ter lembrado da gente ao ver a reportagem que falava do Movimento no jornal. Ou seja, as pessoas estão percebendo algumas mudanças. Alguém tem que tomar a frente, alguém tem que fazer alguma coisa... As pessoas têm vontade de ajudar. As pessoas, às vezes, querem fazer alguma coisa, mas não sabem como. Foi por isso que decidimos descruzar os braços e chegamos ao estágio que estamos hoje.
O Diário - Antes de projetar qualquer tipo de movimento, qual era a relação da cidadã Rejani com Estância Velha e com a política?
Rejani - De fato não tinha muito envolvimento com a política, nem com o município. Eu e meu marido participávamos de um grupo de casais em Ivoti, onde moramos por um bom tempo. Agora, com certeza, estou mais ligada aos acontecimentos de Estância. Acredito que se todos voltassem os olhos para nossa cidade, talvez isso reflita numa melhor qualidade de vida para todos nós. O exercício da cidadania não é só um direito, mas também um dever.
O Diário - Como avalias a mudança de postura do presidente da Câmara sobre a ampliação do prédio?
Rejani - Nesta terça-feira, após a sessão, o Tomé me chamou no seu gabinete e disse que tinha visto no jornal que o Movimento queria fazer um abaixo-assinado contra a ampliação da Câmara. Aí ele se comprometeu que isso não vai acontecer na gestão dele, porque, segundo ele, se a comunidade não quer, ele vai acatar essa decisão.
O Diário - Como tu recebeste essa notícia?
Rejani - Nossa! Imaginei que ele fosse falar qualquer outra coisa comigo, menos isso. Foi uma surpresa muito positiva.
O Diário - Vocês vão tocar adiante o abaixo-assinado ou não?
Rejani - Acho que neste momento abaixo-assinado não se faz necessário, já que ele se comprometeu...
O Diário - Ou seja, vocês estão acreditando na palavra dele?
Rejani - Exato. Mas, a partir daí, o que vai acontecer não sabemos. Vamos ficar de olho.
O Diário - A atitude dele ameniza a polêmica que se criou acerca da Câmara de Vereadores?
Rejani - A reputação da Câmara e do Tomé estão manchadas com essa história toda. Mas, achei interessante ele se mostrar diferente, querendo iniciar um trabalho novo. Na verdade, essa é uma iniciativa para tentar se redimir com a comunidade. Ele está se mostrando aberto, ele quer discutir com a comunidade. Esse passo que o Tomé deu está sendo é muito importante.
Estância Velha - A primeira vista, o Movimento Pela Transparência Política, nada mais é do que um grupo de manifestantes com cunho político-partidário. Porém, surpreende-se aquele que conhece a real história que motivou o surgimento desse grupo. “Estávamos num almoço de família, bem na época em que os vereadores aprovaram a criação dos nove cargos de assessores, quando minha mãe, que tem 77 anos, mostrou o Diário e perguntou: ‘vocês estão vendo o que os vereadores estão fazendo?’”, contou Rejani Petry Moraes, uma das integrantes do Movimento.
A partir de então, ela e o irmão Carlos Cristiano Petry, decidiram descruzar os braços e agir, em busca de justificativas e transparência. Em pouco tempo, o Movimento ganhou adeptos e numa primeira manifestação, cerca de 150 pessoas, aderiram a ideia. Foi quando os irmãos Petry tiveram a certeza que não estavam sozinhos nesta luta. “Grandes mudanças começam em pequenas ações”, colocou Rejani, para justificar a força do Movimento hoje. Segundo Carlos Petry, a intenção do grupo é uma só, trabalhar pela transparência política em ambos os poderes. “Quando considerarmos que uma determinada situação não atende a vontade da população, vamos nos reunir e discutir”, considerou.
Confira trechos de uma entrevista com Rejani Petry Moraes
O Diário – A senhora acredita que o Movimento Pela Transparência Política vai emplacar mais do que nunca?
Rejani Petry Moraes - Acredito que sim, porque agora as pessoas começaram a perceber como uma mobilização faz a diferença. No início do ano as pessoas questionaram o Movimento. Cansamos de ouvir frases do tipo: ‘não adiantava se meter, eles vão fazer o que eles querem, vocês tão perdendo tempo’. Enfim, não desistimos porque acreditamos na força do povo.
O Diário - Vocês tinham noção da proporção que o Movimento poderia tomar?
Rejani - Não. No início até assustou um pouco. Mas, de forma alguma estamos arrependidos. Inclusive hoje (quinta-feira) encontrei um morador do bairro União, que disse ter lembrado da gente ao ver a reportagem que falava do Movimento no jornal. Ou seja, as pessoas estão percebendo algumas mudanças. Alguém tem que tomar a frente, alguém tem que fazer alguma coisa... As pessoas têm vontade de ajudar. As pessoas, às vezes, querem fazer alguma coisa, mas não sabem como. Foi por isso que decidimos descruzar os braços e chegamos ao estágio que estamos hoje.
O Diário - Antes de projetar qualquer tipo de movimento, qual era a relação da cidadã Rejani com Estância Velha e com a política?
Rejani - De fato não tinha muito envolvimento com a política, nem com o município. Eu e meu marido participávamos de um grupo de casais em Ivoti, onde moramos por um bom tempo. Agora, com certeza, estou mais ligada aos acontecimentos de Estância. Acredito que se todos voltassem os olhos para nossa cidade, talvez isso reflita numa melhor qualidade de vida para todos nós. O exercício da cidadania não é só um direito, mas também um dever.
O Diário - Como avalias a mudança de postura do presidente da Câmara sobre a ampliação do prédio?
Rejani - Nesta terça-feira, após a sessão, o Tomé me chamou no seu gabinete e disse que tinha visto no jornal que o Movimento queria fazer um abaixo-assinado contra a ampliação da Câmara. Aí ele se comprometeu que isso não vai acontecer na gestão dele, porque, segundo ele, se a comunidade não quer, ele vai acatar essa decisão.
O Diário - Como tu recebeste essa notícia?
Rejani - Nossa! Imaginei que ele fosse falar qualquer outra coisa comigo, menos isso. Foi uma surpresa muito positiva.
O Diário - Vocês vão tocar adiante o abaixo-assinado ou não?
Rejani - Acho que neste momento abaixo-assinado não se faz necessário, já que ele se comprometeu...
O Diário - Ou seja, vocês estão acreditando na palavra dele?
Rejani - Exato. Mas, a partir daí, o que vai acontecer não sabemos. Vamos ficar de olho.
O Diário - A atitude dele ameniza a polêmica que se criou acerca da Câmara de Vereadores?
Rejani - A reputação da Câmara e do Tomé estão manchadas com essa história toda. Mas, achei interessante ele se mostrar diferente, querendo iniciar um trabalho novo. Na verdade, essa é uma iniciativa para tentar se redimir com a comunidade. Ele está se mostrando aberto, ele quer discutir com a comunidade. Esse passo que o Tomé deu está sendo é muito importante.
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