Liberdade de expressão
Esta em debate neste mês de fevereiro, entre o carnaval (que a grande maioria acompanha apenas pela TV) e a notícias da crise econômica mundial, cujos reflexos se fazem sentir fortemente no Brasil e no Rio Grande do Sul, a campanha dos sindicatos dos servidores públicos, puxados pelo Cpers-Sindicato, de critica-denúncia, forte e virulenta, contra o governo Yeda/Feijó (PSDB-DEM). Sou professor, sindicalizado. Sobre a campanha não fui consultado. Mas durante o movimento grevista do ano passado a direção do Cpers, sugeriu que, ao final da greve, a categoria continuaria no cangote do governo.
A propósito da polêmica criada em torno da campanha vejo, na critica a ela, nuances fortes de autoritarismo. Somos um país democrático, é livre a manifestação de opinião. Ao espelhar em outdoor a frase “Esta é a face da corrupção”, “da destruição”, e outros adjetivos qualificativos, do ponto de vista dos sindicatos, como cidadãos se esta exercendo o livre direito da expressão de opinião, de idéias. Um governo que foi sacudido por escândalos como o do Detran, da “confissão Bussatto”, que não tem apresentado ações consistentes na área da segurança, saúde, habitação, infra-estrutura, do ponto de vista de quem a ele se opõe, merece ser criticado por aqueles que a ele se opõe.
Independente da campanha dos sindicatos ser “forte” ela é ínfima diante do poderio da propaganda governamental feito com dinheiro público. Nesta esfera o governo apresenta suas “realizações” com carregada carga de maquiagem sem que o cidadão possa interpor uma critica com a mesma força por que não dispõe de recursos financeiros, nem de marketing, como o governo dispõe. Não estou falando aqui apenas dos recursos midiáticos utilizados pelo governo Yeda, mas também pelas esferas federal e municipal de governo.
Achar que a campanha desenvolvida pelos sindicatos questionando, criticando o governo estadual atual é ofensiva é um contra-senso. É certo que não foi de bom-tom a utilização de uma foto que não corresponde com a estética facial da governadora Yeda Crusius. Embora sendo agentes político e públicos, se esteja sujeito a que se capturem feições de pouco gosto estético quando se esta em público, seria mais inteligente, creio eu, utilizar uma foto da governadora no esplendor de um belo sorriso ou da clareza dos seus olhos (sem falsa ironia, aqui). Assim os outdoors não ficariam tão carregados expressando um certo rancor contra a governadora e não a critica contra o seu governo.
Há, ainda, na defesa que o governo faz de si e na critica contra a campanha urdida pelos sindicatos, a idéia de ser esta uma iniciativa de cunho político-eleitoral. Ora, todas as ações no contexto da vida social e publica tem sempre caráter político. Eleitoral já leva em conta que o processo da luta pelo poder começa tão logo tome posse o governante de plantão eleito. Cada grupo que acha suas idéias e projetos melhores do que aquelas de quem esta no poder sempre estará agindo tentando dar volume maior as falhas do outro. É certo também que as entidades sindicais de servidores públicos ou de trabalhadores privados sempre teve coloração político-partidária. Tudo isso faz parte da democracia. Fosse num outro regime de governo isso estaria escamoteado quando não, nem existiria.
Julgar a campanha dos sindicatos ofensiva ao governo não cabe ao governo fazer isso. Cabe a população. O Ministério Público que já interveio como se não houvessem outros fatos mais importantes a ação desta importante instituição de defesa da cidadania para fazer. Quero ver a campanha toda nas ruas. O governo vai utilizar dos recursos públicos para fazer sua publicidade rebatendo. O povo faça o julgamento. Se tudo o que a campanha busca expressar não for verdade, por que temer e impedir que ela aconteça? Eu ainda defendo a livre manifestação do cidadão, tanto contra o governo como contra aqueles que criticam o governo. Não concordo que se impeça tanto um como o outro de fazê-lo.
Esta em debate neste mês de fevereiro, entre o carnaval (que a grande maioria acompanha apenas pela TV) e a notícias da crise econômica mundial, cujos reflexos se fazem sentir fortemente no Brasil e no Rio Grande do Sul, a campanha dos sindicatos dos servidores públicos, puxados pelo Cpers-Sindicato, de critica-denúncia, forte e virulenta, contra o governo Yeda/Feijó (PSDB-DEM). Sou professor, sindicalizado. Sobre a campanha não fui consultado. Mas durante o movimento grevista do ano passado a direção do Cpers, sugeriu que, ao final da greve, a categoria continuaria no cangote do governo.
A propósito da polêmica criada em torno da campanha vejo, na critica a ela, nuances fortes de autoritarismo. Somos um país democrático, é livre a manifestação de opinião. Ao espelhar em outdoor a frase “Esta é a face da corrupção”, “da destruição”, e outros adjetivos qualificativos, do ponto de vista dos sindicatos, como cidadãos se esta exercendo o livre direito da expressão de opinião, de idéias. Um governo que foi sacudido por escândalos como o do Detran, da “confissão Bussatto”, que não tem apresentado ações consistentes na área da segurança, saúde, habitação, infra-estrutura, do ponto de vista de quem a ele se opõe, merece ser criticado por aqueles que a ele se opõe.
Independente da campanha dos sindicatos ser “forte” ela é ínfima diante do poderio da propaganda governamental feito com dinheiro público. Nesta esfera o governo apresenta suas “realizações” com carregada carga de maquiagem sem que o cidadão possa interpor uma critica com a mesma força por que não dispõe de recursos financeiros, nem de marketing, como o governo dispõe. Não estou falando aqui apenas dos recursos midiáticos utilizados pelo governo Yeda, mas também pelas esferas federal e municipal de governo.
Achar que a campanha desenvolvida pelos sindicatos questionando, criticando o governo estadual atual é ofensiva é um contra-senso. É certo que não foi de bom-tom a utilização de uma foto que não corresponde com a estética facial da governadora Yeda Crusius. Embora sendo agentes político e públicos, se esteja sujeito a que se capturem feições de pouco gosto estético quando se esta em público, seria mais inteligente, creio eu, utilizar uma foto da governadora no esplendor de um belo sorriso ou da clareza dos seus olhos (sem falsa ironia, aqui). Assim os outdoors não ficariam tão carregados expressando um certo rancor contra a governadora e não a critica contra o seu governo.
Há, ainda, na defesa que o governo faz de si e na critica contra a campanha urdida pelos sindicatos, a idéia de ser esta uma iniciativa de cunho político-eleitoral. Ora, todas as ações no contexto da vida social e publica tem sempre caráter político. Eleitoral já leva em conta que o processo da luta pelo poder começa tão logo tome posse o governante de plantão eleito. Cada grupo que acha suas idéias e projetos melhores do que aquelas de quem esta no poder sempre estará agindo tentando dar volume maior as falhas do outro. É certo também que as entidades sindicais de servidores públicos ou de trabalhadores privados sempre teve coloração político-partidária. Tudo isso faz parte da democracia. Fosse num outro regime de governo isso estaria escamoteado quando não, nem existiria.
Julgar a campanha dos sindicatos ofensiva ao governo não cabe ao governo fazer isso. Cabe a população. O Ministério Público que já interveio como se não houvessem outros fatos mais importantes a ação desta importante instituição de defesa da cidadania para fazer. Quero ver a campanha toda nas ruas. O governo vai utilizar dos recursos públicos para fazer sua publicidade rebatendo. O povo faça o julgamento. Se tudo o que a campanha busca expressar não for verdade, por que temer e impedir que ela aconteça? Eu ainda defendo a livre manifestação do cidadão, tanto contra o governo como contra aqueles que criticam o governo. Não concordo que se impeça tanto um como o outro de fazê-lo.
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