As veteranas atrizes Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg: beijo na boca |
Não assisto novela. Acho uma chatice. Uma repetição do mesmo. Nos
ultimos anos, tem ganho evidência personagens gays. Por agora, a novela
recente, chamada Babilonia, na Globo, mostrou um "beijo" (que alguns diriam tratar-se, pelo que vi em fotos, de uma "bitoca", do que beijo na acepção sexual do termo) entre duas
mulheres gays. Desta vez não homens ou mulheres esculpidos, jovens, mas
senhoras já septuagenárias. Bastou para reacender ou atiçar mais a
grita de fim de mundo, fim da familia, etceteraetal. Ora, em qualquer
cidade, não são poucos os casais gays de ambos os sexos. E, nunca
existirão mais gays do que heteros, de forma que a raça humana
continuará pelos séculos até que se extinção, sim por que algum dia, não
existirem nem mais como gays ou como heteros. Ou há ser vivo que seja
eternamente vivo?
Há ainda, um debate em torno da definição do
que seja familia humana, querem que a lei diga isso. De fato, na
constituição da sociedade isso se faz necessário, porém, o que querem
ver a lei definindo não é com base num conceito racional, mas religioso,
disfarçado de científico.Ou seja, fazem isso com intenções primitivas,
medievais, ultrapassadas. Ninguém é gay por uma opção ou por um
desequilibrio afetivo ou por vingança. Ninguém é gay para a satisfação
de uma fantasia. Somos os que somos sexualmente naquilo que a natureza
nos constituiu. Não precisamos concordar, mas precisamos respeitar e
entender.
Há quem considere que sempre foi e sempre será familia
aquele grupo de pessoas que resultar de dois seres, um do sexo feminino e
outro do sexo masculino. Ora, para existir vida é necessário dois
opostos, mas para constituir familia é, antes de tudo, necessário que
haja amor, afeto, carinho, entre dois seres, independentemente, do sexo
de cada um. Ou é familia um grupamento de pessoas onde haja violência,
falta de carinho, de afeto? Mesmo que, no papel, estejam constituidos
como tal?
As novelas da Globo, não constituem referência de
muita coisa. Quem se choca com o que elas mostram, não assista. Há
hoje, ainda bem, muitas outras opções, para se ver na TV. Talvez não
tanto quanto as sexuais que se possa ter, mas não é preciso se sujeitar
apenas a programação da Plim Plim. Felizmente, não vivemos mais como na
época da ditadura quando ela era a unica de abrangência nacional. E,
ai, sim, não havia opção para criticar nem contextualizar.
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