Definitivamente, os vereadores de Estância Velha, todos se merecem e, nós, seus eleitores os merecemos, mesmo aqueles que não se elegeram e que, infelizmente, e nada se diferenciariam desses que se elegeram.
O episódio da eleição da Mesa Diretora para 2011, ocorrida na sessão desta terça-feira, coloca os vereadores do atual mandato como os piores que Estância Velha já elegeu. É certo que acordos na Câmara entre partidos aliados e dominantes com vistas ao quatro anos de mandato é até natural. Porém, isso é válido quando há partidos e não arremedos destes constituídos de pessoas cujo único fundamento ideológico são interesses pessoais.
O que são o PT e o PSB de Estância Velha? O PSB foi criado à sombra do PT e dos interesses do personagem dominante neste partido, dominado por outro personagem de fora do partido. O próprio PT de Estância Velha, não é um partido na acepção da palavra. Pode até ter sido, de uns anos para cá virou uma junção ao redor de interesses não de grupos ou grupelhos, mas de dois ou três personagens. Por conta disso não consegue o respeito e reconhecimento na região. É suportado.
Pois, disso tudo resultou o circo (circus legislativa) que aconteceu na eleição da Mesa Diretora para 2011. Havia um acordo arrematado entre os partidos aliados perdedores da eleição para a prefeitura mas que conseguiram formar uma bancada majoritária no Legislativo. O primeiro ano seria do PSB. Isso foi respeitado. O presidente foi o “indigesto” vereador mais votado do pleito, Cláudio Hansen, ex-vice prefeito do PT no mandato anterior. O segundo ano do mandato, o acordo era de que o Legislativo seria presidido pelo recém-petista, Tomé Foscarini. Assim, foi. O terceiro ano do mandato continuaria com o PT, desta vez com a vereadora Rosani Morsch (desafeta do ex-prefeito Toco e arredores). Já dava para prever de antemão que o acordo não prevaleceria, até por que não foi fruto de um debate interno do partido. O quarto e ultimo ano do mandato seria do PSB, do vereador Valdecir “Django”. Com a comédia triste de hoje, tal acordo tira também de Django a oportunidade de presidir o Legislativo. Todos estavam acordados, agora o desacordo é geral.
Acordo desacordado, Tomé Foscarini, graças a uma artimanha anterior (a mudança na Lei Orgânica que não permitia a reeleição) diz que terá agora um novo mandato para se “redimir” do ano ruim que passou. Diga-se graças a sua própria gestão viajante. Ele ainda quer levar a termo a idéia de ampliação da Câmara. Quer “fazer” uma obra. Dar mais espaço para abrigar, talvez, um número maior de vereadores e “assessores”. Diga-se que Tomé recebeu o voto de cinco, dos nove vereadores, além do seu. Luis Carlos "Toquinho" Souza (PT), Rosani Morsch (PT) e Claudio Hansen (PSB), abstiveram-se. Tomé deve dois votos do PT, um do PSDB e dois do PMDB e um do PSB.
A propósito, o Legislativo que apresentou um Orçamento para 2010 de R$ 2,5 milhões, vai, no mandato “econômico” do presidente Tomé, “devolver” neste mesmo ano R$ 1 milhão. Para 2011 terá um orçamento acima do valor que previa gastar em 2010 e não gastou, significa que ao final do próximo ano também “devolverá” para o Executivo valor semelhante ao que devolve este ano. Pode isso? Que espécie de planejamento tem o Legislativo que erra tão feio que “sobra” tanto dinheiro? Ao mesmo tempo esta “sobra” atrasa em um ano investimentos necessários a população e que são atribuição exclusiva do Executivo. Talvez o interesse seja este, mesmo, atravancar as melhorias que a população reclama apenas com o intuito de desgastar a Administração atual. Isso é agir com “inteligência política”? Deve ser. A mesma inteligência que demonstraram na articulação de um “acordo” e depois da desconstrução deste “acordo” para a eleição da Mesa Diretora. Definitivamente, Estância Velha, nunca elegeu uma trupe de edis como esta. E, espera-se, nunca mais venha a eleger.
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