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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Perigo eminente, acidentes evitáveis

Prevenir é um conceito válido quando se quer evitar ou minimizar o surgimento de doenças, desastres, tragédias, sejam elas de que dimensão forem. Nestes tempos de não poucos e espantosos desastres ambientais e naturais que afetam a vida no planeta de forma direta ou indireta, deveríamos pensar em ações preventivas pois boa parte deles poderiam ter sido evitados e com isso enormes perdas materiais e, principalmente, humanas. É certo que é impossível prevenir-se contra eventos como terremotos sejam eles em terra ou no mar. Mas mesmo ai, hoje, a tecnologia, já busca antecipar-se pelo menos a ponto de reduzir o número de perdas humanas, as conseqüências desses fenômenos.

Acontecimentos climáticos (chuvas, temporais, ventos) sob certo aspecto já podem ser antecipados. Vemos, por exemplo, que o excesso de chuvas neste período, seguidas ou não de ventos, tem como causa o aquecimento das águas dos oceanos, mormente, o Pacífico, num fenômeno denominado El Nino. E, por certo, também já decorre alterações globais no clima decorrentes do processo crescente de degradação do ambiente natural devido a sua exploração desenfreada e a poluição.

Se alguns grandes desastres resultando de fenômenos climáticos podem até ser previstos, por que não podemos nos antecipar a possíveis acidentes que, aos nossos olhos, parecem eminentes? Percorrendo Estância Velha, observa-se vários pontos que parecem na eminência de protagonizarem acidentes cujas conseqüências poderão ser trágicas.

Um desses pontos, de risco na cidade, é o pórtico na entrada da avenida Presidente Vargas. Construído em 2001, de uma forma quase artesanal, tentado representar um modelo de construção primitiva dos pioneiros da emigração alemã, encontra-se hoje em processo rápido de deterioração por falta de manutenção e cuidados. Ao observá-lo nota-se o emitente risco de despencar uma telha ou mesmo, num temporal todo ele ruir sobre a avenida. Imagine-se ainda que estejam passando por sob ele veículos ou pedestres!!!

Outro ponto que parece anuncio de eminente tragédia é, também na avenida Presidente Vargas, na altura da Gráfica Mainardi, em frente ao Bairro Floresta. O risco tanto maior é para que esta saindo do centro da cidade em direção ao bairro Rincão dos Ilhéus, visto que passa sob arvores que estendem seus ramos sobre a avenida. Além do passeio não existir naquela altura, as arvores estão com raízes exposta e, praticamente, equilibrando-se no barranco que esta ruindo. Não há como, numa observação mais acurada imaginar que mais chuva ou algum vento vá nalgum momento fazer alguma daquelas arvores caírem sobre a avenida.

Há ainda, agora, ao final da avenida Brasil, as ruínas de um antigo curtume (Relin, se não me engano), onde uma extensa parede e tanques parecem apenas esperar um movimento da natureza mais forte para desabarem. Neste caso sobre o passeio (que também ali é apenas matagal) ou mesmo a avenida.



A questão é que transitar por estas duas vias (são apenas exemplos observáveis de forma direta), extremamente movimentadas da cidade importa nestes dois pontos em risco eminente. Não é possível antecipar-se ao que estes três locais já pré-anunciam? Será necessário esperar que algo aconteça – trágico ou não – mas certamente com ônus mais elevado do que o resultado de medidas preventivas? O que se espera de gestores públicos não são apenas planos que vagueiam nas suas mentes como se fossem a solução para todas as dores existentes no município, na vida dos cidadãos. O que se espera é que se antecipem a dor, ao prejuízo, ao que se sabe, evitável.

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