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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O Brasil em armas

O anúncio do presidente Lula de que o Brasil comprará aviões e até submarinos da França, infelizmente, demonstra que não conseguimos crescer além do nosso fado que é de sermos uma eterna republiqueta de bananas. Investir R$ 30 bilhões em armas para quê? Para nos defendermos de quê? Virão atrás do nosso petróleo os americanos? Ou, num futuro não distante, virão precisaremos de armas para defender a água que os próprios brasileiros não cuidam? Se qualquer nação do primeiro mundo decidir invadir o Brasil resistiríamos tanto quanto resistem os afegãos ou os iraquianos? Nós que não temos uma cultura de enfrentamento? Improvável.
Posto isso, pergunto ainda: quantas escolas de altíssimo nível, quanto de salários dignos poderiam ser pagos aos professores se estes recursos fossem investidos na educação? Foi esta a opção do Japão pós-guerra e também da Coréia. O que são estes países hoje?
Sempre votei em Lula - a exceção do primeiro turno naquela eleição que o Brizola concorreu e o Collor ganhou - e, ainda acredito que fiz a escolha certa. Porém, fico triste de observar que ele não consegue se desvencilhar de sua origem terceiro mundista. É certo, há investimentos em educação como não se via no país em décadas inclusive, com novas universidades e escolas técnicas federais, mas precisamos muito, muito mais do que isso para recuperar o tempo perdido. Que ações podem, por exemplo, os estados fazerem com isso? Os municípios?
Temos um país mergulhando em violência, em corrupção, uma classe política do pior naipe do mundo. Precisamos de um povo mais instruído para ser menos enganado, para dar mais qualidade ao país. Podemos esperar outros políticos e dirigentes de uma nação de milhões de analfabetos funcionais? O futuro não esta lá, distante, está aqui, no que se faz agora. É um discursos velho, repetitivo, falar de educação, mas quando o governo vais às armas, temos a impressão que nunca sairemos do discurso.
Lamento profundamente a atitude do governo em acarinhar a França e esquecer os brasileiros. Argumentos que giram em torno de questões de caráter geopolítico não me convencem. Até suporto, tolero os arranjos que Lula faz com personagens tipo Sarney, Calheiros e o repugnante Collor, mas atitudes da sua política externa e ainda estes arranjos internos é demais!!! As armas do Brasil para se defender no futuro são escolas de qualidade que construir hoje.

Um comentário:

  1. Olá!
    descobri seu blog pelo endereço da Vanderlise "Uma Flor de Miosótis"...muito bom cara!
    colocarei você nos links para seguir acessando.
    falow

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