A Câmara de Vereadores aprovou, no inicio do mês de dezembro - e ninguém ficou sabendo - a Lei Orçamentária Anual (LOA), que fixa os valores relacionados a previsão de receitas e despesas para 2014. Diga-se em o Orçamento de 2013 tinha uma previsão de arrecadação de R$ 99.200.000,00. Deste valor, até novembro, havia arrecadado R$ 82.964.294,15, ou seja, 83,63% do total previsto. A arrecadação mensal de Estância Velha, em média, não ultrapassou a R$ 7.542.208,00. Ou seja, diante do arrecadado, para que o município alcance a sua previsão de receita, terá de que arrecadar, em dezembro, R$ 16.235.705,00. Tal valor é algo jamais realizado neste mês. É de se prever, então, que no balanço da prefeitura, no encerramento deste ano, haverá um deficit orçamentário significativo. A questão é, no entanto, esta na comparação da receita efetivada, com a despesa realizada. Se ficar a receita abaixo da previsão, a despesa deverá ficar também, senão isso implicará num deficit financeiro mais acentuado que o já verificado no fechamento das contas de 2012, que chegou a R$ 6.156.731,89.
"Há coisas que eu quero, mas não posso. Há coisas que eu posso, mas não devo. E coisas que eu devo, mas não quero."
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terça-feira, 31 de dezembro de 2013
domingo, 1 de dezembro de 2013
Angústia, desassossego e expectativas entre os servidores do HMGV
O destino do HMGV e sua história já esta definido. Qual será o resultado? |
Uma servidora, lotada na recepção do Hospital Municipal Getúlio Vargas, postou nesses dias no Facebook uma mensagem que traz subjacente certa tristeza, desencanto e um resto de esperança, diante dos "novos caminhos" que a pretendida - e já decidida -, terceirização da administração e gestão desse histórico nosocômico seguirá daqui por diante. O sentimento da servidora não é único, por certo. A angústia, o desassossego e a expectativa com o futuro no serviço público e do próprio hospital, perpassa a todos, servidores e a própria população.
A secretária Meio Expediente, passou a última semana "conversando" seletivamente, com muitos deles e, colocando a todos "alternativas", visto que a nova administração do hospital (embora não tenha oficialmente assumido) parece já ter definido seu plano de ação no qual o quadro de pessoal teria "superavit" e não "déficit". É uma boa oportunidade para se livrar de servidores com os quais, quem esta de plantão no poder não simpatiza, sob a desculpa de remanejamentos. Para onde irão e quantos serão, ainda não se sabe. O certo é que não se abriram, nos últimos quatro anos e, nem se abrirão nestes três ainda restantes, novas unidades de saúde no município que necessitem de pessoal e com isso absorvam os "dispensados" do hospital. A esta servidora que é da recepção do hospital, enviei o seguinte texto, aqui melhor dimensionado:
A secretária Meio Expediente, passou a última semana "conversando" seletivamente, com muitos deles e, colocando a todos "alternativas", visto que a nova administração do hospital (embora não tenha oficialmente assumido) parece já ter definido seu plano de ação no qual o quadro de pessoal teria "superavit" e não "déficit". É uma boa oportunidade para se livrar de servidores com os quais, quem esta de plantão no poder não simpatiza, sob a desculpa de remanejamentos. Para onde irão e quantos serão, ainda não se sabe. O certo é que não se abriram, nos últimos quatro anos e, nem se abrirão nestes três ainda restantes, novas unidades de saúde no município que necessitem de pessoal e com isso absorvam os "dispensados" do hospital. A esta servidora que é da recepção do hospital, enviei o seguinte texto, aqui melhor dimensionado:
Acredito,que vão sentir mais falta as pessoas que procuravam atendimento no hospital e, na recepção encontravam você para recepcioná-los. É fato que ali é um local onde as angústias se encontravam. A angústia de quem procurava atendimento e a angústia de que recepcionava, pois esta, muitas vezes, sabia que haveria demora, que não haveria profissional de saúde suficiente para atender ou quando houvesse, não raro também, a pessoa não seria atendida mas "despachada".
Da recepção o que se poderia fazer, senão ouvir xingamentos por coisas que não estavam ao alcance dos servidores resolver? É certo que a população cresceu, mas é certo também que o sistema de atenção básica de saúde (postos) estacionou e regrediu, no nosso município. Tudo isso estoura na emergência, no atendimento do hospital. Sei também que não é apenas uma questão do acesso, que há também problemas e criticas na internação, ao hospital como um todo. Sei também que há quem elogie - com muita razão e carinho - o desempenho e atenção que recebeu ao estar internado ou necessitar de atendimento no hospital.
Não existe nada perfeito no mundo, ainda mais quando há o envolvimento do ser humano. De resto, tudo é sempre a busca da perfeição, de se fazer o melhor a cada dia e, quem gosta do que faz, a cada dia, certamente, faz melhor. Sabe-se também que para se fazer o melhor todos nós precisamos de incentivo, estimulo e, onde trabalham muitos, de liderança que não seja um feitor, mas um condutor, agregador, que se revista de autoridade pela sua dedicação e não seja um exemplo de autoritarismo como coberta a sua incapacidade e incompetência.
Por outro lado, tudo muda o tempo todo. Assim como mudou para pior ao longo dos ultimos anos - talvez mais por omissão e comodismo nosso como cidadãos, eleitores e mesmo servidores públicos - pode vir a mudar para melhor no caminho que ainda se tem pela frente. O "remanejo" que a secretaria da saúde esta promovendo, em principio, é para melhorar a situação em que os próprios atuais gestores do municipio - eleitos por um terço dos votos - colocaram o HMGV e a saúde como um todo. Se isso vai dar certo? Só experimentando. O problema é experimentar com os recursos publicos, oriundos dos impostos e taxas que todos pagamos para que hajam serviços e obras de qualidade em benefício coletivo.
Há quem diga que "pior do que tá não fica". É um silogismo. Sim, pode ficar tanto pior do que tá como pode melhorar muito em relação a situação em que foi colocado o hospital. O importante, é não ter medo do novo e nem, medo dos gestores de plantão, estes passam, os servidores concursados ficam, a população permanece.
Sorte a todos, os removidos dos serviços do HMGV, os que permanecerão no hospital, sob um novo comando administrativo e de gestão. Sorte a população que elegeu. votando ou não votando. nestes que ai estão. Em fim: sorte (não obstante, eu ter por mim que sorte não existe. O que existe são consequências das nossas escolhas.)
PS: amanhã, dia 02, às 19:00h, na Câmara de Vereadores, haverá uma audiência pública, cuja finalidade última, não é aprovar ou não o contrato de gestão firmado entre a prefeitura e uma Organização Social já escolhida para administrar o hospital, mas tomar conhecimento do mesmo. Independente disso, importante que a população se faça presente.
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