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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Receitas, despesas e algumas considerações outras.

O site da prefeitura de Estância Velha, no link “Transparência”, registra que até hoje, 10.06, o município teria arrecadado R$ 34.612.735,70. Ou seja, uma arrecadação mensal, de R$ 6.922.547,14. Ou se quisermos mais, considerando o número de dias do ano até agora (161), a prefeitura arrecada, em média, R$ 214.985,93, por dia. Vai daí que deverá realizar uma receita, em 2011, ao redor de R$ 78.469.866,64. Valor este bem superior ao estimado no orçamento para este mesmo ano: R$ 71.850.000,00.

Já no que diz respeito as despesas do município consumiu-se R$ 27.990.603,08.  Algo correspondente a 80,86% do valor arrecadado. Da mesma forma, dá para se inferir que o município gasta na sua manutenção e em investimentos, uma média diária de R$ 173.854,67. Por este número fecharemos o ano com uma despesa total de R$ 63.456.957,29.    Porém, é de se pensar que para este valor total de despesa estimada, com base na ja realizada, não estão computados as despesas com pessoal no que diz respeito a totalidade do 13º e os 30% adicionais de férias.    A grosso modo, pode-se estimar que isso responda a mais um mês do ano.     Assim, dividindo o total estimado da despesa para todo o ano, acrescento mais R$ 5.288.079,77. Terei, então, uma estimativa total de despesa da prefeitura ao fechar o ano, ao redor de R$ 68.745.037,06. Se isso se realizar e também a estimativa da receita, haverá um superávit financeiro para iniciar o próximo ano, de cerca de R$ 10 milhões.

É provável que estas elocubrações orçamentárias, não se realizem tal e plenamente como estimado aqui com base em dados já efetivados (receitas e despesas já realizadas nos cinco primeiros meses do ano), porém, é certo que não ficarão muito longe disso. Há que se considerar que no inicio do ano a receita recebe forte injeção devido ao pagamento do IPTU e, por sua vez, as despesas não computam os investimentos nas obras em andamento que ou por iniciar.    Seja, por esta ou outras contas, o certo é que, no andar da carroça, restará para o ultimo ano do mandato da atual administração, um inicio de ano bem menos tumultuado que o dos demais anos até aqui. A questão é que obras – investimentos – que apareçam aos olhos do povo e rendam dividendos eleitorais, devem ganhar mais velocidade agora para que, o segundo semestre deste ano e o primeiro do ano que vem sejam perturbados continuamente pelo espocar de foguetes de inaugurações.  Foi assim que fez o ex-prefeito Toco para conseguir sua reeleição. Já para a eleição de um sucessor esta mesma estratégia não ajudou em nada.

Apesar disso, há ainda ações que a administração atual precisa corrigir e dar uma resposta mais sólida a população. A administração pública é constituída e existe para prestar serviços ao cidadão que para isso paga impostos. Então, mais do que obras, prédios, máquinas, é preciso que os serviços que utilizem destas máquinas ou os prédios que abriguem algum tipo de serviço – como saúde, por exemplo -, funcionem da forma mais satisfatória possível. E, há ainda, que se resolver embróglios que maculam a imagem de uma administração que se quer fazer empreendedora, límpida e transparente.  Ter entre seus quadros pessoas ainda tentam se desvencilhar de processos por peculato é tão ou mais ruim que a pouca qualificação das mesmas para exercerem os cargos para os quais foram nomeadas.     Se corrigir estas imperfeições, apesar dos trancos e barrancos, para enfrentar o prefeito Waldir Dilkin, numa possível candidatura a reeleição, somente o ex-prefeito Elivir Toco Desiam. Os outros que possam aparecer ou estão tentando se fazer ver num possível cenário da disputa eleitoral de 2012, terão que construir discursos mais consistentes do que os gelatinosos e barulhentos que murmuram na tribuna ou pelas esquinas da cidade..

A propósito, lembrei-me que uma das questões levantadas na Reforma Protestante era a critica ao dogma católico de que a salvação depende não apenas da fé, mas também das obras. Para Lutero, bastava a fé para se obter a salvação. Quem esta no poder, tem as obras para mostrar em razão da fé na sua proposta político-partidária de governo. Já quem esta fora tem apenas a fé em si mesmo e as obras do passado que já se encontram esmaecidas na memória curta do eleitor. A propósito disso, não faltarão candidatos carregando velas, gritando aleluias ou então, persignando-se com água benta, em busca dos santos votos, até o ano que vem.  Depois, por uns três anos eles perdem o rumo das igrejas.   Alae jacta est! A sorte esta lançada!. Embora em politica o que menos conte é a sorte.

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