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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Linha direta com Brasília

A eleição do projeto político que tem a frente Tarso Genro será um marco tanto do ponto de vista da gestão publica, como do ponto de vista político. Não nego que tenho admiração por Tarso tanto como pessoa como político. Na terceira vez em que se apresentou como candidato ao governo demonstrou não que mudou dada a circunstâncias históricas atuais. Trabalhou para construir uma aliança política – e continua trabalhando para isso – calcada nas convicções político-programáticas do projeto de governo que representava e não apenas num projeto de poder.

A campanha de Tarso se diferenciou por que foi propositiva. De certa forma delimitou também a campanha dos outros dois principais projetos que se contrapunham ao que Tarso representava. Diferentemente, do que aconteceu na campanha presidencial no segundo turno, o Rio Grande resgatou neste ano um pouco do titulo que nos autoconcedemos de “estado mais politizado do país”. De certa forma, foi o tom dado pela campanha do PT que levou a eleição a se definir no primeiro turno. Se fosse para um segundo turno, certamente, aqui não descambaria pela mesma linha que a nacional descambou.

Tarso tanto quanto fez na construção das alianças para o primeiro turno se mostra aberto a construir um governo que conversará com toda a sociedade. Não será um governo inflexível, mas também não será o contrário disso. Há firmeza em tudo o que tenho ouvido de Tarso até agora, inclusive, firmeza na convicção de que não se implementa um projeto de governo, legitima e majoritariamente eleito, sem estar em permanente diálogo com todo os setores da sociedade, inclusive, com aqueles com projetos contrário ao seu.


Definitivamente, o Rio Grande perdeu oito anos ao não eleger Tarso Genro em 2002. Mas, sabiamente, fizemos agora a opção certa e, cumpre a Tarso trabalhar para que recuperemos este tempo perdido. Mais, com a eleição de Dilma para a presidência da República, este trabalho embora duro, não será feito sozinho. O governo Lula embora, nos últimos oito anos tenha encontrado pouco eco por parte dos governantes que estiveram a frente do Piratini, não deixou o Rio Grande à margem de ações importantes do governo federal. Agora, com Tarso aqui, Dilma lá, a comunicação certamente fluirá, para o bem e desenvolvimento do Rio Grande e do Brasil com muito menos ruídos.

Finanças complicadas.

A realidade financeira da grande parte das prefeituras do RS, não deixa de ser semelhante a da de Estância Velha. Este ano e o próximo os prefeitos lidarão com uma queda quase vertiginosa das receitas, ainda como reflexo da crise de 2008/2009. Embora o Brasil tenha “sofrido” menos, os reflexos da redução do ritmo de crescimento do país são notados nos repasses de recursos federais e estaduais dois anos após. Da mesma forma, a reação com o retorno do crescimento com que se esta verificando em 2010 só trará retorno para as receitas municipais a partir de 2112. Assim, os atuais mandatários terão que trabalhar com expectativas menores, usar de capacidade e racionalidade de gestão para levar a termo seus compromissos de campanha.

Estância Velha tinha uma previsão orçamentária para 2010 de R$ 65.357.000,00. Até agosto havia realizado R$ 45.944.693,06. Por esta conta, a estimativa é que feche o ano realizando R$ 68.918.039,59. Assim, apresentará um superávit orçamentário de R$ 3.561.039,00. Valor este inferior ao verificado nos últimos cinco anos, quando nunca ficou abaixo de R$ 5 milhões. Em 2009, inclusive, chegando a R$ 7.273.209,51. O que revela, que este ano e o próximo serão certamente os mais difíceis em termos de arrecadação do município e, por conseqüência, de manutenção dos serviços públicos e, pior ainda, de investimentos.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Detesto fujões, detesto covardes!

Vale a pena ler este artigo do jornalista, escritor e apresentador, Pedro Bial. Encontrei no site http://www.ecooos.org

Detesto fujões, detesto covardes!
Pedro Bial, jornalista

O Hino Nacional diz em alto e bom tom (ou som, como preferir) que “um filho seu não foge à luta”. Tanto Serra como Dilma eram militantes estudantis, em 1964, quando os militares, teimosos e arrogantes, resolveram dar o mais besta dos golpes militares da desgraçada história brasileira. Com alguns tanques nas ruas, muitas lideranças, covardes, medrosas e incapazes de compreender o momento histórico brasileiro, “colocaram o rabinho entre as pernas” e foram para o Chile, França, Canadá, Holanda. Viveram o status de exilado político durante longos 16 anos, em plena mordomia, inclusive com polpudos salários. Foi nas belas praias do Chile, que José Serra conheceu a sua esposa, Mônica Allende Serra, chilena.

Outras lideranças não fugiram da luta e obedeceram ao que está escrito em nosso Hino Nacional. Verdadeiros heróis, que pagaram com suas próprias vidas, sofreram prisões e torturas infindáveis, realizaram lutas corajosas para que, hoje, possamos viver em democracia plena, votar livremente, ter liberdade de imprensa.

Nesse grupo está Dilma Rousseff. Uma lutadora, fiel guerreira da solidariedade e da democracia. Foi presa e torturada. Não matou ninguém, ao contrário do que informa vários e-mails clandestinos que circulam Brasil afora.Não sou partidário nem filiado a partido político. Mas sou eleitor. Somente por estes fatos, José Serra fujão, e Dilma Rousseff guerreira, já me bastam para definir o voto na eleição presidencial de 2010. Detesto fujões, detesto covardes!

domingo, 17 de outubro de 2010

Eleição presidencial virou cruzada religiosa

Em que se transformou esta campanha presidencial? Numa cruzada religiosa? Quando começarão os “homens e mulheres bombas” a aparecerem na porta dos comitês dos candidatos? Ninguém pode ter uma posição racional a cerca de qualquer assunto? Toda a opinião do cidadão terá que passar pelo crivo de igrejas proselitistas? Cada vez mais as igrejas deturpam a religião, tornando a fé um exercício supremo de hipocrisia.

O cunho religioso imposto pela campanha de Serra é uma afronta contra a democracia. Aonde vamos chegar? À perseguição religiosa? Quem não frequenta nenhuma igreja, não professa fé religiosa, é ateu, vai ser perseguido? Não vai ter acesso aos serviços públicos no governo Serra se ele vier a ser eleito? Imagine-se que um candidato a presidente que poem em pauta na eleição tema de caráter religioso vá governar o país, o Estado, de forma laica?

O que dizer de pastores que deturpam o exercicio da fé religiosa tomando posição em nome da sua igreja baseada em afirmações de carater pessoal de candidatos? Eles desconhecem que um presidente não legisla, mas executa o que o Congresso aprova? Não estamos fazendo um plebiscito sobre o aborto, a eutanásia ou qualquer outro tema. Estamos numa campanha para eleger o presidente do Brasil, não um pastor, papa, rabino ou aiatolá.

Causa asco ver e ouvir nas madrugadas e mesmo manhãs e, já durante todo o dia (em algumas TVs, que são concessões públicas laicas não religiosas) a pregação, não com base em valores morais e religiosos, mas meramente comerciais arrecadatórias. A ascese religiosa, a busca do bem espiritual só é possivel pelo sucesso material? Pregam a “vitória em Cristo” pelo sucesso material. Não lembram do ensinamento de Jesus: “Dai a Cezar o que é de Cezar e a Deus o que é de Deus”. Ensinam que o que é de Cezar deve ser dado a Igreja, onde está Deus (?).

Esta eleição parece estar abrindo um caminho perigoso. Não estamos mais elegendo um mandatário conduzir o Brasil para o desenvolvimento, para a modernidade mas para revogar os principios republicanos que desligaram a religião (a igreja) do Estado. Por outro lado, não há como deixar de considerar que esta é a mais hipócrita de todas as eleições que já presencie e participei no Brasil depois da redemocratização. É bom lembrar que o golpe de 64 utilizou-se também de falacias religiosas para justificar-se. Estaremos em busca de justificar, de novo, atos obscurantistas e contra a liberdade e a democracia, calcados na religião?

Diante disso tudo lembrei de um belissimo poema-musica de Cazuza: Blues da Piedade. Vale a pena ouvi-lo, neste video numa bela interpretação de Cassia Eller.

http://www.youtube.com/watch?v=pE98Ch3eM-k&feature=related

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Pássaros acordando mais cedo?

O que estará acontecendo? Não lembro de tempo que os pássaros começavam sua cantoria duas, duas horas e meia antes do nascer do dia. Este ano tenho sido acordado com o gorjeio dos pássaros, por volta das três e meia da manhã, regularmente. Pensei que fosse algum fenômeno afeto as cercanias da minha casa, posto que os vizinhos relataram o mesmo fato, porém, já de outros lados do bairro Rincão, onde morro, pessoas assinalam que tem sido acordadas com a cantoria também ainda madrugada fechada. Onde tenha árvores que ofereçam hotelaria as aves não se foge a cantoria matutina. Estranho. Será isso de hoje ou já era antes e não percebíamos? Por que esta acontecendo? Ou o que esta acontecendo?

Madrugada destas, acordado e sono perdido, gravei a sinfonia do passaredo. E não era coisa pouca. A cantoria era intensa como se pode ouvir e observar pelo vídeo.

http://www.youtube.com/watch?v=_JLpj1x50cs

sábado, 9 de outubro de 2010

"Farra das diárias" não foi interrompida

A Câmara de Vereadores de Estância Velha, em oito meses deste ano já consumiu R$ 1.117.437,12 contra R$ 897.221,55 realizados em todo o ano de 2009. Pelo andar da carroça, a gestão do vereador Tomé Foscarini (PT) este ano a frente do Legislativo estanciense deverá bater no teto de R$ 1.676.000,00. Ou seja, praticamente o dobro da despesa gerada quando a presidência foi exercida pelo vereador Cláudio Hansen (PSB) em 2009.

Já no que tange a rubrica dos gastos com diárias, até quando veio a tona o escândalo da “farras das diárias” em julho, o Legislativo de Estância Velha, tinha torrado R$ 120.568,29 em cursos de “aperfeiçoamento” fora do estado. De lá para cá, acrescentou mais R$ 44.000,79 a este gasto. De forma que em 8 meses já “investiu” em diárias R$ 164.569,08. Neste ritmo deve fechar o ano na beira de R$ 246.853,62, de gasto com esta rubrica orçamentária. É de lembrar que este valor supera, inclusive, o recorde de 2008, quando a Câmara gastou com diárias R$ 222.942,06. E, é quase o triplo do valor gasto em 2009. Já o Executivo gastou desta rubrica o valor de R$ 75.209,57, este ano.

A propósito disso, o presidente Tomé Foscarini, havia prometido de rever a concessão de diárias, que haveria uma resolução de submete-las ao plenário, de que a totalidade das despesas do Legislativo seria divulgadas, publicadas no site, no mural da câmara, nos jornais. Nada disso se viu até agora, inclusive, no “Informativo da Câmara” que, diz ter tiragem de 10 mil exemplares e circular mensalmente.

Tudo isso deverá constar, nas próximas edições do “Desinformativo da Câmara”. Este já teve cinco edições até agora. Observei, por curioso, que a Câmara consumiu nas rubricas “publicidade institucional”, “serviços gráficos” e “produção de jornal”, a bizarra soma de R$ 128.008,14. Como no “expediente” dos dois exemplares que me chegaram as mãos li que a tiragem de cada número era de 10 mil exemplares (não informam o custo total), foram impressos, então, um total de 50 mil exemplares, este ano. Se esta despesa for só com o "Desinformativo", dividindo pelo custo total acima, teremos que cada exemplar custou R$ 2,56, o preço de uma Zero Hora e mais caro que um exemplar do Diário. A propósito: 10 mil exemplares é um para cada residência e estabelecimento comercial de Estância Velha. Em cinco edições recebi na minha caixa de correspondências apenas um, o outro busquei na Câmara.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Algumas invenções da eleição em Estância Velha

O primeiro turno da eleição em Estância Velha parece revelar que o PT é, de fato, o partido mais forte na cidade. Considerando-se apenas a votação para o Legislativo observa-se que dos 27.052 eleitores que foram as urnas na cidade 10.008 votararam em canditados a deputado do partido. deste total de votos, 8.922 foram dividos quase meio a meio entre o candidato Plinio Hoffmann, de Estância Velha e Luis Lauermann, de Novo Hamburgo mas que teve sua candidatura defendida no município pelo grupo do ex-prefeito Toco. Ou seja, para a Assembléia a candidatura de Plinio ajudou o PT a fazer 40,29% dos votos do município.

Como segunda força politica no município, considerando-se a votação dada a candidatos a Assembléia Legislativa, esta o PSDB, que conseguiu 3.938 votos, embora não tivesse nenhuma candidatura com raizes em Estância Velha. Depois vem o PMDB que somou 2.261 votos. Em seguida o PP, depois o PDT e em seguida o PCdoB, entre os partidos que fizeram mais de mil votos para a Assembléia Legislativa.

Para a Câmara Federal, o PT novamente somou o maior numero de votos, com 7.857, ou seja, 29,04% do total de eleitores que votaram. Em segundo lugar ficou o PP com 2.240 votos (8,28%). Depois aparece o PSDB com 2.227 votos (8.23%). O PMDB somou 1.241 votos para deputado federal. Já o PCdoB que somou 5.363 votos não pode ser considerado, apesar dessa votação como uma segunda força politica já que o fenômeno Manuela foi responsavel por 5.139 deste total de votos.

Na eleição para o Senado, Paim (PT) teve 16.497 votos. Ana Amélia (PP) 13.838 votos. Abigail (PCdoB), chegou em 7.336 superando o ex-governador Rigotto (PMDB) que levou 7.075 votos dos estancienses.

Para o governo do Estado, Tarso Genro somou 14.657 votos. Yeda (PSDB) mesmo partido do prefeito Dilkin, conseguiu 4.664 e Fogaça (PMDB), candidato do mesmo partido do vice-prefeito Schuh, chegou em terceiro lugar com 4.566 votos.

Para presidente, Dilma (PT) fez 12.524 votos, contra 9.751 de Serra (PSDB) e 2.510 de Marina Silva (PV). Por estes números é de se crer que Dilma deverá subir para quase 14 mil votos no segundo turno e Serra, poderá chegar a 12 mil votos.

Feriadões, mortes e aborto

Mais um feriadão a vista.
Este ano é, por certo, o campeão de “feriadões”. Depois desse do dia 12, que se faz “ponte” no dia 11, teremos já outro.

O feriadão do dia dos finados. No dia 2 de novembro reverenciaremos os que estão no feriado eterno enquanto nos praticamos aqui os possíveis. O dia 1 de novembro não é feriado mas é “Dia de todos os Santos” (mais um feriado católico que crentes de todas as igrejas agradecem).

Depois, nesse mesmo mês, tem o feriado da Proclamação da República no dia 15, uma segunda-feira. Não chega a ser um “feriadão”, na concepção do enforcamento do dia da véspera mas com o final de semana, sagrado, fecha em três dias. Ai entramos dezembro, onde os dias comemorativos – Natal e Ano Novo – depois de tantos feriadões, caem num sábado. Coisa ruim.
Já 2011 não será um ano tão generoso em feriadões. Sinal de que morrerá menos gente em acidentes de trânsito. Aliás, feriadão parece-me uma forma mórbida de controle do crescimento populacional a um alto custo econômico para a sociedade. E o pior é que a maioria absoluta dos mortos e aleijados da chacina do transito são jovens.

Só tem uma coisa que mata mais jovens do que o trânsito, mas ai, mulheres – como para equilibrar um pouco a distancia cada vez maior da população feminina para a masculina, no Brasil: o aborto. Mas aí entramos, noutro campo, onde o debate é atrasado, medieval, inquisitorial, como se pode observar no rumo que se esta querendo dar ao debate eleitoral nesse segundo turno. Serra tenta colocar Dilma no brete transformando a eleição numa questão de convicções religiosas e não cientificas. É a medievalidade instituída buscando a vociferação das igrejas.
O aborto é sim, no Brasil, uma questão de saúde pública. Se a moral religiosa não permite libera-lo é preciso discriminalizá-lo para que, principalmente, as mulheres de classes sociais menos favorecidas economicamente deixem de morrer utilizando-se de métodos caseiros quando não "aborteiros e aborteiras" clandestinos. As mulheres de classes mais abastadas fazem abortos em clinicas especializadas e de alto padrão. O resto é mera hipocrisia religiosa, social e moral.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Quanto custará o Tiririca para os brasileiros

Elegemos, no Rio Grande do Sul, para a nossa cota de representação na Câmara Federal, 31 deputados, entre os quais uma das mais votadas do país, Manuela D'Ávila, do PCdoB. De todos os canditados que os gaúchos elegeram, nenhum foi "fabricado" com recursos midiáticos ou se apresentou de forma caricata. Quero crer que são todas pessoas capazes, ilibadas e sérias. Em São Paulo, por exemplo, os eleitores num gesto de "protesto" questionável, votaram no caricato personagem Tiririca. Palhaço de profissão. Talvez por isso, queriam os eleitores manifestar seu sentimento diante do que se apresenta como "realidade" politica do pais, principalmente, no Congresso Nacional.
A eleição de Tiririca - que seria analfabeto - não representa o quadro geral dos nossos politicos e nem aqueles que lá estando e fazem-nos parecer Tiriricas, são maioria. O voto de protesto - nulo ou branco - teria muito mais significado do que eleger um "personagem" ou uma "personalidade" midiática (como já ocorreu no próprio RS, com Zambiasi, Paulo Borges e agora, repetindo, Ana Amélia). São pessoas sem história e trajetória politico-social mas que despejando um discurso ético e moral, usam de um meio imoral e injusto diante dos demais candidatos (ou seja, o fato de estarem diuturnamente invadindo os lares através de um serviço público, a TV ou o rádio) para se apresentarem candidatos. De pronto e inicio, não são melhores do que todos os demais, inclusive, os piores.

Veja, o que custa um Deputado Federal, Tiririca ou não, para todos nós (matéria da Revista Superinteressante)

Reclamamos do alto salário dos 513 deputados federais, mas "o problema são as verbas", diz o coordenador de projetos da ONG Transparência Brasil, Fabiano Angélico. No gráfico abaixo, o tamanho de cada item corresponde ao seu custo.
por EMILIANO URBIM, THAIS SANT´ANA, GABRIEL GIANORDOLI E CÁSSIO BITTENCOURT


VERBA DE GABINETE
Cada um dos 513 deputados federais possui esta verba mensal para gastar com material de escritório e pagar até 25 assessores parlamentares. Os deputados federais brasileiros estão entre os que podem contratar mais gente.

VERBA INDENIZATÓRIA
É para gastos com gasolina, comida, hospedagem, aluguel de escritório (sim, além dos que eles têm no Congresso) e consultorias - sendo que consultoria pode ser qualquer coisa que os deputados decidirem chamar de consultoria.

SALÁRIO
Além do 13º, há mais dois salários extras no início e no fim do ano legislativo, para dar uma força.

MAIS QUE O LULA
Não admira que deputados se achem importantes: ganham mais que o presidente.

AUXÍLIO MORADIA
A ajuda no aluguel vale até para deputados do Distrito Federal. A alternativa seriam apartamentos funcionais, que acabam repassados a assessores e parentes.

COTA POSTAL E TELEFÔNICA
É preciso muito correio e DDD para contatar as bases. A cota também pode incluir a conta da banda larga.

IMPRESSÕES E ASSINATURAS: R$ 1 000
Além de imprimir o que acharem necessário, nossos representantes têm uma grana para assinar jornais e revistas.

PASSAGENS
Deputados ganham viagem ida e volta de Brasília para o estado que representam. São R$ 9 mil por mês que não precisam de justificativa - pode ser convenção partidária ou festa junina.

ASSISTÊNCIA MÉDICA
O deputado e sua família podem pedir reembolso ilimitado de gastos com saúde. Em 2009, a Câmara gastou R$ 50 milhões com médicos e dentistas: deu R$ 8 mil para cada.


CÂMARA INDISCRETA
Comparação do custo de um deputado federal com a riqueza média gerada por um cidadão em alguns países.